Irão Nova reunião sobre situação nuclear marcada para a próxima segunda Mossad desmente Netanyahu quanto a bomba atómica

 

21:59 - 23 de Fevereiro de 2015
Mossad desmente Netanyahu quanto a bomba atómica

Irão Nova reunião sobre situação nuclear marcada para a próxima segunda

Uma nova reunião sobre a situação nuclear iraniana decorrerá segunda-feira na Suíça, revelou hoje um alto responsável americano, sob anonimato, acrescentando que "foram feitos progressos", mas que ainda é longo o caminho a percorrer até um acordo.
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Nova reunião sobre situação nuclear marcada para a próxima segunda
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A informação surge após uma série de reuniões realizadas desde sexta-feira em Genebra, entre iranianos, norte-americanos e representantes das grandes potências, aos quais se juntaram, domingo à noite, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e seu homólogo iraniano, Mohammad Javad Zarif.
A próxima reunião, que deverá realizar-se em Lausanne na próxima semana, vai sentar à mesma mesa responsáveis políticos americanos e iranianos, mas terá posteriormente a presença de representantes de grandes potências: Rússia, China, França, Grã-Bretanha, Alemanha e União Europeia.
De acordo com o alto responsável americano que falou sob anonimato, as discussões já realizadas foram "sérias, úteis e construtivas" e "foram alcançados progressos, embora haja ainda um longo caminho a percorrer", pois algumas questões são "muito difíceis", ainda que todos se esforcem por negociar de boa-fé para alcançar um resultado positivo.
Por seu lado, falando aos órgãos de comunicação iranianos após uma série de reuniões com John Kerry, o ministro das Relações Exteriores do Irão, Mohammad Zarif, declarou que as negociações, avançaram mas que há ainda muito a fazer antes de um acordo final.
O Irão e as grandes potências do Grupo dos 5+1 (EUA, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) tentam chegar a um acordo de princípio até 31 de março.
A intenção é autorizar algumas atividades nucleares civis, mas impedir Teerão de adquirir uma arma atómicas através do seu controverso programa nuclear, sendo que, em troca dessa garantia, as sanções internacionais sobre a economia iraniana seriam gradualmente levantadas.

Irão Mossad desmente Netanyahu quanto a bomba atómica

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foi desmentido pelos seus próprios serviços de informações em 2012, quando declarou que o Irão estava a um ano de distância de se dotar da bomba atómica, segundo documentos secretos hoje divulgados.
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Mossad desmente Netanyahu quanto a bomba atómica
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A documentação foi revelada pelo jornal The Guardian e a cadeia televisiva Al-Jazeera.
As mensagens disponibilizadas pelo diário britânico e a televisão do Qatar proveem de trocas entre os serviços de informações sul-africanos e homólogos estrangeiros, como o Mossad israelita, a CIA norte-americana ou o MI6 britânico, entre 2006 e dezembro de 2014.Uma destas trocas de correspondência põe em causa a intervenção de Netanyahu na tribuna da Organização das Nações Unidas, em 2012. Na ocasião, o chefe do Governo israelita exibiu um cartaz, com uma bomba em vias de explodir, para ilustrar o que pretendia ser o seu alarme pelo alegado estado avançado do programa nuclear iraniano.
Reivindicando basear-se em informações da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Netanyahu garantira que, a partir do verão de 2013, "no mais tardar", o Irão só precisaria de alguns meses para obter suficiente urânio enriquecido para a sua primeira bomba".
Algumas semanas mais tarde, a Mossad concluiu, em relatório recebido pelos serviços sul-africanos, em 22 de outubro de 2012, que o Irão "não tinha a atividade necessária" para a produzir.
O Irão "não parece estar pronto para enriquecer urânio a um nível suficiente para produzir bombas nucleares", especificou-se no documento.
Para o The Guardian, este episódio ilustra "um fosso" entre a retórica dos homens políticos israelitas e a análise dos serviços de informações deste país.
Um dirigente israelita, questionado pelo The Guardian, considerou que não havia qualquer contradição entre as duas posições. O primeiro-ministro e o Mossad "disseram que o Irão estava a enriquecer urânio com objetivo de produzir a bomba", destacou.
A publicação destas mensagens secretas ocorre quando Netanyahu se preparar para discursar, essencialmente sobre o Irão, em 03 de março, no Congresso dos EUA, intervenção que está a causar polémica tanto nos EUA como em Israel.
O primeiro-ministro, em campanha para as legislativas de 17 de março, receia que os EUA assinem um acordo demasiado favorável ao Irão.
No domingo passado, deplorou que o "terrorismo nuclear" de Teerão "não tenha impedido a comunidade internacional de continuar a negociar um acordo nuclear com o Irão, que lhe vai permitir construir a capacidade industrial de que precisa para desenvolver armas nucleares".
O Guardian revela também que o MI6 e outros "serviços aliados" pressionaram para bloquear a venda de equipamento, entre fim de 2007 e início de 2009, de uma empresa sul-africana a uma iraniana, suspeita de envolvimento no programa de mísseis balísticos iranianos.
A empresa sul-africana, Electric Resistance Furnaces (ERFCO), fechou as portas depois de o contrato, de valor estimado entre 500 mil (441 mil euros) e um milhão de dólares (882 mil euros), ter sido anulado.
Os serviços de informações britânicos estimaram que a venda teria permitido aumentar de maneira significativa a capacidade do Irão de produzir mísseis balísticos, "alguns dos quais poderiam transportar ogivas nucleares".

  copiado http://www.noticiasaominuto.com/

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