Justiça turca abre investigação contra líder de partido pró-curdos
AFP / ADEM ALTAN
O líder pró-curdos Selahattin Demirtas
As acusações contra Demirtas remontam a outubro de 2014, mas a abertura do presente inquérito ocorrem em plena ofensiva do poder islâmico-conservador contra os rebeldes curdos. Se for julgado, Demirtas poderá pegar até 24 anos de prisão, de acordo com a Anatolia.
Demirtas lidera o Partido Democrático do Povo (HDP), considerado um dos grandes vencedores das eleições legislativas de 7 de junho, com 13% dos votos e 80 eleitos, e que impediu, em parte, o partido do governo islâmico-conservador a conservar a maioria absoluta no Parlamento.
Desde então, Demirtas é o alvo favorito do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que o acusa de apoiar o "terrorismo".
De acordo com a agência Anatolia, a promotoria de Diyarbakir (sudeste) lançou um processo contra o líder do HDP por seu suposto papel na violência que ocorreu em outubro de 2014.
Manifestações, às quais o HDP mobilizou seus partidários, foram realizadas em todo o país para protestar contra a falta de apoio do poder turco aos curdos da Síria, ameaçados pelos combatentes do grupo Estado Islâmico (EI).
Pelo menos 35 pessoas, incluindo dois policiais, foram mortos nos protestos.
Em uma entrevista nesta quinta-feira à AFP, o Demirtas acusou Erdogan de seguir com uma política de "exibição", afirmando lutar contra o EI, para agradar ao Ocidente.
Ele também insistiu que "o HDP não é o braço político do PKK", o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que tem multiplicado suas operações de guerrilha contra as forças de segurança.
De acordo com o HDP, poder tenta desestabilizar o país para criar um reflexo legitimista em caso de possíveis eleições antecipadas.
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