Parlamento grego aprova segundo pacote de medidas acordado com zona euro Recusar alívio da dívida grega por causa das eleições? "É confusão" de Juncker, diz Passos. E Cavaco sai em defesa do governo

Parlamento grego aprova segundo pacote de medidas acordado com zona euro

Parlamento grego aprova segundo pacote de medidas acordado com zona euro


Primeiro-ministro grego discursou no parlamento antes da votação do segundo conjunto de reformas, essencial para a negociação de um terceiro resgate financeiro.
  • Recusar alívio da dívida grega por causa das eleições? "É confusão" de Juncker, diz Passos. E Cavaco sai em defesa do governo

    Parlamento grego aprova segundo pacote de medidas acordado com zona euro

    por DN.pt e Lusa  
    Parlamento grego aprova segundo pacote de medidas acordado com zona euro
    Fotografia © EPA/YANNIS KOLESIDIS
    Primeiro-ministro grego discursou no parlamento antes da votação do segundo conjunto de reformas, essencial para a negociação de um terceiro resgate financeiro.
    O Parlamento grego aprovou esta noite, com ampla maioria e apesar das dissidências no Syriza, o segundo pacote de medidas acordado com os parceiros da zona euro.
    A proposta de lei, que inclui uma reforma do Código Civil, um esquema de proteção dos depósitos bancários e medidas para reforçar a liquidez dos bancos, foi apoiada por mais de 200 deputados - uma clara maioria - na votação no parlamento composto por 300 lugares.
    A aprovação das medidas era um requisito prévio para iniciar as negociações sobre o terceiro resgate.
    Tsipras promete encontrar "alianças na Europa" para melhorar acordo
    O Parlamento grego discutiu madrugada dentro o conjunto de reformas exigidas pelos credores. Uma sessão tensa, marcada logo no início pela possibilidade de impugnação do mandato da presidente deste órgão, Zoe Konstantopoulou, que voltou hoje a manifestar-se contra as medidas. O chefe de Governo, Alexis Tsipras, tomou a palavra para prometer melhorias no acordo.

    "A partir de amanhã [hoje] haverá que negociar de novo as condições do acordo. Temos de utilizar cada aliança na Europa para melhorar o acordo final", afirmou Tsipras, citado pela agência EFE.
    O chefe do Executivo grego voltou a afirmar que não acredita na fórmula constante do compromisso conseguido, mas fez questão de dizer que ninguém pode "afirmar que a autoria do programa pertence ao governo grego".
    Horas antes, os deputados debateram a possibilidade de "impeachment" a Zoe Konstantopoulou, a presidente do Parlamento, que considerou as medidas em cima da mesa uma "intervenção no funcionamento da justiça" que afeta a separação de poderes do Estado.
    Zoe Konstantopoulou
    Zoe Konstantopoulou Fotografia © EPA/ORESTIS PANAGIOTOU
    Não houve qualquer decisão relativamente à possibilidade de impugnação, mas Konstantopoulou acabou por deixar de liderar os trabalhos, tendo passado estas funções para Alexis Mitropoulos, deputado do Syriza e vice-presidente do parlamento. Algo que já fizera na votação da passada quarta-feira.
    Carta ao Presidente da República

    A presidente do parlamento grego, Zoe Konstantopoulou, considerou que o projeto-lei submetido a votação supõe uma "intervenção no funcionamento da justiça" e afeta a separação de poderes do Estado.
    Numa carta dirigida ao Presidente da República, Prokopis Pavlopoulos, e ao primeiro-ministro Alexis Tsipras, Konstantopoulou adverte que a nova lei, elaborada na sequência do acordo entre o governo e a zona euro de 13 de julho, "elimina o funcionamento do Estado de direito, no qual existe a distinção entre os poderes, segundo estipula a Constituição e o respeito do princípio de um julgamento justo".
    A presidente do hemiciclo referiu-se ao procurador, envolvido na reforma do Código civil, incluindo a eliminação dos testemunhos nos juízos civis, como um dos pontos que suscitou mais controvérsia e que mereceu a rejeição das associações de advogados e juristas.
    Zoe Konstantopoulou também criticou que o projeto-lei tenha sido introduzido "sem nenhuma possibilidade de emendas", numa alusão às declarações do ministro da Justiça, Nikos Paraskevopoulos. O ministro assegurou durante o debate que, apesar de compartilhar o conteúdo das emendas, não as pode aceitar para evitar que o conteúdo da lei se desvie do que foi acordado com os credores.
    Konstantopoulou assinalou que semelhante procedimento "não garante o respeito pela Constituição, o fortalecimento da democracia, o exercício do poder legislativo do parlamento e o voto dos deputados segundo a sua consciência".

    Este segundo pacote de medidas acordado com a zona euro como requisito para o início das negociações sobre o terceiro resgate financeiro à Grécia inclui, para além da reforma do Código civil, a adoção da diretiva europeia sobre saneamento dos bancos.
    A dirigente do Syriza, o partido da esquerda radical no poder, votou contra o primeiro pacote de medidas debatido há uma semana, e definiu este projeto-lei como um "violento ataque à República que não pode ser praticado pela União Europeia".
    copiado  http://www.dn.pt/inicio/globo/

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