Manifestantes fazem atos em 25 estados e no DF contra o impeachment

 

Manifestantes fazem atos em 25 estados e no DF contra o impeachment

Protestos a favor do governo Dilma têm participação de centrais sindicais, entidades estudantis e movimentos sociais 54 Manifestantes fazem protesto pró-Dilma em Brasília
Manifestantes fazem atos contra o impeachment pelo Brasil
Vinte e cinco estados e o DF foram palco de manifestações a favor do governo de Dilma


por O Globo
31/03/2016 16:34 / Atualizado 31/03/2016 21:38
Manifestação em Brasília a favor do governo da Presidente Dilma Rousseff - André Coelho / Agência O Globo



RIO - Além de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, outros 23 estados registram nesta quinta-feira manifestações a favor da democracia e do governo da presidente Dilma Rousseff. Manifestantes foram às ruas de cidades em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Também foi registrado um ato em Portugal, onde cerca de 50 pessoas protestaram contra o impeachment em frente à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
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No Rio de Janeiro, cerca de 50 mil manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma estão reunidos no Largo da Carioca, no Centro, segundo os organizadores. O alvo principal deles é o PMDB. Os manifestantes cantaram para o vice-presidente Michel Temer “Vou Festejar”, de Beth Carvalho: “Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. E arremataram: “Já vai tarde”. Também foi feita uma paródia de "Whisky a go-go", do Roupa Nova. “Em 2018 Lula vai vencer; Aécio vai chorar mais uma vez; a luta aqui, é pobre contra burguês”. "Renuncia Temer" é um dos gritos de guerra. Um cartaz diz: PMDB: Partido Mais Desmoralizado do Brasil". O compositor Chico Buarque participou do ato.

Em São Paulo, milhares de representantes de dezenas de entidades e movimentos sociais realizam na Praça da Sé mais um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo a Polícia Militar, ainda não há estimativa de público.

Estão presentes no ato integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da juventude de partidos como PT e PSOL. Também há pessoas sem vinculação com partidos ou entidades.
Manifestação em Brasília a favor do governo da Presidente Dilma Rousseff - André Coelho / Agência O Globo

Em Brasília, manifestantes se concentraram em torno do estádio Mané Garrincha e saíram em marcha em defesa da presidente Dilma. Militantes discursam contra o "golpe", referindo-se ao processo de impeachment em curso na Câmara, enquanto ressaltam a importância de programas sociais, como o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida. O público foi estimado em cerca de 50 mil pessoas.

O ato em Porto Alegre, na tradicional Esquina Democrática, no Centro da cidade, reuniu cerca de 35 mil pessoas segundo os organizadores - oito mil segundo a Brigada Militar.

A manifestação em Belo Horizonte começou por volta das 18h, na Praça da Estação, no Centro. Ainda não há estimativa do número de pessoas participando do ato.

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Em Maceió, dezenas de pessoas estão concentradas na Praça Monte Pio, no centro da cidade. Ainda não foi divulgada uma estimativa do número de participantes. No município de Araci, na Bahia, cerca de 500 pessoas, segundo os organizadores, se reuniram na Praça da Conceição no final de manhã, com gritos ‘contra o golpe’. Segundo cálculos da PM, o número de participantes era de 40 a 50.

Em Fortaleza, as pessoas, muitas usando vermelho e com faixas pedindo democracia, se concentraram na Praça da Bandeira, no centro, e caminharam até o entorno do Dragão do Mar. Segundo a organização, eram 50 mil manifestantes - a Secretaria de Segurança não divulgou sua estimativa.

No Maranhão, o ato em São Luís começou por volta das 16h na Praça João Lisboa. Cerca de 600 manifestantes, segundo os organizadores, saíram em passeata pelas ruas do Centro. Também foram realizadas manifestações nas cidades de Balsas, Caxias, Imperatriz e São João dos Patos.

