Enquanto temos dificuldades de comprar 01 (um) pão, o seu representante que ganha fortunas paga por nós quer que tos paguem paizinhos de queijo para ele. Deputado pede ressarcimento até pela compra de dois pãezinhos de queijo.
Apresentando notas fiscais de despesas extras em valores de 1 real a R$ 184,5 mil, parlamentares foram ressarcidos em R$ 235 milhões em 2016, o equivalente a pagar o salário dos 81 senadores por sete anos
A crise financeira que o país atravessa parece ter chegado até mesmo nos parlamentares federais, apesar do salário. Enquanto alguns ressarcimentos de despesas pela verba indenizatória da Câmara e do Senado chegaram a R$ 184,5 mil em um única nota fiscal, o deputado Afonso Motta (PDT-RS) não abriu mão nem mesmo de ser ressarcido pela compra de dois pãezinhos de queijo. Mas o cupom fiscal de R$ 1,00 não é a única curiosidade na utilização do cotão.
Diego Garcia, deputado federal do PHS pelo Paraná, que foi ressarcido em R$ 497 mil no ano passado, apresentou à Casa nada menos que 2.284 notas, uma média superior a seis notas a cada um dos 365 dias do ano.
A empresa que mais vendeu passagens aéreas a senadores em 2016 não foi uma empresa de aviação, e sim uma de turismo. Tendo faturado R$ 1,33 milhão, a Adria Viagens e Turismo, sediada em Brasília, emitiu 1.578 notas fiscais a um terço do total de senadores, uma média superior a emissão de quatro passagens por dia útil ou não.
O dinheiro é proveniente do Cotão, recurso público disponibilizado mensalmente aos parlamentares para bancar despesas inerentes ao trabalho político. Há regras e tetos em ambas as casas para a utilização desse dinheiro em mais de uma dezena de rubricas, que variam de locação de avião, barcos e imóveis até o pagamento de táxis e pedágios.
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) não concorda com a existência da verba indenizatória, que chama de “distorção”. Para ele é preciso acabar gradativamente com este recurso financeiro. Compartilhando da mesma opinião, o senador Reguffe (S.Part-DF), que jamais utilizou dinheiro da verba indenizatória, pede a sua extinção em seu Projeto de Resolução do Senado (PRS) Nº47/2015 que aguarda relatoria na CCJ desde 2015.
O Outro lado
A Adria Viagens e Turismo disse que foi escolhida por 27 senadores (nenhum deputado a escolheu) graças aos serviços prestados 24h por dia, mas destaca que parlamentares não representam sua maior fonte de faturamento.
O deputado Diego Garcia disse que a quantidade de notas apresentadas está relacionada diretamente a gastos com a locomoção dele e de sua equipe pelo estado para o exercício de seu mandato, inclusive em táxis. “Percorro mensalmente milhares de quilômetros pelo Estado; minha vida é praticamente ‘na estrada’”, diz o deputado.
A deputada Luciana Santos disse que os gastos com abastecimentos estão dentro do que é estabelecido como limite pela Câmara e que utiliza o combustível para exercer seu mandato.
A assessoria de Afonso Motta diz que é prerrogativa do parlamentar pedir ressarcimentos de despesas com sua alimentação e que seria estranho se tivesse pedido o ressarcimento pela compra de cinquenta pãezinhos de queijo, não de dois.
Veja alguns números:
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