Amor febril Na época do regime militar, o ritual de subida e descida da rampa do Palácio do Planalto era algo sagrado na agenda diária do cerimonial da presidência da República, desde os generais Castello Branco, Costa e Silva e Garrastazu Médici.

Amor febril

A maioria, porém, não escondia o desconforto de deixar o trabalho em seus gabinetes para atender ao “convite” para prestigiar a cerimônia.
Na época do regime militar, o ritual de subida e descida da rampa do Palácio do Planalto era algo sagrado na agenda diária do cerimonial da presidência da República, desde os generais Castello Branco, Costa e Silva e Garrastazu Médici.
Com o “Alemão” Ernesto Geisel não foi diferente. Mas como não gostava de festas, nas terças-feiras, subia, nas sextas, descia.
O alto escalão do governo não perdia nem uma nem outra ocasiões. A companhar Sua Excelência, sempre estava o vice Adalberto Pereira dos Santos. Também os chefes dos gabinetes Civil e Militar e o do SNI, generais Hugo Abreu, Golbery do Couto e Silva e João Figueiredo. E ainda o ministro do Planejamento, Reis Velloso, além do secretário particular de Sua Excelência, major Heitor Aquino Ferreira.
Ao pé da rampa, o baixo escalão: funcionários e funcionárias devidamente uniformizados e enfileirados. Para ficarem de acordo com o espírito da cerimônia, alguns homens usavam farda de escoteiro e algumas mulheres, de bandeirante.
A maioria, porém, não escondia o desconforto de deixar o trabalho em seus gabinetes para atender ao “convite” para prestigiar a cerimônia.
OrlandoBrito
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