Moraes no Supremo: despudor e desfaçatez do regime de exceção MÍDIA A coincidência da Lava Jato. Prendam o “mala” do Senado depois da eleição de Moraes

Moraes no Supremo: despudor e desfaçatez do regime de exceção

Marcos Oliveira / Agência Senado
O plagiador tucano Alexandre de Moraes preenche somente dois dos quatro requisitos constitucionais para ser juiz do STF: [1] é cidadão brasileiro, e [2] está na faixa etária de "mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade" [CF, art. 101].
Moraes não possui, todavia, os dois predicados substantivos exigidos pela Constituição: [1] falta-lhe notável saber jurídico, com autoria genuína [não plagiada], bem além de simples cartilhas, fascículos e manuais para concursos considerada como "obra jurídica"; e, [2] como plagiador de obras alheias e uma carreira manchada por favorecimentos e direcionamentos políticos, ele não possui reputação ilibada.
Por essa razão, o trâmite acelerado no Senado – a sabatina na CCJ e a aprovação no plenário em menos de 24 horas – não passou de uma farsa para cumprir o rito da sua aprovação "pela maioria absoluta do Senado", como define o parágrafo único do artigo 101 da Constituição.
Qualquer pessoa que fosse indicada pelo usurpador Temer para o cargo, mesmo um bolsista do MBL do Instituto de Direito Público do Gilmar Mendes, seria aprovado, porque os golpistas perderam o pudor e o temor de fazer o que bem entendem.
É um jogo jogado, uma carreira corrida com o resultado conhecido de antemão. É um mero teatro legislativo para dar aparência de legalidade para a "solução Michel" no STF – o acordão PMDB/PSDB para abortar a Lava Jato. Com o rito farsesco, o regime de exceção recobre o ato de nomeação do plagiador Alexandre Moraes com o verniz da falsa legitimidade e da aparente "normalidade institucional".
O golpe de Estado não se encerrou em 31 de agosto de 2016 com a deposição definitiva da presidente Dilma depois da aprovação do impeachment fraudulento pelo Senado. O golpe segue sendo perpetrado constantemente com a agenda de ataques à Constituição, retrocessos sociais, destruição da engenharia e da tecnologia nacional e entrega da soberania do país.
Em nove meses, os golpistas aprovaram no Congresso todas as medidas anti-nação e anti-povo exigidas pelo mercado e grupos estrangeiros, mesmo que inconstitucionais, como o congelamento por vinte anos dos gastos primários. Nos próximos meses, aprovarão sem piedade outras medidas que agridem brutalmente as conquistas históricas dos trabalhadores, como a reforma trabalhista e a previdenciária.
Por esse motivo o senador Humberto Costa [PT/PE] se equivocou redondamente na entrevista ao lixo da revista Veja [sic] ao defender que se deveria "virar esta página" porque "não dá para ficar só no discurso do golpe".
A farsa da nomeação do Alexandre Moraes para o STF traduz o estágio avançado do despudor, da desfaçatez e da podridão que domina a política brasileira e evidencia, além disso, os limites da atuação parlamentar da oposição num Congresso ilegítimo que faz o jogo de cartas marcadas do golpe, independentemente de qualquer racionalidade.
É hora, por isso, de se repensar as estratégias de resistência e de enfrentamento ao golpe e ao regime de exceção. Não para "virar esta página", como defende o equivocado senador petista, mas para se inventar formas diferentes de denúncia, combate e deslegitimação do golpe e do regime de exceção, e acumular forças na sociedade para a eleição de Lula em 2018.
É de se avaliar, por exemplo, se deputados/as e senadores/as da oposição devem continuar participando normalmente das comissões e votações do Congresso, emprestando assim legitimidade para um processo legislativo viciado, do qual se conhece por antecipação o resultado, que é a agenda do golpe, e cujo aprofundamento seguirá em breve com as reformas trabalhista e previdenciária.
O bolo do golpe não pode ficar enfeitado com a cereja da legitimidade da bancada de oposição; bancada que se notabiliza, na maioria, por uma atuação heróica na resistência democrática e no enfrentamento à oligarquia golpista.
Publicado originalmente em seu Facebook

MÍDIA

A coincidência da Lava Jato. Prendam o “mala” do Senado depois da eleição de Moraes

o “mala” do Senado depois da eleição de Moraes


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"Menos de 24 horas depois da aprovação do nome de Alexandre de Moraes no Senado, com o voto dos senadores implicados nas investigações da Lava Jato, estourou o escândalo de Jorge Luz, o pagador de propinas dos senadores do PMDB, inclusive de uma alegada 'bolada' de US$ 6 milhões a Renan Calheiros. Será que 'descobriram' o Luz agora?", questiona o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço
Como acontecem coincidências!
Menos de 24 horas depois da aprovação do nome de Alexandre de Moraes no Senado, com o voto dos senadores implicados nas investigações da Lava Jato, estourou o escândalo de Jorge  Luz, o pagador de propinas dos senadores do PMDB, inclusive de uma alegada “bolada” de US$ 6 milhões a Renan Calheiros.
Será que “descobriram” o Luz agora?
Não, o Luz já brilhava na Lava Jato há quase três anos.
Em abril de 2014, a Época publicava que “nos documentos apreendidos pela PF no escritório de Paulo Roberto [Costa], o nome de Jorge Luz e de seu filho Bruno Luz aparecem vinculados ao pagamento de comissões – propina, suspeitam os investigadores – envolvendo gigantes multinacionais que vendem combustível à Petrobras. Esses negócios eram fechados pela Diretoria de Paulo Roberto.
De lá para cá foram diversos inquéritos e dezenas de reportagens e até mesmo reuniões com o Ministério Público, como registrou O Globo em setembro de 2015.
2015, veja só!
A nada disso a Força Tarefa reagiram com conduções coercitivas de Jorge e seu filho Bruno, igualmente envolvido.
Nem o Dr. Sérgio Moro, que ouviu de Nestor Cerveró a milionária “mala” para Renan, agiu com a sua habitual “cognição sumária”.
Todos sabiam que Luz era amigo de Jáder Barbalho e também do empresário Álvaro Jucá, irmão de Romero Jucá, líder do Governo.
Os Luz, segundo o noticiário, deram no pé para Miami, debaixo das barbas da PF. ” Bruno Luz deixou o Brasil em agosto do ano passado e seu pai, em janeiro deste ano”, informa o Estadão e a PF, coitada, diz que ficou sabendo só ontem.
Agora, resolveram “prender” os picaretas, mas só depois de que os suspeitos de se beneficiarem de sua propinagem deram, bem comportados, os votos para colocar no STF o homem que irá julgá-los.
Faço o post e vou jogar na Mega-sena. Quem sabe não acontece uma destas coincidências da Lava Jato comigo?
Não? Que pena…
copiado  http://www.brasil247.com/pt/247/

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