A Paraíba teve manifestações em três cidades. Na capital João Pessoa, manifestantes se concentram em quatro pontos diferentes. A previsão é que todos se reúnam a partir das 18h no Ponto de Cem Réis, no centro da cidade. Em Cajazeiras, cerca de 1.200 pessoas segundo os organizadores, 500 segundo a PM, se concentraram no começo da manhã em frente à Câmara de Vereadores, pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e defendendo Dilma e o ex-presidente Lula. O ato acabou por volta das 15h. Em Campina Grande, cerca de 10 mil manifestantes participaram do ato segundo a organização — 3,5 mil de acordo com a PM.

Manifestações contra o impeachment

    Discursos e faixas na manifestação fazem referência ao golpe de Estado de 1964, que completa nesta quinta-feira 52 anosFoto: ANDRE COELHO / Agência O Globo
    Ato a favor da democracia no Largo da Carioca , centro do Rio de JaneiroFoto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
    Centrais sindicais e movimentos de esquerda realizam ato, em frente a catedral da Sé, em apoio ao governo e a democraciaFoto: Agência O Globo
    Em Brasília, manifestantes marcham nesta quinta-feira contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o qual consideram um golpe à democraciaFoto: Michel Filho / Agência O Globo
    Manifestantes se concentram, no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro, no inicio da noite desta quinta-feira, durante a Jornada Nacional pela DemocraciaFoto: Daniel Marenco / Agencia O Globo / Agência O Globo
    "Renuncia Temer" e "Fora Cunha": além dos gritos, cartazes colocavam o partido ex-aliado do governo como "Partido Mais Desmoralizado do Brasil"Foto: Daniel Marenco / Agencia O Globo / Agência O Globo
    Entre os gritos de ordem, a multidão entoou críticas ao processo de impeachment, à mídia e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opositor ao governoFoto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
    O ato no Centro do Rio de Janeiro contou com a presença do cantor e compositor Chico BuarqueFoto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

A cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, teve manifestação em frente ao Bosque Guarani. Não há ainda uma estimativa do número de participantes. No Piauí, os manifestantes se concentraram na Avenida Frei Serafim, em Teresina.

Em Recife, a Frente Brasil Popular, que reúne partidos como PT e PCdoB e entidades como MST, UNE e CUT, organizou o evento chamado ‘Ato em defesa da democracia e dos direitos sociais’, na Praça do Derby. Segundo os organizadores, 40 mil pessoas estão participando - a PM ainda não divulgou uma estimativa. Pernambuco teve ainda atos em Garanhuns e Floresta. Em Garanhuns, onde Lula nasceu, cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores, mil segundo a PM, realizaram uma manifestação a favor do governo de Dilma e em defesa da posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Já em Floresta, manifestantes se reuniram em frente ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais e saíram em caminhada pelas ruas da cidade. Os organizadores estimaram a presença de cerca de 1,5 mil pessoas, enquanto a PM calculou cerca de 200 pessoas.

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Em Rio Grande do Norte, cerca de 25 mil manifestantes, segundo os organizadores, se concentraram em frente ao shopping Midway Mall, em Natal. A PM não divulgou ainda sua estimativa. A cidade de Pau dos Ferros teve pela manhã uma manifestação com cerca de 1,5 mil pessoas, segundo os organizadores. A PM estimou o número de participantes em 300.

Em Sergipe, manifestantes se reuniram na Praça General Valadão, no centro de Aracaju, protestando em defesa da democracia. O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular.
Manifestantes se concentram no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro - Daniel Marenco / Agência O Globo
copiado http://oglobo.globo.com/

