Um quinto das empresas estatais venezuelanas está inoperante, segundo ONG. Pence diz que EUA manterá tarifas até que China 'mude seus modos'.


Um quinto das empresas estatais venezuelanas está inoperante, segundo ONG

Venezuelan Presidency/AFP/Arquivos / Francisco BatistaDe 576 companhias nas quais o Estado venezuelano é proprietário ou possui a maioria das ações, apenas 467 estão operando, o que indica que quase 20% pararam de funcionar
Um quinto das empresas estatais venezuelanas está inoperante por um mau gerenciamento, enquanto dezenas enfrentam denúncias de corrupção, de acordo com um estudo da ONG Transparência Venezuela divulgado nesta sexta-feira (16).
Das 576 companhias que o Estado é proprietário ou possui a maioria acionária, "somente 467 estão operando", assinala o relatório, o que indica que quase 20% pararam de funcionar.
A organização identificou como causas "a falta de manutenção, a destruição de equipamentos gerenciais, a preponderância da ideologia e a lealdade ao modelo político, o aumento do gasto corrente" e a ausência de controles.
Segundo a Transparência, 441 empresas estatais, uma grande maioria, foram criadas ou adquiridas durante os governos socialistas do falecido Hugo Chávez (1999-2013) e de Nicolás Maduro, "por via de expropriações, confiscos, nacionalizações e re-estatizações".
A pesquisa se aprofundou em 160 empresas em setores-chave, como agroalimentos, hidrocarbonetos, mineração e metalurgia, e serviços públicos.
Desse conglomerado, "74,4% têm denúncias públicas de corrupção ou de práticas ilícitas", o que evidencia o predomínio a predominância de um "modelo cleptocrático", destacou o documento.
O outrora rico país petroleiro enfrenta uma grave crise caracterizada pela escassez de alimentos e remédios, cinco anos de recessão e uma inflação que, de acordo com o FMI, chegará a 1.350.000% em 2018 e a 10.000.000% em 2019.
O colapso foi acentuado com a queda da produção de petróleo, que fornece 96% da renda deste país dependente das importações.
O bombeamento passou de 3,2 milhões de barris por dia para 1,7 milhão de barris em outubro, segundo dados oficiais e da Opep.
A petroleira Pdvsa, que, segundo a ONG, tem 100 empresas ligadas a ela, é chefiada pelo general Manuel Quevedo. Outras 75 corporações têm um militar como autoridade máxima, de acordo com a investigação.
A Transparência observou que a perda de competitividade das empresas públicas ocorreu apesar do fato de que entre 2003 e 2015 "receberam mais de 500 bilhões" de dólares "sem contar os recursos alocados via fundos fiscais".



Pence diz que EUA manterá tarifas até que China 'mude seus modos'

AFP / PETER PARKSO vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, advertiu que as sanções impostas à China serão mantidas até que Pequim mude suas práticas comerciais, em discurso para empresários à margem da cúpula do Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, advertiu neste sábado que as sanções impostas à China serão mantidas até que Pequim mude suas práticas comerciais, em discurso para empresários à margem da cúpula do Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
"Impusemos tarifas totalizando 250 bilhões de dólares sobre bens chineses e este valor poderá dobrar e até mais", disse Pence em Port Moresby. "Os Estados Unidos não mudarão de direção até que a China mude suas maneiras".
Pence criticou ainda a "opaca" diplomacia do talão de cheque da China, e propôs às Nações do Pacífico que se aproximem dos Estados Unidos, que não oferecem "uma via de apenas uma mão", uma referência às "Rotas da Seda", o ambicioso programa chinês de investimentos euro-asiáticos em infraestruturas.
Pence fez o discurso combativo logo após o presidente chinês, Xi Jinping, declarar que as práticas protecionistas estão condenadas ao fracasso, também em Port Moresby, capital de Papua-Nova Guiné.
"As tentativas de levantar barreiras e quebrar os vínculos comerciais vão contra as leis da economia e da tendência da história. É um enfoque simplista que está condenado ao fracasso", disse Xi a líderes empresariais à margem da cúpula.
"Devemos dizer não ao protecionismo e ao unilateralismo", declarou Xi, em uma crítica direta às políticas do "América Primeiro" adotada pela administração de Donald Trump.
Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta e ambos membros da APEC, estão mergulhados em uma guerra comercial que poderá ser catastrófica para a economia mundial.
Os dois países adotaram tarifas sobre as importações de bens totalizando bilhões de dólares e há poucos sinais de que pretendam reduzir a tensão, já que as duas partes ameaçam com novas sanções.
Segundo Xi, o mundo deveria "defender o sistema comercial multilateral, centrado na OMC, e tornar a globalização econômica mais aberta, inclusiva, equilibrada e positiva para todos".
"A história demonstra que ninguém sai ganhando do confronto, seja na forma de uma guerra fria, guerra quente ou comercial. Nós acreditamos que não há questões que os países não possam resolver através de consultas", desde que as negociações ocorram em um ambiente de "igualdade" e "compreensão mútua".

copiado https://www.afp.com/pt




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