BRASÍLIA
— Parlamentares do PSDB e do DEM — dois dos principais partidos
de sustentação da base do presidente Michel Temer — reagiram de
forma negativa à tentativa do governo de protelar o julgamento de
cassação da chapa presidencial no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), previsto para começar no dia 6 de junho. Os partidos desejam
uma solução rápida para a crise política em que mergulhou o país
desde que foi divulgada a delação da JBS, que tornou Temer alvo de
investigação no Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente do
DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que a protelação não
interessa ao país, e destacou que o fato de o Congresso ter
funcionado esta semana, com a aprovação de diversas Medidas
Provisórias e outros projetos, não significa um gesto dos partidos
da base de sustentação em relação ao governo.
— A protelação
no TSE não interessa nem ao governo, nem ao país. Ambos precisam de
uma definição sobre a crise que estamos vivendo. O trabalho que o
Congresso conseguiu exibir esta semana é uma vitória do Poder
Legislativo. O Judiciário parou de emitir sentenças? Não. O
Judiciário continua a atuar. Por que o Legislativo não continuaria
a atuar? Foi um gesto de afirmação do Poder Legislativo. Não é um
gesto em relação ao governo — ressalta Agripino.
O relator da
reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), diz que,
apesar de qualquer movimentação do governo para prolongar um
desfecho, a data limite para o partido é 6 de junho.
— Temer vai
trabalhar para encontrar uma estratégia jurídica para não deixar o
TSE votar dia 6. Mas já há um pacto dentro do PSDB na direção de
uma data limite, que é o julgamento do TSE, para ter uma construção
do que será o amanhã, o dia seguinte. Se até lá isso for
construído e o TSE resolver, bem. Se não, vai ficar absolutamente
irreversível a saída do PSDB. A pactuação está feita — destaca
Ferraço.
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