Em todo o País, multidões gritam: não vai ter golpe

Em todo o País, multidões gritam: não vai ter golpe

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Manifestações em defesa da democracia e do mandato da presidente Dilma Rousseff estão acontecendo em várias capitais e cidades do País, como Brasília, São Paulo, Rio, Recife, Fortaleza, Aracaju e outras; em Brasília, multidão se reuniu em frente ao Estádio Mané Garrincha e seguiu para a Esplanada dos Ministérios; em São Paulo, a concentração foi na Praça da Sé; segundo organizadores, já são 500 pessoas nos atos espalhados pelo país; no exterior, brasileiros também se manifestam contra a ruptura da democracia em Amsterdam (Holanda), Barcelona (Espanha), Berlim e Münster (Alemanha), Lisboa e Coimbra (Portugal), Copenhagen (Dinamarca), Londres (Inglaterra), Nova York (EUA); em Paris, cerca de 200 brasileiros se manifestaram; veja vídeo 1 de Março de 2016 às 17:41
247 com Agência Brasil - As manifestações em defesa da democracia e do mandato da presidente Dilma Rousseff, e em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão acontecendo em várias capitais e cidades do País, como Brasília, São Paulo, Rio, Recife, Fortaleza.
Manifestantes de todo o Brasil se concentram, desde o início da tarde, no Estádio Nacional Mané Garrincha em um ato em defesa da democracia e contrário ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Os manifestantes já deram início a uma caminhada que seguirá até o Congresso Nacional.
Representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Frente Brasil Popular, Janeslei Aparecida de Albuquerque diz que haverá atos em todos os estados e em centenas de cidades do interior. "Brasília, por ser a capital do país, é fundamental para dar visibilidade à nossa insatisfação com o golpe que está sendo aplicado contra o Brasil. Motivo pelo qual entre 700 e mil ônibus estão vindo para cá, vindos de todos os estados brasileiros", disse ela à Agência Brasil.
Em São Paulo, os manifestantes do ato em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff ocupam a Praça da Sé e a rua lateral da catedral. Quatro carros de som levam líderes de movimentos sociais e de sindicatos que se revezam nos discursos. O ato reúne entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), da União da Juventude Socialista, da Central de Movimentos Populares, de diversos sindicatos, entre outros.
No exterior, brasileiros se manifestam contra a ruptura da democracia em em Amsterdam (Holanda), Barcelona (Espanha), Berlim e Münster (Alemanha), Lisboa e Coimbra (Portugal), Copenhagen (Dinamarca), Londres (Inglaterra), Nova York (EUA) e Paris (França).
Na capital francesa, cerca de 200 pessoas reuniram na Praça da République. Confira vídeo da manifestação, organizada pelo MD 18:

 Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a manifestação de Brasília:
Manifestantes de todo o país se reúnem em Brasília em defesa de Dilma
Pedro Peduzzi - Manifestantes de todo o Brasil se concentram, desde o início da tarde, no Estádio Nacional Mané Garrincha em um ato em defesa da democracia e contrário ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Os manifestantes já deram início a uma caminhada que seguirá até o Congresso Nacional.
Representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Frente Brasil Popular, Janeslei Aparecida de Albuquerque diz que haverá atos em todos os estados e em centenas de cidades do interior. "Brasília, por ser a capital do país, é fundamental para dar visibilidade à nossa insatisfação com o golpe que está sendo aplicado contra o Brasil. Motivo pelo qual entre 700 e mil ônibus estão vindo para cá, vindos de todos os estados brasileiros", disse ela à Agência Brasil.
"O que queremos é barrar esse golpe porque sem crime de responsabilidade esse impeachment é golpe. Em relação às pedaladas, trata-se de remanejamento de recursos públicos. Algo que é feito por todos governos nas esferas federal, estadual e municipal. Portanto nada tem a ver com qualquer desvio de recursos. Está muito claro para cada vez mais pessoas que o que acontece é que quem perdeu a eleição não tem espírito republicano nem democrático. Este é o papel histórico de entidades como a Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo], entidade que sempre agiu contra a classe trabalhadora, arrancando sangue e a mais valia e sem dar retorno justo ao trabalho", disse a sindicalista.
As palavras de ordem dos líderes do movimento, que falavam ao microfone em sete carros de som que estavam no estacionamento do estádio, ecoavam também nas vozes das milhares de pessoas concentradas, entre elas, a trabalhadora rural Cristiane Rocha Oliveira, 33 anos. Ela passou três dias viajando desde Piripiri (PI) até Brasília, em um ônibus com 48 pessoas. "A gente está cansado das mentiras que vimos na televisão, e viemos até aqui para mostrar que em muitos lugares do país a Dilma é bastante popular pelo muito que fez para melhorar a vida da gente", disse ela à Agência Brasil.
"Desde que o Lula foi presidente, muita coisa boa aconteceu na minha cidade, principalmente nas escolas. A vida melhorou 100%. A alimentação, a saúde. Há três meses consegui a minha casa [pelo Programa Minha Casa Minha Vida] e parei de pagar aluguel. A Dilma trata o pobre como ninguém antes tratava, e gastar com pobre é um gasto mais digno do que o gasto com o rico, porque é a gente quem precisa", disse.
As dificuldades de locomoção do cadeirante Marco Borges, 58 anos, não o desanimaram a embarcar em uma viagem de 650 quilômetros - distância entre Santana (BA) e Brasília. "Vale o sacrifício porque minha missão é ajudar a defender a democracia de meu país. Democracia que foi conquistada com muito custo após 1964. O mundo mudou e os tipos de ditaduras também. Agora nosso risco é o de viver uma ditadura judiciária respaldada por uma mídia pra lá de comprometida. É um absurdo a Dilma, que nem investigada é, ser refém de uma pessoa comprovadamente corrupta como o Eduardo Cunha", disse o aposentado.
"E não podemos aceitar que o Temer se torne o principal e mais importante personagem de nosso país, quando ele só está na vice-presidência graças à Dilma. Ele deveria ajudá-la, e não golpeá-la", acrescentou o cadeirante que veio acompanhado de um grupo de 50 pessoas. "O Luz para Todos levou a nossa cidade também o acesso à internet. Isso deixou nossa cidade mais bem informada e consciente de que o Brasil é muito diferente."
Operador de trator, Salvador Gregório, 52 anos, viajou mais de 400 quilômetros vindo de Coromandel (MG) na companhia da esposa, que não quis se identificar. "Estão querendo tirar nossa presidenta e a gente não aceita", disse. "Vou lhe falar uma coisa: o que o Lula, e depois ela, fizeram para a gente ninguém nunca fez. Em primeiro lugar, eles nos respeitam. Tratam pobre que nem rico. Melhorou a renda lá de casa e a gente espera que isso continue porque a gente precisa ter uma terrinha e parar de pagar aluguel".
Coordenador da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), José Carlos Padilha Arêas diz que a luta para garantir e dar estabilidade ao governo Dilma tem por objetivo a continuidade dos avanços dos direitos sociais dos brasileiros. "Estão usando a crise mundial pela qual passa o capitalismo para prejudicar o Brasil, a exemplo do que fizeram com a Grécia. Esse projeto que o Temer já vem propagandeando, chamado de Ponte para o Futuro, é também um golpe contra os avanços sociais no Brasil", argumentou.
Pelo Brasil
Em São Paulo, os manifestantes do ato em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Roussef ocupam a Praça da Sé e a rua lateral da catedral. Quatro carros de som levam líderes de movimentos sociais e de sindicatos que se revezam nos discursos.
O ato reúne entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), da União da Juventude Socialista, da Central de Movimentos Populares, de diversos sindicatos, entre outros.
copiado  http://www.brasil247.com/pt/2

Ministro fala em risco de 'primeiro cadáver' por 'radicalização' política Edinho Silva (Comunicação Social) deu declaração após evento com Dilma. Lula falou em 'bater nos coxinha'; presidente do PT disse não temer 'guerra'.


