Haitianos e venezuelanos, principal força de trabalho migrante no Brasil. EUA agradecem à Arábia Saudita por queda de preços do petróleo

Haitianos e venezuelanos, principal força de trabalho migrante no Brasil

AFP / THONY BELIZAIRE(2012) Haitianos fazem fila na embaixada do Brasil em Porto Príncipe para solicitar visto
Os haitianos são os imigrantes com maior inserção no mercado de trabalho formal brasileiro, seguidos dos venezuelanos, indica um relatório com dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.
Entre janeiro e junho deste ano, 11.769 haitianos foram contratados e 7.874 foram despedidos, o que dá um saldo de 3.895 haitianos empregados formalmente no Brasil, segundo os dados oficiais reunidos no Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra).
No mesmo período, 2.315 venezuelanos foram admitidos e 1.028 perderam seu emprego no Brasil, deixando um saldo positivo de 1.287 venezuelanos empregados no primeiro semestre de 2018.
Ambas as nacionalidades constituem fluxos recentes de imigração no Brasil. Os haitianos chegaram maciçamente desde 2010 após o terremoto que arrasou a ilha e os venezuelanos começaram a chegar em massa desde o ano passado, em meio à crise econômica e política em seu país.
"Nesse primeiro semestre são mais admissões. Sinaliza que o mercado de trabalho está apresentando uma tendência de recuperação na contratação de mão de obra imigrante no mercado formal" em 2017 e 2018 em relação aos dois anos anteriores, disse à AFP Leonardo Cavalcanti, coordenador científico do OBMigra.
Cavalcanti considerou que o aumento dessa demanda se deu principalmente no nível mais baixo da cadeia produtiva do agronegócio, para trabalhos em estabelecimentos como frigoríficos e matadouros.
Este setor se concentra em quatro estados do sul e do sudeste: São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
Técnicos do OBMigra disseram à AFP que não é possível estimar quantos imigrantes trabalham no Brasil no mercado informal.
O aumento do fluxo de venezuelanos para o Brasil pela fronteira terrestre com o estado de Roraima (norte) deixou os serviços públicos desse pequeno estado à beira do colapso e gerou tensões com a população local.
Nos últimos três anos, mais de 100.000 venezuelanos entraram no país, e somente Roraima totalizou 75.500 solicitações de regularização desde 2015.
Os imigrantes constituem menos de 1% da população brasileira, estimada atualmente em 209 milhões de habitantes, de acordo com o IBGE.
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EUA agradecem à Arábia Saudita por queda de preços do petróleo

AFP/Arquivos / MANDEL NGAN(2017) O príncipe herdeiro saudita recebe o presidente americano em Riad
O presidente americano, Donald Trump, agradeceu à Arábia Saudita nesta quarta-feira (21) pela queda dos preços do petróleo, um dia depois de reafirmar que Washington continuará sendo "um sócio firme" de Riad, apesar do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
"Os preços do petróleo estão baixando. Genial! É como um grande corte fiscal para os Estados Unidos e para o mundo. Aproveitem! 54 dólares, estava em 82 dólares antes", tuitou o presidente.
"Obrigado, Arábia Saudita, mas vamos baixar mais!", acrescentou.
Na terça-feira, o petróleo caiu mais de 6% em Nova York e em Londres, enfraquecido pelo generalizado temor dos mercados com uma possível sobreoferta mundial da commodity.
O barril de WTI para entrega em janeiro baixou 6,6% ao perder 3,77 dólares e ficar em 53,43, seu nível mais baixo desde abril de 2017.
As sanções aplicadas pelos Estados Unidos à produção petroleira do Irã foram atenuadas, e seu impacto no mercado foi menor.
Como Arábia Saudita, maior produtor mundial de cru, e Rússia haviam elevado sua produção em prevenção a essas sanções, o petróleo disponível atualmente é maior do que se esperava.
Trump parece priorizar a boa relação dos Estados Unidos com a Arábia Saudita, ainda que o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, possa estar vinculado ao brutal assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi.
Na terça, Trump não excluiu que o príncipe saudita tenha tido conhecimento da morte de Khashoggi - "talvez tivesse, talvez não!" -, mas disse que isso não ameaçará a relação estratégica com Riad. Os sauditas são grandes clientes de armas americanas e aliados de Washington na região, especialmente frente ao Irã.
"Talvez nunca saibamos todos os fatos relacionados com o assassinato do senhor Jamal Khashoggi. De qualquer modo, nossa relação é com o Reino da Arábia Saudita", do qual "os Estados Unidos têm a intenção de continuar sendo um sócio firme", frisou.
copiado https://www.afp.com/pt

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