Foi Eduardo Cunha que fez Velloso correr do ministério Temer? Agressão de Freire a Raduan Nassar não é só grosseria, é ignorância A hydra judiciária que só a urna domará. Por Luís Costa Pinto



Foi Eduardo Cunha que fez Velloso correr do ministério Temer?

  Quem quiser acreditar que “os contratos de  seu escritório de advocacia que exigiam a participação direta dele na defesa dos clientes“, explicação dada em O Globo para Carlos Velloso desistir do Ministério da Justiça,...
Quem quiser acreditar que “os contratos de  seu escritório de advocacia que exigiam a participação direta dele na defesa dos clientes“, explicação dada em O Globo para Carlos Velloso desistir do Ministério da Justiça, que acredite.erica1
Aos 81 anos, o Dr. Velloso não anda fazendo petição, apenas orienta.
Aconteceu algo e este algo pode ter sido a investida de Cunha sobre Michel Temer, com um questionário de perguntas que tem mais veneno que todo o Instituto Butantã.
Um escancarado “eu sei o que vocês (Temer, Moreira, os empreiteiros, “Érica” e outros) fizeram no verão passado”. Nos verões, aliás, muitos verões.
O fato é que há sinais de uma ação com sinais de desespero do Governo, como a notícia, dada hoje por Tales Faria no Poder360,  de que o Planalto age para impedir que Rodrigo Janot tenha o terceiro mandato na Procuradoria Geral da República.
O Dr. Velloso é mineiro. E viu que a cumbuca onde queriam que ele enfiasse a mão era mais cheia de víboras do que se pensava.

Agressão de Freire a Raduan Nassar não é só grosseria, é ignorância

O ministro da Cultura, Roberto Freire, em lugar de absorver, civilizado, as críticas do escritor Raduan Nassar ao  governo de Temer, e responder com espírito (que não tem) e inteligência (que lhe falta) resolveu...

raduanAgressão de Freire a Raduan Nassar não é só grosseria, é ignorância

O ministro da Cultura, Roberto Freire, em lugar de absorver, civilizado, as críticas do escritor Raduan Nassar ao  governo de Temer, e responder com espírito (que não tem) e inteligência (que lhe falta) resolveu partir para o “coice” na entrega do Prêmio Camões  ao romancista, sugerindo que ele devolvesse a premiação que, em parte, é subvencionada pelo Estado brasileiro e por Portugal.
Revela não apenas sua estupidez, ao não separar o que é o poder público e seu dever de incentivar a cultura – afinal, ele não tem ligações com ela, mas com a política, apenas – como a sua absoluta ignorância sobre quem é o consagrado autor de Lavoura Arcaica.
Raduan, não só no campo das ideias, deu muito mais ao Brasil. Inclusive em valores sonantes, não apenas morais.
Anos atrás, ele doou sua Fazenda  “Lagoa do Sino”, em Buri, no sudoeste de São Paulo à Universidade Federal de São Carlos, fazer um campus agrícola, com foco na agricultura familiar.
É muito mais do que a mesquinharia que Freire lhe faz.
A única coisa de útil que faz o ministreco – que nunca deu nada ao Brasil, senão sua incrível capacidade de sabujar o tucanato – é dar oportunidade para que mais gente se interesse pela história e pela obra deste grande apaixonado pela terra brasileira, mostrada neste vídeo do Globo Rural, magnificamente conduzido pela glória do jornalismo brasileiro, José Hamilton Ribeiro.
Assista, fala de algo que Roberto Freira nunca entenderá: colocar as pessoas, acima de seu próprio interesse material.



hydra





A hydra judiciária que só a urna domará. Por Luís Costa Pinto

Luís Costa Pinto escreve hoje, no Poder360, um texto admirável, porque tem a coragem de enfrentar o que está à vista de todos e quase ninguém tem coragem de dizer. O Poder Judiciário no...



