Corte de apelações rejeita restaurar decreto migratório de Trump Trump diz a Poroshenko que vai tentar restaurar paz na Ucrânia Turquia prende cerca de 400 suspostos membros do EI

Corte de apelações rejeita restaurar decreto migratório de Trump
Um tribunal de apelações americano rejeitou na madrugada deste domingo o pedido do governo Trump de restaurar imediatamente o decreto anti-imigração do presidente dos Estados Unidos, bloqueado por uma corte federal.

Corte de apelações rejeita restaurar decreto migratório de Trump

AFP/Arquivos / NICHOLAS KAMM (Janeiro) Trump assina o decreto, na Casa Branca
Um tribunal de apelações americano rejeitou na madrugada deste domingo o pedido do governo Trump de restaurar imediatamente o decreto anti-imigração do presidente dos Estados Unidos, bloqueado por uma corte federal.
O Departamento de Justiça recorreu na noite deste sábado, ante a Corte de Apelações do Nono Circuito, da decisão de um juiz federal de bloquear a aplicação do decreto assinado há oito dias por Trump.
Após a decisão do tribunal de apelações, mantém-se suspensa a aplicação do decreto anti-imigração, que proibia a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.
Na decisão judicial, é solicitado aos estados de Washington e Minnesota, que entraram com a queixa contra o decreto de Trump, que forneçam documentação detalhando sua oposição ao recurso governamental antes das 23H59 locais (07H59 GMT de segunda-feira).
"Como um juiz suspendeu a proibição, muita gente má e perigosa pode entrar em nosso país. Uma decisão terrível", tuitou pouco antes o presidente americano. "As pessoas más estão muito felizes!", insistiu.
O juiz federal de Seattle (estado de Washington) James Robart emitiu na noite da última sexta-feira uma ordem temporária válida em todo o território americano que se traduziu, ontem, em uma suspensão, ao menos temporária, das restrições impostas pelo decreto de Trump.
O Departamento de Segurança Interna explicou à AFP que, "segundo a decisão do juiz", haviam sido "suspensas todas as ações para aplicar" o decreto.
"A opinião desse suposto juiz, que, essencialmente, leva a aplicação da lei para longe do nosso país, é ridícula e será revertida", publicou Trump no Twitter na manhã de ontem.
- Precipitar-se ao aeroporto -
A diplomacia americana anunciou ontem que revogou a suspensão de cerca de 60 mil vistos.
Os voos internacionais para os Estados Unidos voltaram a admitir cidadãos dos sete países que constam do decreto de Trump, que também suspendia por 120 dias o programa de acolhimento de refugiados (no caso dos sírios, de forma indefinida).
As companhias aéreas Lufthansa, Etihad, Emirates, Swiss, Qatar Airways e Air France alteraram seu procedimento durante a madrugada. "Aplicamos imediatamente a decisão da Justiça anunciada esta noite (sexta-feira)", afirmou um porta-voz da Air France à AFP.
"Está claro que as pessoas que foram formalmente afetadas pela proibição já podem viajar e ser admitidas nos Estados Unidos", explicou à AFP o professor de direito na Universidade Temple da Filadélfia Peter Spiro, que aconselhou: "Dirijam-se agora mesmo ao aeroporto e embarquem no primeiro voo para os Estados Unidos, porque a resposta da Casa Branca pode chegar muito rapidamente".
- Protestos -
A Casa Branca pretende aplicar o decreto mesmo com as críticas, que vêm, inclusive, do campo republicano.
O recurso apresentado na última segunda-feira pelo procurador-geral do estado de Washington, Bob Ferguson, estima que o decreto governamental viola os direitos constitucionais dos imigrantes, ao mirar, especificamente, nos muçulmanos.
Uma semana depois da assinatura do decreto, este segue causando indignação no mundo: milhares de pessoas voltaram a se manifestar ontem, de Washington a Paris, passando por Londres e Berlim.
Em Nova York, cerca de 3 mil pessoas responderam a um chamado da comunidade homossexual para expressar solidariedade aos muçulmanos e àqueles que possam ser afetados pelo decreto.
Em West Palm Beach, Flórida, muito perto da residência em que Trump passa o fim de semana com a família, cerca de 2 mil pessoas se manifestaram na noite deste sábado.
Trump diz a Poroshenko que vai tentar restaurar paz na Ucrânia
O presidente americano, Donald Trump, disse neste sábado ao presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que trabalhará com Kiev e Moscou para tentar pôr fim ao banho de sangue na Ucrânia.

Trump diz a Poroshenko que vai tentar restaurar paz na Ucrânia

AFP / Aleksey FILIPPOV (2 fev) Tanque das forças ucranianas na cidade de Avdiivka
O presidente americano, Donald Trump, disse neste sábado ao presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que trabalhará com Kiev e Moscou para tentar pôr fim ao banho de sangue na Ucrânia.
A conversa aconteceu após uma semana de confrontos em torno da cidade industrial de Avdiivka, que causou a morte de pelo menos 35 pessoas.
Tratam-se dos confrontos mais graves desde que foi decretado um cessar-fogo "ilimitado" no fim de dezembro, e do balanço mais grave desde o período mais violento da guerra, em 2014 e 2015.
O governo ucraniano e a União Europeia (UE) acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas, o que Moscou nega.
A esperança de Poroshenko de obter dos Estados Unidos o mesmo apoio e compromisso conquistados durante o mandato de Barack Obama foi frustrada pelas declarações de Trump.
"Trabalharemos com a Ucrânia, Rússia e outras partes envolvidas para ajudá-las a restabelecer a paz na fronteira", disse Trump, citado pela Casa Branca.
Poroshenko quis destacar a parte positiva da conversa. Seu gabinete afirmou que "ambas as partes expressaram preocupação com a escalada da violência e a deterioração da situação humanitária".
Além disso, ambos os presidentes foram favoráveis a "fomentar o diálogo com o novo governo americano em todos os níveis".
A conversa seguiu a que tiveram por telefone Trump e Putin em 28 de janeiro, que ambas as partes classificaram de construtiva.
O conflito entre os separatistas pró-Rússia e o Exército ucraniano já deixou mais de 10 mil mortos desde o seu início, em abril de 2014, consequência da chegada de um governo pró-ocidental a Kiev e da anexação da península da Crimeia pela Rússia.

Turquia prende cerca de 400 suspostos membros do EI

Turquia prende cerca de 400 suspostos membros do EI
A polícia turca prendeu neste domingo cerca de 400 supostos membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), entre eles estrangeiros, durante uma operação em todo o país, anunciaram as agências de notícias locais Anadolu e Dogan.

Turquia prende cerca de 400 suspostos membros do EI

AFP/Arquivos / OZAN KOSE (Arquivo) Policial em Istambul
A polícia turca prendeu neste domingo cerca de 400 supostos membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), entre eles estrangeiros, durante uma operação em todo o país, anunciaram as agências de notícias locais Anadolu e Dogan.
A operação acontece pouco mais de um mês depois de um ataque a uma boate de Istambul, que deixou 39 mortos na noite de 31 de dezembro e cuja autoria foi reivindicada pelo EI.
Cerca de 150 suspeitos foram detidos em Sanliurfa (sudeste); 60, em Ancara; e dezenas mais em outras províncias, segundo as fontes. Entre os presos em Ancara há estrangeiros.
Na habitualmente tranquila cidade de Izmir, foram detidas nove pessoas suspeitas de viajar até a Síria e a partir daquele país e planejar atentados, informou a Anadolu.
copiado https://www.afp.com/pt

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