Ministro vê risco do '1º cadáver' na radicalização


31/03/2016 19h30 - Atualizado em 31/03/2016 19h49

Ministro fala em risco de 'primeiro cadáver' por 'radicalização' política

Edinho Silva (Comunicação Social) deu declaração após evento com Dilma.
Lula falou em 'bater nos coxinha'; presidente do PT disse não temer 'guerra'.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, durante entrevista em seu gabinete, no Palácio do Planalto (Foto: Filipe Matoso/G1)O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, durante entrevista em seu gabinete, no Palácio do Planalto (Foto: Filipe Matoso/G1)
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, falou nesta quinta-feira (31), durante entrevista a jornalistas em seu gabinete, sobre o risco do surgimento do "primeiro cadáver” em razão do ambiente de “radicalização” e “intolerância” política desde as eleições de 2014.
Ele criticou o que chamou de “incentivo aberto” à violência nas redes sociais, o que, para o ministro, deveria ser caracterizado como crime.
“As pessoas estão sendo agredidas porque estão com roupas de uma cor, porque usam a bicicleta de uma cor ou porque são identificadas na rua ou porque são identificadas em restaurante”, disse. “O ambiente é tão radicalizado que a gente acaba se acostumando com as mazelas”, acrescentou.
Ele afirmou não iria "personificar" os responsáveis pela polarização, mas ressaltou que, "independentemente do que foi feito até agora, é fundamental que se crie o ambiente de diálogo para evitar que algo aconteça".
Perguntado, se acha que o discurso de defesa do diálogo “procede” em meio a um ambiente de “gritaria”, respondeu: “Vamos fazer isso ou esperar o primeiro cadáver? Porque ele vai existir”.
Sem deixar que o jornalista que havia feito a pergunta completasse outra, Edinho Silva afirmou: “Ou nós fazemos isso [buscar um ambiente de diálogo] ou vamos esperar o primeiro cadáver? O primeiro enterro? Vamos esperar isso acontecer? Porque isso vai existir. Você não tenha dúvida que ele vai existir do jeito que está se radicalizando. É isso que vamos esperar? Ou vamos começar a abrir espaço para o diálogo e baixar o tom no país?”, questionou.
O ministro disse que, em julho do ano passado, já alertava para o crescimento da radicalização política.
"Conversei com vários jornalistas, alertando para isso que estava sendo construído no Brasil, que era um ambiente de intolerância que era gravíssimo", afirmou. Ele disse que chegou a propor uma campanha contra a intolerência, mas foi mal interpretado.
Edinho Silva deu a entrevista depois de participar de um encontro entre a presidente Dilma Rousseff, artistas e intelectuais contrários ao processo de impeachment que ela enfrenta na Câmara dos Deputados. No encontro, a presidente Dilma disse que "não se une o país destilando ódio, rancor, raiva e perseguição”.
Clima de hostilidade
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece na gravação de uma escuta telefônica autorizada pela Justiça, cuja divulgação foi autorizada no último dia 16 pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal, em um conversa com o irmão Genival da Silva. O diálogo é o seguinte:
- Lula: "Domingo eu vou ficar um pouco escondido."
- Genival da Silva (Vavá): "Tá certo. É isso aí."
- Lula: "Porque vai ter um monte de peão na porta de casa para bater nos coxinha [sic]."
- Genival da Silva: "É verdade."
- Lula: "Se os coxinhas aparecer vão levar tanta porrada que eles nem sabem o que vai acontecer."
- Genival da Silva: "É verdade. Mas deixa aí, deixa esses caras. Esses caras são uns babacas."
- Lula: "Mas eu vou te ver, querido!"

