Caracas
'Bairro chavista' protesta pela primeira vez |
- Governo vai instalar "conferências de paz" em todos os Estados
- Autarca lusodescendente instou partidos a assumirem responsabilidades
por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
Pela primeira vez em 15 anos de revolução bolivariana, dezenas de
habitantes do populoso bairro de Cátia, zona oeste de Caracas, saíram à
rua para protestar contra a crise económica, a repressão policial e a
escassez de produtos e medicamentos.
No
bairro, tido como um bastião do chavismo e onde abundam muitos
"ranchos" (casas de blocos sem pintar) aglomerados com fotos e cartazes
do falecido Presidente Hugo Chávez, os populares pintaram grafites com a
mensagem "SOS Venezuela, liberdade".
No sábado, dezenas habitantes optaram por manifestar o seu descontentamento bloqueando durante mais de duas horas uma rua do bairro ('Calle Panamericana'), exibindo cartazes com mensagens que diziam ter "chegado a hora", que "Cátia não é o leste (zona de ricos)", ou "não somos burgueses nem fascistas", entre outros.
"Cansámo-nos da falta de alimentos, de medicamentos, de papel higiénico e de qualquer tipo de peças de reposição para viaturas, máquinas de costura e eletrodomésticos. Há três dias, em menos de meia hora houve três assaltos na 'Calle Ecuador'", explicou a moradora Sandra Serrano aos jornalistas.
A 'catiense' frisou ainda que a alta insegurança tornava a vida dos cidadãos impossível noutras ruas da localidade como a 'Calle Colombia'.
Outro habitante do bairro, Héctor Vizcaya, disse que a comunidade de
No sábado, dezenas habitantes optaram por manifestar o seu descontentamento bloqueando durante mais de duas horas uma rua do bairro ('Calle Panamericana'), exibindo cartazes com mensagens que diziam ter "chegado a hora", que "Cátia não é o leste (zona de ricos)", ou "não somos burgueses nem fascistas", entre outros.
"Cansámo-nos da falta de alimentos, de medicamentos, de papel higiénico e de qualquer tipo de peças de reposição para viaturas, máquinas de costura e eletrodomésticos. Há três dias, em menos de meia hora houve três assaltos na 'Calle Ecuador'", explicou a moradora Sandra Serrano aos jornalistas.
A 'catiense' frisou ainda que a alta insegurança tornava a vida dos cidadãos impossível noutras ruas da localidade como a 'Calle Colombia'.
Outro habitante do bairro, Héctor Vizcaya, disse que a comunidade de
Cátia
"não está contente com a situação do país, com as filas para comprar
alimentos, nem com a morte de jovens por balas da Guarda Nacional e dos
coletivos (grupos de cidadãos afetos à revolução bolivariana que a
oposição diz estarem armados)".
"Vivemos numa comunidade cheia de grupos armados", disse.
Há 18 dias que se registam protestos em várias localidades da Venezuela, entre manifestações pacíficas e atos de violência que provocaram pelo menos 18 mortos, 261 feridos e mais de um milhar de detidos.
Os protestos começaram a 12 de fevereiro, com uma marcha pacífica de estudantes contra a insegurança, mas intensificaram-se nesse mesmo dia, quando confrontos entre manifestantes, forças de ordens e alegados grupos armados, provocaram a morte de três pessoas.
As manifestações persistem apesar de os venezuelanos terem por tradição viajar até localidades do interior do país para celebrar o carnaval.
Copiado http://www.dn.pt
"Vivemos numa comunidade cheia de grupos armados", disse.
Há 18 dias que se registam protestos em várias localidades da Venezuela, entre manifestações pacíficas e atos de violência que provocaram pelo menos 18 mortos, 261 feridos e mais de um milhar de detidos.
Os protestos começaram a 12 de fevereiro, com uma marcha pacífica de estudantes contra a insegurança, mas intensificaram-se nesse mesmo dia, quando confrontos entre manifestantes, forças de ordens e alegados grupos armados, provocaram a morte de três pessoas.
As manifestações persistem apesar de os venezuelanos terem por tradição viajar até localidades do interior do país para celebrar o carnaval.
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