GOVERNO BOLSONARO Mourão diz que moeda única é embrionária, mas que seria um 'baita' avanço Na Argentina, Bolsonaro e Paulo Guedes falaram sobre um plano ainda incipiente de criar 'peso real'

Mourão diz que moeda única é embrionária, mas que seria um 'baita' avanço

Na Argentina, Bolsonaro e Paulo Guedes falaram sobre um plano ainda incipiente de criar 'peso real'



7.jun.2019 às 14h42

Daniel Carvalho

BRASÍLIA
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta sexta-feira (7) que oplano de se criar o "peso real", moeda única para Brasil e Argentina, é algo ainda embrionário, mas que representaria um "baita avanço".
Em encontro com empresários na quinta-feira (6), em Buenos Aires, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro Paulo Guedes (Economia) falaram sobre a ideia. O tema já teria sido discutido com o ministro da Economia de Mauricio Macri e idealizador do plano, Nicolás Dujovne.
General Hamilton Mourão
General Hamilton Mourão diz que moeda única seria um avanço - Carlos Lima/Divulgação
Mourão disse que não estava na reunião em que o assunto foi discutido e que Guedes "é quem entende mais disso aí".
"É óbvio que, se houver possibilidade de ser factível isso, é um baita de um avanço, né? Você vê: a União Europeia tem sua moeda única, que é o euro. Se nós chegarmos aqui, na América do Sul, a um passo desse, acho que seria bom pra todo mundo", disse Mourão.
Desde que o Mercosul foi criado, os países do bloco aventam a possibilidade de criar uma moeda comum, mas nenhuma iniciativa nesse sentido foi concretizada devido às diferenças de políticas cambiais dos membros.
Neste momento, porém, os únicos que estariam negociando a nova moeda seriam Brasil e Argentina, deixando de fora, por enquanto, Uruguai e Paraguai.
Mais cedo nesta sexta, no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que a criação da moeda única pode ser uma trava a “aventuras socialistas” no continente
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a proposta em uma rede social. "Será? Vai desvalorizar o real? O dólar valendo R$ 6? Inflação voltando? Espero que não." 
Indagado sobre a crítica de Maia, Mourão disse ser para descartar a ideia.
"Isso é uma coisa embrionária, né? Quais são os fundamentos? Eu acho leviano, por exemplo, de minha parte dizer 'isso não serve, isso não presta'. Eu não sei quais são os fundamentos", afirmou o vice-presidente.

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