Agora vale mexer no preço do diesel para segurar inflação? ‘Otimismo’ de Guedes e Moro é sinal de que há problemas.

Agora vale mexer no preço do diesel para segurar inflação?

Horas depois de ter anunciado um reajuste – cavalar, por sinal, de 5,7% – nos preço do óleo diesel, uma ordem do Palácio do Planalto fez a Petrobras “desanunciá-lo”, dizendo que vai manter os valores “por mais uns dias”.
Vamos ver qual será a reação do “mercado” e de seus porta-vozes  jornalisticos diante daquilo que, em 2014, no governo Dilma, chamavam de “populismo” com a política de preços da Petrobras.
Afinal, as razões eram as mesmas: a ameaça de que os combustíveis ajudassem a agravar a ameaça inflacionária que, embora de forma mais discreta – o país está estagnado, afinal – ensaia instalar-se, segundo os últimos índices de aumentos de preços.
Aumento no diesel tem impacto direto na inflação relativamente pequeno, mas com o frete representando em média perto de 5% do custo dos produtos,tende a “contaminar” os preços em geral.
Pior, teria o potencial de catalizar o descontentamento entre os caminhoneiros, tranformados em “donos” das estradas por anos a fio em níveis de extrema visibilidade pública.
É possível que um ou outro colunista reclame contra o “intervencionismo” estatal nos preços dos combustíveis. É o papel de um empresa estatal, que eles só sabem maldizer.
Mas a pressão, apesar do recuo, continua lá: o dólar segue alto e o petróleo, no mercado internacional, dependendo do tipo, sobe de 1 a 1,5%. hoje.
Se o parâmetro, como reafirmou a Petrobras, for a “paridade internacional”, o adiamento por alguns dias do reajuste é apenas o adiamento da encrenca.

‘Otimismo’ de Guedes e Moro é sinal de que há problemas


A “mosca azul” parece que pousou na cabeça depois do seu encontro com as subcelebridades que foram dar apoio a ele e a Sérgio Moro. Ou que Rodrigo Maia o seduziu com os elogios de que era um “grande articulador político”.
Disse, nos Estados Unidos que “a reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro tem apoio popular“. ainda, é claro, que as pesquisas mostrem o contrário, especialmente quando se detalha o que ela contém.
O vírus do “olavismo” se espalha rapidamente, como se vê.
Daqui a pouco arrranjam um grito de gozação nas manifestações contrárias e ele vai reclamar do “tchuchuca”.
Moro diz o mesmo de seu pacote, alegando que o Datasenado diz o contrário do Datafolha. O “pequeno detalhe” de que as perguntas são outras, diferente, passa batido.
As ofensivas dos dois ministros “prestigiados” – Moro e Guedes – é pura espuma sobre as dificuldades de articulação na Câmara, onde a maioria obtida para deter as ações da oposição que visavam adiar a leitura do relatório não é garantia de que se vá repetir para votar segunda ou terça a sua aprovação.
Tanto que o líder do PSL, Major Vitor Hugo, que tem certo apreço pelos “sincericídios” disse que já conta com a votalção em plenário somente no segundo semestre.

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