Câmara terá terceiro deputado-presidiário em menos de dois anos. Entenda o caso: o que foi a Operação Sanguessuga

Nilton Capixaba
Condenado por corrupção passiva no caso da "Máfia das Sanguessugas", Nilton Capixaba é o terceiro deputado-presidiário desde 2017

Câmara terá terceiro deputado-presidiário em menos de dois anos

  
Condenado por corrupção passiva a 6 anos, 10 meses e 6 dias em regime semiaberto, o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), foi autorizado a trabalhar na Câmara dos Deputados durante o dia e voltar à noite para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes atendeu ao pedido da defesa do deputado para continuar trabalhando na Câmara durante o dia.
É o terceiro deputado preso e autorizado a trabalhar na Câmara desde 2017. O mesmo já aconteceu com Celso Jacob (MDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC).
Nilton Capixaba teve os últimos recursos de seu caso julgados pela Segunda Turma do STF na semana passada. O início da pena foi determinado por decisão unânime do colegiado na terça-feira passada (6). O deputado se entregou à Polícia Federal (PF) durante o fim de semana e está detido na Superintendência da PF em Brasília desde então. Ele deve ser transferido para a Papuda assim que a PF for notificada da decisão.
O deputado foi condenado por fazer parte da chamada “Máfia das Sanguessugas”, que fraudava licitações e desviava recursos de emendas parlamentares que deveriam ser destinados à compra de ambulâncias para beneficiar a empresa Planam. O caso foi descoberto em 2006 e Capixaba virou réu cinco anos depois, em 2011. Na época em que o esquema foi descoberto, a PF estimou que a Máfia das Sanguessugas movimentou aproximadamente R$ 110 milhões.
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