Promessa
MG pagará piso nacional até 2018
Abono de R$ 160 será dado a professores em maio, diz governo do Estado
Plano apresentado ontem inclui valorização da escolaridade
PUBLICADO EM 25/03/15 - 03h00
BERNARDO ALMEIDA
BERNARDO ALMEIDA
O governo de Minas Gerais estabeleceu um
abono salarial aos professores do Estado e garantiu que pagará o piso
nacional até o fim do mandato, em 2018. Em reunião do Grupo de Trabalho
do Piso Salarial da Educação nesta terça, o secretário adjunto de
Planejamento e Gestão, Wieland Silberschneider, garantiu às entidades
sindicais que o Estado irá reajustar o piso ano a ano até atingir R$
1.917,78, valor estabelecido nacionalmente. Hoje o vencimento básico é
de R$ 1.455.
No encontro, Silberschneider explicou que os
repasses serão feitos gradualmente a partir de maio até 2016, quando
parte da diferença deverá ser eliminada. “O primeiro passo já foi dado.
Nossa proposta de abono de R$ 160 já em maio representa um terço da
diferença entre o que é pago hoje e o valor do piso nacional. Esse valor
passaria a ser incorporado ao vencimento básico dos servidores em
quatro parcelas de R$ 40, em julho e outubro de 2015 e em janeiro e
abril de 2016”, explicou, detalhando a proposta que havia sido
apresentada em reunião no dia 12.
Presidente da Associação de Diretores das
Escolas Oficiais de Minas Gerais (Adeomg), Ana Maria Belo de Abreu
considera que a decisão manifesta a vontade do atual governo de pagar o
piso nacional. No entanto, ela afirmou que ainda faltam esclarecimentos
sobre as próximas etapas. “O que o governo nos disse é que aos poucos
vai atingir o piso, de forma que até 2016 deve chegar a R$ 1.615, o que
indica a intenção em pagá-lo. Mas o que vem depois disso só devemos
saber em reunião marcada para a próxima semana, quando teremos uma
proposta mais consistente (sobre o que vai ser feito até 2018)”, disse.
Ela acrescentou que ainda falta definir “quais as vantagens serão
incorporadas (pelo governo) à carreira”.
A proposta apresentada pelo governo inclui
aumento de 10,25% nos salários de diretores de escola, regulamentação do
piso salarial do magistério em lei estadual, valorização da
escolaridade – bonificação de 5% do salário para quem tem mestrado e de
10% para os professores com doutorado –, migração dos professores dos
níveis iniciais T1 e T2 para o de licenciatura pleno e fim do subsídio. O
Estado de Minas Gerais conta atualmente com cerca de 180 mil
professores da educação básica. Coordenadora geral do Sindicato Único
dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz
Cerqueira não atendeu os telefonemas da reportagem até o fechamento
desta edição.
Discussão começou em 2009
Desde 2009, a categoria reivindica a equiparação do piso dos professores de Minas ao benefício nacional, em atendimento à Lei 11.738/08. Presidente do diretório estadual do PSDB, o deputado federal Marcus Pestana afirma que é preciso comparar cargas horárias homogêneas, em referência às 24 horas de trabalho no Estado e às 40 horas em âmbito nacional.
“Houve pronunciamentos de órgãos, inclusive federais, como o Ministério da Educação e a Advocacia Geral da União, de que Minas pagava até acima do piso. Quero ver se o governo vai absorver o piso que o sindicato propõe”, disse.
Desde 2009, a categoria reivindica a equiparação do piso dos professores de Minas ao benefício nacional, em atendimento à Lei 11.738/08. Presidente do diretório estadual do PSDB, o deputado federal Marcus Pestana afirma que é preciso comparar cargas horárias homogêneas, em referência às 24 horas de trabalho no Estado e às 40 horas em âmbito nacional.
“Houve pronunciamentos de órgãos, inclusive federais, como o Ministério da Educação e a Advocacia Geral da União, de que Minas pagava até acima do piso. Quero ver se o governo vai absorver o piso que o sindicato propõe”, disse.
copiado http://www.otempo.com.br/cidades/mg-pagar%C3%A1-piso-nacional-at%C3%A9-2018-1.1014476
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