André Spigariol, especial para o Congresso em Foco*
Com 257 parlamentares, bancada ruralista declara apoio à reforma da Previdência
Reunião do setor rural definiu apoio da maior bancada do Congresso à pauta
Em reunião com o presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA) e 27 presidentes de federações estaduais de agricultura, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), declarou a posição final da bancada ruralista – a maior do Congresso – a favor da reforma da Previdência.
“Nós da FPA, junto com a CNA, temos a absoluta convicção que a reforma da previdência vai nos dar fôlego fiscal para fazer investimentos em áreas importantíssimas do país, inclusive para começar a mobilizar a roda de geração de emprego para a população. Vamos fazer o melhor possível, mas vamos aprovar a reforma da previdência”, afirmou o deputado do MDB gaúcho.
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Na perspectiva dos ruralistas, porém, o pacote proposto pelo governo Bolsonaro não deverá ser integralmente aprovado e o oficialismo terá que fazer concessões.
Para o deputado Zé Silva (SD-MG), a flexibilização do texto no setor rural da reforma no Congresso parece inevitável. “Pelo o que estamos ouvindo dos interlocutores do governo, se não houver a mudança em relação à aposentadoria rural, mesmo que a Frente e seus membros apoiem e façam a reforma, não terá perspectiva de aprovar de forma nenhuma porque o projeto prejudica muito o trabalhador rural. Então, vejo que cada dia que passa o governo abre mão em relação ao BPC e a aposentadoria rural”, afirma o parlamentar.
Na atual legislatura, a Frente Parlamentar da Agropecuária passou a contar 257 signatários (no ano passado eram 240). PP e PSD são as siglas com mais membros filiados à frente, com 29 e 27, respectivamente. Em seguida, MDB e PSL são os mais numerosos, com 25 parlamentares cada um. São seguidos por DEM (22), PR (18), PSDB (16) e PRB (12), PDT (11) e PSB (11).
Os 225 deputados filiados à frente representarão 44% da Câmara, que conta com 513 parlamentares. No Senado, os ruralistas detêm 32 das 81 cadeiras disponíveis (39,5%). Faz parte do grupo, também, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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