Por
Gustavo Aguiar e Fernanda Calgaro, G1, Brasília
31/05/2017
16h17 Atualizado há menos de 1 minuto
O
novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, durante entrevista no
Palácio do Planalto após tomar posse (Foto: Isac Nóbrega/PR)
Jardim
fez a comparação com o período em que atuou como ministro da
Transparência. Segundo ele, o critério que adotará na Justiça
será o mesmo.
"Adotarei
o mesmo cuidado, a mesma serenidade que adotei no Ministério da
Transparência. Passei dois meses estudando o ministério",
disse Torquato Jardim, complementando que as mudanças "foram
mínimas".
Segundo
ele, no Ministério da Justiça, "vai levar mais tempo, talvez,
porque é um ministério oito vezes maior".
Ao
final da entrevista, diante da insistência de jornalistas sobre a
permanência do diretor-geral Leandro Daiello no comando da PF,
Jardim afirmou: "Eu respondo daqui a dois, três meses, quando
analisar melhor o quadro".
Para
Torquato Jardim, o fato de Daiello estar no cargo desde 2011 não
influenciará a decisão sobre a continuidade dele na função.
Segundo o ministro, a antiguidade "não é fato relevante na
análise que vamos fazer".
O
ministro afirmou que, na sexta-feira (2), viajará junto com Daiello
para Porto Alegre, a fim de participar da posse do novo
superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.
"Ida
e volta são quatro horas de conversa. Acho que vai dar para aprender
alguma coisa com o diretor da Polícia Federal", disse.
Lava Jato
Ele
também negou uma suposta intenção de inibir a Operação Lava
Jato, que investiga, entre outros, o próprio presidente Michel
Temer, ministros e parlamentares da base governista.
"A
Lava Jato é oportunidade única de se construir uma nova ética
pública", declarou. "É um programa de Estado. Não é
coisa de governo, uma vontade de Estado, da sociedade brasileira",
afirmou.
Processo no TSE
Ex-ministro
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Torquato Jardim contestou
informações de que a escolha dele para o ministério se devia a uma
suposta influência sobre os ministros do tribunal.
Na
próxima semana, o TSE retomará o julgamento do pedido de cassação
da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014.
Na
avaliação de auxiliares de Temer e de integrantes de base
aliada ouvidos
por colunistas do G1,
com a destituição
de Osmar Serraglio e
a nomeação de Jardim, o Planalto espera melhorar a interlocução
do governo nos tribunais às vésperas do julgamento no TSE.
"Se
eu tivesse todo o prestígio que a imprensa me atribuiu, eu não
assumiria o Ministério da Justiça, eu voltaria para o escritório
de advocacia. Se quisesse praticar algum ato nas sombras, eu
continuaria no Ministério da Transparência, não no da Justiça,
até porque metade de vocês nem sabe onde é o Ministério da
Transparência. Não tem qualquer fundamento isso", disse.
Orçamento da PF
Torquato
Jardim afirmou que tem o compromisso de buscar garantir recursos para
a operação da Polícia Federal.
"Isso
faz parte da avaliação que vou fazer, dos meios e mecanismos que
vou fazer. [...] O esforço será prover a Polícia Federal tanto
quanto possível em relação ao financiamento. O compromisso é que
a Polícia Federal tenha, na medida do espaço possível do
orçamento, os melhores equipamentos."
Orçamento da PF
Torquato Jardim afirmou que tem o compromisso de buscar garantir recursos para a operação da Polícia Federal.
"Isso faz parte da avaliação que vou fazer, dos meios e mecanismos que vou fazer. [...] O esforço será prover a Polícia Federal tanto quanto possível em relação ao financiamento. O compromisso é que a Polícia Federal tenha, na medida do espaço possível do orçamento, os melhores equipamentos."
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