Luís Costa Pinto escreve hoje, no Poder360, um texto admirável, porque tem a coragem de enfrentar o que está à vista de todos e quase ninguém tem coragem de dizer.
O Poder Judiciário no Brasil não apenas passou a sofrer de hipertrofia como de uma terrível incontinência autoritária. E seletiva.
Projeta-se ou não sobre outros poderes conforme convém, e  como convém modula suas decisões.
O veto à nomeação de Lula e a bênção à de Moreira, afora as firulas, são a intervenção ou a submissão ao Executivo, dependendo de quem lá está.
Soltar Eduardo Cunha das “alongadas prisões de Curitiba”, mais longa ainda para outros, é algo que “vem ao caso” não se discute diante da lei – para todos, inclusive para Cunha – não preveja cumprimento antecipado de pena, mas porque se enfrentam os argumentos de “olha lá que ele vai falar” com o olha lá o que vão falar de nós.
E a todas estas, vai-se indo a democracia e o equilíbrio dos poderes. Aliás, não só com as usurpações supremas, mas também daquele que é, hoje, o incontestável de Curitiba.
Costa Pinto, com toda a razão, só vê nas urnas a força hercúlea capaz de domar a hydra.

Judiciário quer ser Poder Moderador;
STF já ignora freios e contrapesos

Luís Costa Pinto, no Poder360
Os povos de herança anglo-saxã ergueram Estados-nação sobre uma sólida base de tradições jurídicas, separação de poderes e sistema de freios e contrapesos.
Nós os mitigamos a partir de 1891 para apagar da memória a jabuticaba jurídica do Poder Moderador, criado por Dom Pedro I e instituído na primeira Constituição brasileira em 1824 e na Constituição Portuguesa de 1826. Não moderava nada –apenas escancarava a vontade do Imperador acima de tudo e de todos.
Em 1937, Getúlio Vargas mandou que esquecessem de escrever na Carta brasileira a harmonia entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Em 1946, restaurou-se o verniz saxônico com luzes francesas em nossa Constituição, o que não impediu os militares de rasgarem tudo em 1964 e espicaçarem em 1968. Não valia o que estava escrito. Em 1988, restaurou-se a vontade de seguir imitando o mundo moderno.
Mas no Brasil de 2017 a jabuticaba constitucional voltou a florescer –freios e contrapesos deixaram de ser sistema garantidor da ordem constitucional. Foram relegados a definição de maquinário de elevador. Só isso.
O Judiciário está se sobrepondo aos demais poderes da República e seu porta-voz é uma hydra de 10 cabeças –mas a 11ª está brotando no pescoço disforme dessa criatura que nos empurra para as profundezas do inferno da História.
As 10 cabeças não têm a mesma dimensão nem lançam mão dos mesmos ardis. Algumas subjugam outras, há delas que se creem independentes e a mais jovem brota careca e reluzente, embora não por isso inocente, sendo fruto de uma articulação do mais falastrão de todos os pescoços da hydra brasiliense.
Os pais da Pátria, na ausência de legitimidade e pendurando suas reputações num talo de couve, vivem em permanente transe tentando decifrar o que agrada e o que desperta a cólera do estranho ser primal. É difícil saber o que aplaca seus bofes, afinal os padrões de julgamento são fluidos como bile.
Um dia, vale uma tradição e não se pode nomear ministro investigado porque significaria proteção de foro privilegiado. Noutro dia, diz-se que ministro não tem foro privilegiado e nomeá-lo é prerrogativa do chefe do Executivo. Hoje, intervenções em ritos do Legislativo são abjetas. Amanhã, que se mande a Câmara votar de novo uma emenda de iniciativa popular porque os deputados mudaram uma proposição –qual democracia direta, e não o salutar sistema representativo sob o qual ora vivemos.
A supremacia da hydra na capital da República já não obedece mais a freio algum e o contrapeso foi lançado do elevador na direção do andar de baixo. Está-se massacrando a lenta construção institucional brasileira em nome da preponderância de um poder ante os demais como se houvesse apenas 11 biografias providenciais capazes de nos salvar de uma tragédia. Precisamos, urgentemente, de uma eleição geral. Só a urna é providencial –ela nos devolverá a um projeto nacional, salvando-nos dessa série de estratagemas por meio dos quais algumas cabeças coroadas e sem divindade tentam escapar da sanha da criatura que habita num dos lados da Praça dos Três Poderes..

copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/

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