Aécio usava carro de luxo em nome de rádio apontada como intermediária de mesada. Land Rover foi parada em blitz

Aécio usava carro de luxo em nome de rádio apontada como intermediária de mesada. Land Rover foi parada em blitz


Pedro França / Agência Senado
Parado em blitz da Lei Seca em 2011, carro de luxo complica Aécio sete anos depois

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) omitiu de suas declarações de imposto de renda um veículo Land Rover que estava em nome da rádio Arco-Íris, empresa que, segundo relato do empresário Joesley Batista à Polícia Federal, era usada como intermediária de mesada de R$ 50 mil paga a Aécio, por dois anos (entre 2015 e 2017), pela JBS. Réu no Supremo Tribunal Federal (STF), onde também é alvo de oito inquéritos, o tucano também deixou de declarar à Receita Federal a própria rádio – omissão que foi descoberta quando o senador teve a carteira de habilitação (vencida) apreendida no Leblon, bairro chique do Rio de Janeiro onde Aécio tem casa, em 2011. As informações são do jornal O Globo.
A reportagem remete à madrugada de 17 de abril de 2011, quando o tucano foi parado em uma blitz da Lei Seca e se recusou a fazer o teste do bafômetro – na época, sua assessoria de imprensa informou que o senador não sabia que estava com a carteira de motorista vencida. Depois que os dados do documento foram checados, constatou-se que o carro de luxo havia sido adquirido em nome da emissora, em novembro de 2010. Ainda segundo o jornal, o senador vendeu sua parte na sociedade da rádio, em 2016, para a irmã Andrea Neves, ré no mesmo caso que o envolve.
“Naquela noite de 2011, Aécio voltava de uma reunião com amigos. Parado pelos agentes, ele se recusou a fazer o teste de bafômetro e foi multado em R$ 1.149, 24 – R$ 957,70 por se negar a assoprar o equipamento e R$ 191,54 pelo documento vencido. Investigado na Operação Lava Jato, o senador do PSDB perdeu ainda 14 pontos na habilitação – sete por não fazer o teste e outros sete por estar dirigindo com o documento vencido”, diz trecho da reportagem assinada por Daniel Biasetto.
“Três anos depois [de ser parado na blitz], durante a campanha presidencial de 2014, Aécio declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que detinha cotas da Arco Íris, afiliada da Jovem Pan, no valor de R$ 700 mil. Na declaração, ele discriminava o bem como forma de uma dívida que mantinha com a antiga dona da emissora, Inês Maria Neves Faria – sua mãe. Na mesma declaração, Aécio registrou a posse do veículo Land Rover Freelander ano 2012, avaliado em R$ 166.500″, acrescenta o jornal.
Documentos da Receita Federal revelaram que o patrimônio declarado de Aécio triplicou após a eleição de 2014, quando foi derrotado por Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. O salto foi de R$ 2,5 milhões em 2015 para R$ 8 milhões em 2016, informou em 13 de março o jornal Folha de S.Paulo. De acordo com a reportagem, o crescimento foi resultado justamente da operação financeira entre Aécio e Andrea Neves envolvendo as cotas que o senador detinha na rádio, a Arco Íris, da qual foi sócio durante seis anos.

Atenção BRASIL,Senado gastou R$ 27 milhões com cota parlamentar em 2017. Portal descobriu até refeição de R$ 1 mil.  E falta de dinheiro e planejamento ameaça obras da transposição do São Francisco, diz relatório da CGU. 

copiado http://congressoemfoco.uol.com.br/

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