ATOLADO NA LAVA JATO, PSDB COGITA LANÇAR DORIA
Com sua cúpula praticamente inteira citada nas delações da Odebrecht, o PSDB se vê cada vez mais forçado a analisar o nome do prefeito de São Paulo, João Doria, que tem pouco mais de 60 dias de gestor público, como a aposta do partido para as eleições de 2018; dirigentes tucanos acreditam que a pressão por avaliar as chances de Doria tende a crescer dentro da própria militância, com a aproximação do pleito; com o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, destroçado pelas revelações de que pediu e recebeu da Odebrecht R$ 9 milhões de caixa dois na campanha de 2014, há quem defenda que seu grupo apoie o nome de Doria para retirar a chance de candidatura do governador Geraldo Alckmin; o senador José Serra é praticamente descartado; oficialmente, Doria diz que seu candidato é Alckmin, mas emite sinais de que pode deixar os paulistanos a ver navios em busca de voos maiores
5 DE MARÇO DE 2017 ÀS 09:13 //
247 - O desgaste enfrentado por quadros tradicionais do PSDB levou a cúpula do partido a ponderar com seriedade uma discussão que, antes, estava restrita a cochichos nos bastidores: a possibilidade de o prefeito de São Paulo, João Doria, se firmar como um nome competitivo para as eleições presidenciais de 2018.
É o que informa reportagem de Daniela Lima, na Folha de S. Paulo neste domingo, 5. A avaliação no ninho tucano é que as últimas revelações de delatores da Odebrecht mergulharam de vez os principais presidenciáveis do PSDB. Aécio, Serra e Alckmin já foram citados em depoimentos de delatores.
Os dirigentes tucanos acreditam que a pressão por avaliar as chances de Doria tende a crescer dentro da própria militância, com a aproximação do pleito.
"Em conversas reservadas, tucanos graduados argumentam que, se houvesse em 2018 um páreo montado apenas por políticos tradicionais, um entre os três nomes que se colocam hoje ao Planalto na sigla –Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Geraldo Alckmin (SP)– teria chances. Mas com a indicação de que "outsiders" se arriscarão na corrida à Presidência, cresce a sensação de que Doria pode ser representar uma opção viável", diz a jornalista.
Há quem defenda dentro do PSDB que com a destruição política de Aécio Neves, seu grupo poderia passar a apoiar o nome de João Doria como candidato, para enfraquecer a candidatura de Geraldo Alckmin, que disputa com Aécio o posto de candidato tucano para 2018.
O prefeito mantém o discurso de que seu candidato ao Planalto é Alckmin. Dá sinais concretos, porém, de que sabe que o vento pode migrar com força para a sua direção.
copiado http://www.brasil247.com/pt/247/
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