Sobreposição de crises "prejudica partido do Governo" brasileiro
O prefeito de São Paulo (Presidente da Cámara), Fernando Haddad, afirmou hoje que o Brasil vive uma sobreposição de crises que prejudica o Partido dos Trabalhadores (PT, de centro-esquerda), que governa o país.
Lusa
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Prefeito
Há 35 mins
POR Lusa
"A situação é confusa. Quando há sobreposição de crises, há a
dificuldade de discernir e de superar cada uma delas", afirmou Haddad,
que é filiado ao PT, em conversa com correspondentes estrangeiros.
Haddad realçou que o país vive uma crise económica com a queda no
crescimento, uma crise política com dificuldades de coordenação
coligação de Governo, e uma crise associada ao combate à corrupção na
Petrobras, que afecta figuras proeminentes da República.
O autarca da maior cidade brasileira, responsável por 12 por cento do Produto Interno Bruto do país, afirmou que o Partido dos Trabalhadores deve formar comités de crise que respondam a cada uma das questões de maneira eficaz.
A Operação Lava Jato, que investiga crimes na petrolífera Petrobras, apontou como suspeitos não só funcionários e executivos da empresa, mas também empreiteiros e políticos de pelo menos três partidos, incluindo o PT, acusados de pedirem subornos como forma de financiar campanhas eleitorais.
"O fato de estar no Governo a tanto tempo torna natural a associação [das acusações] com quem está no poder, mesmo com outros partidos envolvidos, é difícil dissociar porque são fatos ocorridos na principal estatal brasileira", afirmou Haddad.
O prefeito de São Paulo afirmou, entretanto, que a visibilidade que se dá a esse escândalo de corrupção está a ser maior do que a que foi dada a suspeitas de desvios éticos de outros Governos. "Não deveríamos esperar discutir menos a corrupção quando ela afecta a imagem do partido, mas sim discuti-la em todos os casos. Discuti-la mais", disse.
Sobre as suspeitas de tráfico de influências contra o Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad realçou que conviveu com o ex-presidente por anos, quando era ministro da Educação de seu Governo, e que nunca foi procurado para favorecer pessoas que fossem do agrado dele.
O prefeito de São Paulo acrescentou que, apesar de a imagem do PT estar a ser afectada pelas crises, o partido irá sobreviver porque tem raízes fortes na base de eleitores que o construiu. "O PT não é um produto de seus dirigentes, mas da acção de milhares de pessoas, que irão preservá-lo. O que pode acontecer é perder alguma importância, mas recuperá-la depois", disse.
Haddad foi responsável por criar na cidade a Controladoria Geral do Município, que investiga suspeitas de corrupção na administração pública.
copiado http://www.noticiasaominuto.com/m
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O autarca da maior cidade brasileira, responsável por 12 por cento do Produto Interno Bruto do país, afirmou que o Partido dos Trabalhadores deve formar comités de crise que respondam a cada uma das questões de maneira eficaz.
A Operação Lava Jato, que investiga crimes na petrolífera Petrobras, apontou como suspeitos não só funcionários e executivos da empresa, mas também empreiteiros e políticos de pelo menos três partidos, incluindo o PT, acusados de pedirem subornos como forma de financiar campanhas eleitorais.
"O fato de estar no Governo a tanto tempo torna natural a associação [das acusações] com quem está no poder, mesmo com outros partidos envolvidos, é difícil dissociar porque são fatos ocorridos na principal estatal brasileira", afirmou Haddad.
O prefeito de São Paulo afirmou, entretanto, que a visibilidade que se dá a esse escândalo de corrupção está a ser maior do que a que foi dada a suspeitas de desvios éticos de outros Governos. "Não deveríamos esperar discutir menos a corrupção quando ela afecta a imagem do partido, mas sim discuti-la em todos os casos. Discuti-la mais", disse.
Sobre as suspeitas de tráfico de influências contra o Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad realçou que conviveu com o ex-presidente por anos, quando era ministro da Educação de seu Governo, e que nunca foi procurado para favorecer pessoas que fossem do agrado dele.
O prefeito de São Paulo acrescentou que, apesar de a imagem do PT estar a ser afectada pelas crises, o partido irá sobreviver porque tem raízes fortes na base de eleitores que o construiu. "O PT não é um produto de seus dirigentes, mas da acção de milhares de pessoas, que irão preservá-lo. O que pode acontecer é perder alguma importância, mas recuperá-la depois", disse.
Haddad foi responsável por criar na cidade a Controladoria Geral do Município, que investiga suspeitas de corrupção na administração pública.
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