Investir em empreendedorismo é fator chave para o Brasil se manter entre as grandes economias globais

Wal Flor
shutterstock_40397092022 Março 2017 | 12h08
Compreender os ecossistemas de inovação é um assunto que tenho estudado e dedicado boa parte do meu tempo ultimamente. Numa visão sintetizada, me atrevo a dizer que para se criar um polo de inovação e fazer florescer empreendedores da nova economia são necessários três elementos essenciais: rebeldia, conhecimento e investimento. Entende-se por rebeldia pessoas que desafiam o status quo, que não se conformam, que gostam de estar fora da zona de conforto e que tem uma resiliência brutal. Todavia, de nada adianta essa rebeldia sem causa, então conhecer um assunto em profundidade, resolver um problema com uma solução focada é essencial. E claro, estar próximos a investidores sedentos por inovações e na busca incansável de um unicórnio, é a matemática perfeita

Créditos: divulgação
 shutterstock_403970920
Junto a estes elementos essenciais, as universidades e o governo que exercem papel fundamental, seja oferecendo inspiração e conhecimento, seja oferecendo incentivos fiscais ou com arranjos legais que acompanhem a rapidez das tecnologias exponenciais. É assim que se destacam os principais polos de inovação do mundo como o Vale do Silício, Israel e, mais recentemente num crescimento galopante, Austin, no Texas.
Se compararmos com o Brasil, estamos engatinhando a passos lentos nesse movimento. Sem contar que por sermos um país continental, não pensamos e não agimos globalmente. Estes polos de inovação estão conectados por experiências e pessoas que falam a mesma língua, literalmente. O idioma é uma barreira não só para a programação de soluções tecnológicas, mas também para fazer negócio. Ainda são poucos os brasileiros que se destacam na Califórnia ou em Israel.
Em uma recente visita a Austin, para acompanhar o maior festival do mundo sobre as tendências da indústria criativa, o SXSW, pude constatar com os organizadores do evento que, entre os mais de 300 mil visitantes, o Brasil se posiciona como o 3o país que mais envia representantes. Perde apenas para o próprio EUA e para a Inglaterra. Entretanto, a maioria vai para aprender e compartilhar com seus times e clientes. São raros os representantes nacionais que vão com o olhar de negócio, com um pitch pronto em busca de parceria, investimento e/ou clientes globais.
Como mudar esse mindset?Vejo as empresas e marcas tradicionais cada vez mais buscando se conectar com esse mundo novo e há várias formas de fazê-lo. Eventos de sensibilização, educação, mentoring, desafios diversos, demodayco-workingsprint, incubadora e tantas outras iniciativas já fazem parte do dia-a-dia de empresas e marcas como MicrosoftGoogleCuboNaturaMastercardTecnisa, entre outras. Democratizar oportunidades, conhecimento e investimento, além de estar aberto para a diversidade de pessoas e temas é essencial para a aceleramos esse mecanismo e garantirmos um futuro do trabalho para todos.
E é nesse contexto que convido e convoco as marcas, universidades e governo a promoverem um impacto positivo exponencial por meio da parceria, da formação e do investimento em empreendedores brasileiros. Vamos juntos transformar a São Paulo, a Floripa, o Recife e tantas outras cidades em uma grande rede nacional e global. Vamos juntos criar o Brasil exponencial e nos apresentar para o mundo, de igual para igual, como seres criativos, éticos, rebeldes, responsáveis e do bem.
copiado http://economia.estadao.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...