MDB abraça, enfim, candidatura de Meirelles a presidente Meirelles ganha candidatura na hora em que perde o discurso Aqui o presidente está nu, mas é nossa realeza que paga mico


MDB abraça, enfim, candidatura de Meirelles a presidente


O MDB aproveitou a cerimônia de lançamento do documento “Encontro com o Futuro”, que discorre sobre as realizações do partido à frente da Presidência da República, para declarar que seu candidato nas eleições de outubro será mesmo Henrique Meirelles, que foi ministro da Fazenda no governo de Michel Temer.
O próprio presidente Temer, presente ao evento no Lago Sul, em Brasília, discursou e declarou: “Digo sem medo de errar de que tenho certeza de que o Meirelles é o melhor dentre os melhores”. E ainda: “Ficarei orgulhosíssimo se um dia, no plano pessoal e institucional, o Meirelles for proclamado pelo voto popular presidente da República Federativa do Brasil”. Disse ainda ainda espera que Meirelles concentre o apoio de todas as candidaturas dos partidos de centro.
Antes de tomar a decisão, Michel Temer consultou pessoas de confiança, uma delas o ex-presidente José Sarney. É a primeira vez, desde a candidatura de Orestes Quércia, em 1993, que o MDB apresenta um concorrente ao Planalto.

Meirelles ganha candidatura na hora em que perde o discurso


Ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
A se confirmarem os planos da cúpula do MDB, nesta terça-feira, no lançamento do documento Encontro com o Futuro, será confirmado que Michel Temer abrirá mão de sua candidatura à reeleição em favor de Henrique Meirelles. Além de mais um enredo na linha da “volta dos que não foram”, já que a candidatura Temer nunca existiu de verdade,trata-se de um encontro com um futuro para lá de incerto: o ex-ministro da Fazenda ganha a candidatura no momento em que perde o discurso.
Na semana passada, ficou mais claro do que nunca: os números do desemprego, com sua dose cavalar de desalento, a disparada do dólar e a redução nas previsões para o crescimento do PIB acabaram com boa parte das ilusões dos que acreditavam que a economia poderia, em algum momento, ser um bom cabo eleitoral para o candidato do Planalto. Não é e não será. Ao contrário, a deterioração do quadro, no lugar de uma retomada do crescimento que não engrena, vai é alimentar o discurso dos candidatos oposicionistas.
Henrique Meirelles foi, nos últimos dois anos, o fiador e a âncora da política econômica que, de fato, reduziu a inflação e os juros e acenou com o fim da recessão e a recuperação do crescimento. Se estivesse no Ministério da Fazenda, ou se para lá voltasse, poderia, quem sabe, acalmar os mercados nervosos usando sua interlocução junto aos setores financeiros.
Não é esse o caso, porém. O Meirelles candidato pode até tentar jogar o discurso do medo  de que só ele, com sua política de estabilidade fiscal, poderá evitar o pior. Mas eleição não se ganha assim, sobretudo quando aquele que se apresenta como salvador da pátria passou dois anos no governo e não deu um jeito na situação. A narrativa de quem pede mais uma chance para resolver os problemas não resolvidos está muito distante daquela que dá base à maioria das reeleições sob o argumento da continuidade.
Continuar o quê? O desemprego? A inflação e os juros menores não foram capazes de inocular no eleitor a sensação de bem estar necessária para que, na urna, ele escolha os candidatos ligados ao governo. Por enquanto, é isso que está valendo.
Um dos ativos de Meirelles, hoje com 1% nas pesquisas, é sua baixa rejeição, sobretudo por ser bastante desconhecido do eleitor. Mas será que, na medida em que for se tornando conhecido, conseguirá separar sua imagem da do recordista de impopularidade Michel Temer, cujo governo serviu por dois anos? Difícil.
É por isso que a explicação mais razoável para a decisão da cúpula emedebista de lançar Meirelles como pré-candidato só pode ser mesmo aquela: dindim. O abastado ex-ministro, que fez fortuna como executivo do sistema financeiro, prometeu bancar do próprio bolso sua campanha, permitindo que o MDB use os recursos do fundo eleitoral para financiar os demais candidatos a goverrnador e ao Legislativo. Os emedebistas têm milhões de motivos.