No último dia 26, o presidente nacional do PT publicou mensagem em seu Facebook na qual afirmou que iria lutar para defender o estado democrático, e acrescentou: "As manifestações mostram o seguinte: queremos a paz, mas não tememos a guerra".
Em outubro de 2015, em sessão da Câmara, um grupo de manifestantes ligados ao Movimento Brasil Livre, que defende o impeachment de Dilma fez um protesto nas galerias do plenário.
O deputado Sibá Machado (AC), à época líder do PT, reagiu e, do microfone no plenário, chamou os manifestantes de "vagabundos". “Eu vou juntar gente e vou botar vocês pra correr daqui de frente do Congresso. Bando de vagabundos. Vocês são vagabundos. Vamos pro pau com vocês agora”, gritou Sibá Machado na ocasião.
Em evento em agosto do ano passado, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse que se tentassem "derrubar" a presidente Dilma, a entidade seria o "exército" que enfrentaria "de arma na mão" o que ele chamou de "burguesia na rua". Nos últimos dias, a CUT, aliada a outros movimentos sociais e entidades sindicais, tem ido às ruas para defender o mandato de Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O que se vende hoje no Brasil é a intolerância, é o preconceito, preconceito de classe contra nós. E quero dizer em alto e bom tom que somos defensores da unidade nacional, na construção de um projeto nacional de desenvolvimento para todos e para todas e que isso implica agora, neste momento, ir para as ruas entrincheirados, de arma na mão, se tentarem derrubar a presidenta Dilma Rousseff. Seremos, presidenta Dilma – qualquer tentativa de atentado à democracia, à senhora ou ao presidente Lula –, nós seremos o exército que vai enfrentar essa burguesia na rua", afirmou Freitas na ocasião.
Nesta semana, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o partido está "mobilizando o Brasil" e que "eles" estão "acuados". "Nós não estamos aqui para ficar adulando ninguém. O problema é político. Não há razões para este golpe e estamos mobilizando o Brasil. [...] E eles estão acuados porque a história jamais vai se esquecer dessa atitude golpista daqueles que querem o golpe".
Na última segunda (28), o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), chamou os que querem o impeachment de "essa gente" que quer "vingança" e afirmou, diante do então iminente rompimento do PMDB com o Planalto, que o vice-presidente Michel Temer será o próximo a cair caso Dilma sofra o que chamou de "golpe constitucional".
"Não pense que os que hoje saem organizados para pedir ‘Fora, Dilma’ vão às ruas para dizer ‘Fica, Temer’, para defendê-lo. Não. Depois de arrancarem, com um golpe constitucional, a presidenta da cadeira que ela conquistou pelo voto popular, essa gente vai para casa porque estará cumprida a sua vingança e porque não lhe tem apreço algum. E, seguramente, Vossa Excelência [Michel Temer] será o próximo a cair”, afirmou Humberto Costa na ocasião.
 copiado  http://g1.globo.com

Manifestantes fazem ato no Centro do Rio contra impeachment de Dilma Palco armado no Largo da Carioca recebeu nomes como Chico Buarque. Manifestantes dizem que cassação do mandato é ataque à democracia

Rio de Janeiro
Ato no Rio tem shows, discursos e presença de Chico Buarque
  • RECIFE: grupo marcha em 'defesa da democracia'
  • PORTO ALEGRE: ato tem coro contra impeachment
    31/03/2016 17h25 - Atualizado em 31/03/2016 21h13

    Manifestantes fazem ato no Centro do Rio contra impeachment de Dilma

    Palco armado no Largo da Carioca recebeu nomes como Chico Buarque.
    Manifestantes dizem que cassação do mandato é ataque à democracia.

