Assuntos humanitários Agências da ONU apelam a "medidas urgentes" na Síria


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Agências da ONU apelam a "medidas urgentes" na Síria


Os dirigentes das agências humanitárias da ONU apelaram hoje a todas as partes envolvidas no conflito da Síria

Assuntos humanitários

Agências da ONU apelam a "medidas urgentes" na Síria

por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
Aleppo
Aleppo Fotografia © Reuters/Firas Badawi
Os dirigentes das agências humanitárias da ONU apelaram hoje a todas as partes envolvidas no conflito da Síria para tomarem "medidas urgentes" para permitir "o acesso humanitário incondicional", levantar os cercos impostos aos civis e pôr fim aos bombardeamentos.
A vice-secretária-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários e Coordenadora da Ajuda de Emergência, Valerie Amos, o diretor executivo da UNICEF, Anthony Lake, o Alto-Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, a diretora executiva do Programa Alimentar Mundial, Ertharin Cousin, e a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, consideram que após o seu primeiro apelo, há um ano, "até à data, os esforços diplomáticos para pôr fim a anos de sofrimento falharam".
Por essa razão, sublinham, "hoje, apelamos a todas as partes envolvidas neste conflito brutal para que tomem medidas urgentes a fim de permitir o acesso humanitário incondicional a todas as pessoas que dele precisam, utilizando todas as vias de comunicação disponíveis na Síria e através das fronteiras".
Exortam igualmente ao levantamento dos "cercos aos civis atualmente impostos por todas as partes envolvidas, tais como os que bloqueiam algumas zonas de Alepo, a Cidade Velha de Homs, Yarmuk, Ghoutha Leste, Moadhamieh, Nubl e Zahra" e ainda ao fim dos "bombardeamentos e tiroteios indiscriminados contra civis por parte do Governo e grupos da oposição" e de "todas as outras formas de violação da legislação humanitária internacional".
Para demonstrar como a situação no terreno se agravou, os responsáveis da ONU precisam que "devido à intensificação dos combates nas últimas semanas, pelo menos um milhão de pessoas, só em Alepo, precisa de assistência humanitária urgente" e que "a estrada entre Damasco e Alepo -- uma via de comunicação vital -- tem sido frequentemente cortada, ainda que 1,25 milhões de pessoas precisem de comida na cidade de Alepo e zonas rurais desta província".
Também "outras estradas fundamentais estão bloqueadas por diferentes forças e grupos armados", acrescentam.

Além disso, o acesso humanitário está a ser frequentemente negado aos que mais precisam "por todas as partes".
"Bombardeamentos aéreos, 'rockets', morteiros e outros ataques indiscriminados chacinam homens, mulheres e crianças inocentes", refere o documento.
"Segundo informações disponíveis, em Alepo há agora apenas 40 médicos para uma população de 2,5 milhões de pessoas -- em tempos eram mais de 2.000 -- e os artigos médicos são escassos. A cidade está cercada por todos os lados", indicam os dirigentes das agências humanitárias da ONU.
Neste momento, na Síria, "a vida de mais de 9,3 milhões de pessoas está a ser afetada por este conflito, que já entrou no seu quarto ano consecutivo", frisam.
"Com um terço das estações de tratamento de água do país sem funcionar, 60 por cento dos centros de saúde destruídos e cerca de 3,5 milhões de pessoas a viver em zonas sem possibilidade de acesso por parte da assistência humanitária, os civis inocentes da Síria parecem sobreviver apenas de coragem", observam.
 E terminam com duas perguntas: "Podem aqueles com a responsabilidade e o poder e a influência para acabar com esta terrível e trágica guerra ter a mesma coragem, a mesma força de vontade? Se os civis da Síria não desistiram, como pode a comunidade internacional desistir dos seus esforços para os salvar -- e salvar a Síria?".

  COPIADO  http://www.dn.pt/


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