Aqui o presidente está nu, mas é nossa realeza que paga mico


O mundo parou – não é bem assim, mas calou boa parte dele – para ver outra tentativa de uma das últimas realezas idolatradas do planeta exercitar sua sobrevida. O príncipe Harry e a atriz norte-americana Meghan Markle casaram-se neste sábado, 19, na Capela de São Jorge, no castelo de Windsor. Meghan é a mais nova plebeia a se tornar membro da realeza britânica. Primeira negra num altar de casamento real – informação que nem mesmo historiadores são capazes de confirmar com exatidão – o casamento teve um simbolismo em um mundo cada vez mais racista, xenófobo, misógino, fascista, preconceituoso.
Michael Curry, primeiro negro a presidir a Igreja Episcopal dos Estados Unidos, protagonizou o momento mais comentado da cerimônia. Ele citou o famoso discurso de Martin Luther King Jr. sobre o “poder redentor do amor” enquanto abençoava o casamento. O coro gospel The Kingdom Choir, formado por cantores negros, emocionou o público com uma versão de Stand by Me, de Ben E. King. Caçado por papparazi desde que nasceu, como foi sua mãe Diana até a morte, Harry parece ter dado a volta por cima em grade estilo, não só por fisgar a linda Meghan, mas por criar uma imagem que talvez suplante seu passado beberrão e irresponsável.
Ainda é uma das imagens mais visualizadas de Harry aquela em que ele, numa dessas bobagens juvenis, decidiu usar um uniforme nazista, com uma suástica presa à manga da camisa, em uma festa à fantasia. Tinha 20 anos e divulgou um comunicado desculpando-se pela escolha da roupa. O tabloide sensacionalista ‘The Sun’ publicou a imagem do príncipe com a manchete, ‘Harry, o nazista’. A família real britânica é literalmente caçada pelos paparazzi.
Dom Bertrand
A realeza no Brasil acabou faz tempo, embora seus descendentes ainda sejam observados – e eventualmente ouvidos. Eles têm aparência européia, falam inglês e francês. Duzentos anos após dom João VI aportar no Brasil, seus hexanetos levam vidas confortáveis, a maioria na zona sul do Rio de Janeiro, onde à noite circulam por bares e boates da moda e namoram. À exceção do grupo que controla a Companhia Imobiliária de Petrópolis, os Orleans e Bragança, que recebe 2,5% sobre transações imobiliárias no centro da cidade. São patriotas, muito religiosos e conservadores.
Dom Bertrand Maria José de Orleans e Bragança, príncipe imperial do Brasil e segundo na linha de sucessão ao extinto trono brasileiro, resolveu dar um pitaco na união de Harry e Meghan Markle. “Se o príncipe Harry estivesse se casando com uma princesa, ou uma mulher de família nobre, e não com uma divorciada, a satisfação dos britânicos seria muito maior e no mundo inteiro a repercussão também seria muito maior”, diz ele, que não foi convidado para o casamento, em entrevista por telefone à BBC Brasil. Foi mais longe. “Sou católico e como católico não posso ver com bons olhos o casamento de uma divorciada. Isso é contra os princípios católicos. Nunca poderia aprovar este casamento, sob pena de não ser corente com a minha fé”, acrescentou. O Papa Francisco já disse, entre outras coisas, que os divorciados que voltam a se casar “podem viver e evoluir como membros ativos da Igreja”. Deve ter esquecido de enviar memorando à realeza brasileira.
Dom Bertrand, principal agitador de encontros pela restauração monárquica, acha que a República “fracassou” e defende a volta das cabeças coroadas. Ouvindo suas palavras, tenho medo de um império desses. Darth Vader perde.
copiado https://osdivergentes.com.br

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