Las Vegas Sands Campanha anticorrupção da China é "caça às bruxas"

16:18 - 04 de Fevereiro de 2015
Campanha anticorrupção da China é caça às bruxas

Las Vegas Sands Campanha anticorrupção da China é "caça às bruxas"

O presidente da Las Vegas Sands, Sheldon Adelson, comparou hoje, em Macau, a campanha anticorrupção da China a uma "caça às bruxas" e afirmou que o declínio das receitas de jogo no território é um fenómeno "cíclico".
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Campanha anticorrupção da China é caça às bruxas
Lusa
"Os grandes apostadores dizem que vão manter-se discretos e não vão dar nas vistas (...) até que a caça às bruxas, ou lá como chamam à campanha contra a corrupção, alivie", disse Sheldon Adelson, citado pelos media locais, como o portal especializado em jogo GGRAsia, Rádio Macau e Teledifusão de Macau (TDM).
"Muitas dessas pessoas [do segmento de massas 'premium'] também se mantêm discretas, porque não querem que o governo as veja a gastar o que consideram muito dinheiro", frisou o magnata, indicando que um jogador integrado na mencionada categoria "pode apostar entre 5.000 e 100.000 dólares". Sheldon Adelson fez as declarações numa conferência destinada a estudantes do Instituto de Formação Turística.
"As pessoas culpam o combate anti-corrupção na China (...) [pela diminuição das receitas]. Eu digo que eles [jogadores VIP] optaram por se manter abaixo do nível de radar de visibilidade, porque ninguém - independentemente de serem legítimos homens de negócios que fazem milhares de milhões ou muitos milhões de dólares - quer vir [a Macau] e ostentar", disse Adelson.
A subsidiária Sands China, que opera em Macau os dois maiores casinos do mundo, anunciou lucros líquidos de 2.550 milhões de dólares (2.263,3 milhões de euros) em 2014, uma subida de 15% face ao ano anterior.
Apesar do resultado positivo no cômputo de 2014, o último trimestre do ano passado traduziu-se numa queda de 18% dos lucros líquidos para 535,3 milhões de dólares (475 milhões de euros), com a receita líquida a descer 16% para os 2.120 milhões de dólares (1.881,1 milhões de euros).
"Tudo na vida é cíclico. A noite segue-se ao dia, o dia segue-se à noite, a recessão segue-se à expansão, a expansão à recessão. Isto [diminuição das receitas] também vai passar, e também vai ser cíclico", defendeu o magnata norte-americano.
Os casinos de Macau encerraram 2014 com receitas brutas de 351.521 milhões de patacas (35.150 milhões de euros), uma queda de 2,6% face a 2013, potenciada por quedas homólogas sucessivas desde junho.
Muitos analistas atribuem, pelo menos parcialmente, o declínio das receitas à campanha anticorrupção em curso na China.
"Campanha anticorrupção afeta cidade do jogo", afirmou o China Daily num artigo sobre a "contração económica" na Região Administrativa Especial chinesa publicado no início do mês de dezembro.
"A campanha do Governo central a favor da frugalidade dissuadiu muitos dos grandes jogadores ("high rollers")", referiu o jornal oficial chinês, citando um relatório do Gabinete de Ligação de Pequim em Macau.
   copiado  http://www.noticiasaominuto.com/

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