Resultado de inquérito apresentado em Kiev"Ianukovitch autorizou uso de armas contra manifestantes" |
O atual chefe dos serviços de segurança ucranianos, Valentyn
Nalyvaichenko, acusou hoje agentes dos serviços secretos russos de
estarem implicados nas mortes que aconteceram na Praça da
Independência...
- Tropas russas regressam às bases depois das manobras
- Detidos polícias suspeitos de assassinar manifestantes
por Patrícia Viegas, com agências
Atual
ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, procurador-geral da
Ucrânia, Oleh Makhnitsky, e chefe dos serviços de segurança, Velentyn
Nalyvaichenko, apresentam aos jornalistas, em Kiev, os primeiros
resultados do inquérito às mortes registadas na capital da Ucrânia entre
os dias 18 e 20 de fevereiro, no auge da contestação contra o regime de
Viktor Ianukovitch
Fotografia © Reuters
O atual chefe dos serviços de segurança ucranianos, Valentyn
Nalyvaichenko, acusou hoje agentes dos serviços secretos russos de
estarem implicados nas mortes que aconteceram na Praça da Independência
ou nas suas imediações entre os dias 18 e 20 de fevereiro, no auge da
contestação ao regime de Viktor Ianukovitch. Afirmação que os russos
desmentiram implicitamente, segundo informações veiculadas pelas
agências russas internacionais.
"Os agentes do FSB (serviços
secretos russos, ex-KGB) participaram no planeamento e na execução da
dita operação antiterrorista", disse. Na apresentação dos primeiros
resultados do inquérito sobre estas mortes, o chefe da segurança acusou
ainda o Presidente ucraniano deposto Ianukovitch de ter "dado a ordem
criminosa" para abrir fogo sobre os opositores do regime que protestavam
nas ruas contra o mesmo. "Ianukovitch deu a ordem criminosa para esta
operação 'antiterrorista' de 18 a 20 de fevereiro e autorizou o uso de
armas contra os manifestantes", disse.
"Foi tudo coordenado por membros das forças da ordem", acrescentou, por seu lado, o ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, numa conferência de imprensa em Kiev.
A Rússia desmentiu, implicitamente, qualquer implicação. "Que estas declarações permaneçam na consciência dos serviços de segurança ucranianos", fez saber, em Moscovo, o serviço de imprensa do FSB, citado pela agência noticiosa russa Ria Novosti.
No mesmo dia, a procuradoria-geral da Ucrânia, indicou que foram presos 12 membros das antigas unidades especiais da polícia ucraniana, "Berkout", por suspeitas de envolvimento nas mortes registadas em finais de fevereiro em Kiev.
"Foram interpelados membros da unidade especial Berkout", declarou o procurador-geral da Ucrânia, Oleg Makhnitski, na quarta-feira à noite, numa entrevista à cadeia de televisão Canal 5. Sem dar um número. Mas o porta-voz da procuradoria, Vassil Zorya, questionado pela AFP, precisou depois que foram detidas ao todo 12 pessoas numa operação levada a cabo na quarta-feira.
"Foi tudo coordenado por membros das forças da ordem", acrescentou, por seu lado, o ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, numa conferência de imprensa em Kiev.
A Rússia desmentiu, implicitamente, qualquer implicação. "Que estas declarações permaneçam na consciência dos serviços de segurança ucranianos", fez saber, em Moscovo, o serviço de imprensa do FSB, citado pela agência noticiosa russa Ria Novosti.
No mesmo dia, a procuradoria-geral da Ucrânia, indicou que foram presos 12 membros das antigas unidades especiais da polícia ucraniana, "Berkout", por suspeitas de envolvimento nas mortes registadas em finais de fevereiro em Kiev.
"Foram interpelados membros da unidade especial Berkout", declarou o procurador-geral da Ucrânia, Oleg Makhnitski, na quarta-feira à noite, numa entrevista à cadeia de televisão Canal 5. Sem dar um número. Mas o porta-voz da procuradoria, Vassil Zorya, questionado pela AFP, precisou depois que foram detidas ao todo 12 pessoas numa operação levada a cabo na quarta-feira.
O
número de detidos, refere o site da BBC, foi também confirmado aos
jornalistas pelo ministro do Interior Arsen Avakov, que durante a
conferência de imprensa desta manhã exibiu documentos enquanto
apresentava os resultados do inquérito realizado pelas novas autoridades
de Kiev.
As manifestações anti-Ianukovitch e pró-Ocidente degeneraram numa onda de violência entres os dias 18 e 20 de fevereiro. Morreram pelo menos 90 pessoas. Os resultados do inquérito, hoje apresentados, referem-se a uma investigação à morte de 76 pessoas na rua Instytuska.
COPIADO http://www.dn.pt/
As manifestações anti-Ianukovitch e pró-Ocidente degeneraram numa onda de violência entres os dias 18 e 20 de fevereiro. Morreram pelo menos 90 pessoas. Os resultados do inquérito, hoje apresentados, referem-se a uma investigação à morte de 76 pessoas na rua Instytuska.
COPIADO http://www.dn.pt/
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