    Do G1 RioManifestantes e integrantes de movimentos sociais fazem um ato contra o impeachment e de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), desde o fim da tarde desta quinta-feira (31), no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro.
    (O G1 acompanha os protestos pelo Brasil em tempo real; siga)
    O artista Chico Buarque surpreendeu ao subir ao palco, ganhou uma rosa vermelha do público e foi muito aplaudido em um curto discurso, em que pediu a "defesa intransigente da democracia".
    “No palanque e na praça tem gente da minha geração, que viveu o 31 de março de 1964 [data do Golpe Militar]. Mas, tem sobretudo, uma imensa juventude que não era nem nascida, mas conhece a história do Brasil. Estou aqui para agradecer a vocês que me anima a acreditar que não, de novo, não, não vai ter golpe”, disse o cantor, compositor e escritor, sendo ovacionado (veja no vídeo abaixo).
    A atriz Luisa Arraes e o músico Arthur Maia também foram ao Largo da Carioca. Segundo os organizadores, 80 mil pessoas acompanhavam o ato às 21h10. A Polícia Militar não divulga estimativa de público.
    RIO DE JANEIRO: O cantor Chico Buarque participa do protesto pela democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no centro do Rio de Janeiro (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)Chico Buarque recebeu uma rosa vermelha no palco (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
    A concentração começou por volta das 15h30 e, segundo os organizadores, a manifestação deve permanecer na praça, onde um palco foi armado para os shows, iniciados por volta das 18h30.
    Os manifestantes dizem que a cassação do mandato de Dilma configura um ataque à democracia. Faixas também manifestavam apoio ao ex-presidente Lula e criticavam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.
    Convocado pela Frente Brasil Popular, o ato teve a presença de centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), movimentos estudantis, sociais e de minorias, como negros e LGBT. Partidos como PT, PC do B, PCO, PSTU e PSOL também estão representados.
    Entre batucadas e coros no ritmo do funk, os manifestantes também pediam a saída de Cunha da presidência da Câmara e festejavam o desembarque do PMDB do governo.
    Sérgio Moro foi acusado de provocar recessão e desemprego ao punir empresas envolvidas no esquema de corrupção. As conquistas sociais dos governos petistas também foram ressaltadas.
    Um minuto de silêncio foi respeitado, segundo os oradores, "em memória dos companheiros mortos pela ditadura", que começou há exatos 52 anos.
    Palco montado no Largo da Carioca recebeu artistas (Foto: Daniel Silveira/G1)Palco montado no Largo da Carioca recebeu artistas (Foto: Daniel Silveira/G1)
    RIO DE JANEIRO: Manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff tomam o Largo da Carioca, no centro do Rio (Foto: Vanderlei Almeida/AFP)RIO DE JANEIRO: Manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff tomam o Largo da Carioca, no centro do Rio (Foto: Vanderlei Almeida/AFP)
    Largo da Carioca tomado por manifestantes no Rio (Foto: Reprodução / GloboNews)Largo da Carioca tomado por manifestantes no Rio (Foto: Reprodução / GloboNews)
    Presente ao protesto, o petista Godofredo Pinto, ex-prefeito de Niterói, disse que o impeachment é imprevisível.
    "Quem disser que sabe o que vem por aí está chutando. Ninguém sabe o que ainda virá da Lava Jato. Certamente muitos ainda serão citados em delações, inclusive gente da oposição", afirmou ele, que presidiu o PT no Rio por 12 anos e hoje, aos 72, diz não querer saber mais de disputar eleições: "Agora só quero cuidar dós netos".
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    RIO DE JANEIRO: Manifestantes fazem protesto pela democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Largo da Carioca, no centro do Rio (Foto: Vanderlei Almeida/AFP)RIO DE JANEIRO: Manifestantes fazem protesto pela democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Largo da Carioca, no centro do Rio (Foto: Vanderlei Almeida/AFP)
     Deputado Carlos Minc participa de protesto pela Democracia no Centro do Rio  (Foto: Alessandro Ferreira) Deputado Carlos Minc participa de protesto pela Democracia no Centro do Rio (Foto: Alessandro Ferreira)
    Manifestantes são contra o impeachment de Dilma no Largo da Carioca, Centro do Rio (Foto: Reprodução / GloboNews)Manifestantes são contra o impeachment de Dilma no Largo da Carioca, Centro do Rio (Foto: Reprodução / GloboNews)
    A bandeira do Brasil no palco do Largo da Carioca (Foto: Alessandro Ferreira/G1)A bandeira do Brasil no palco do Largo da Carioca (Foto: Alessandro Ferreira/G1)
    Fumaça vermelha na manifestação no Largo da Carioca (Foto: Alessandro Ferreira/G1)Fumaça vermelha foi lançada na manifestação no Largo da Carioca (Foto: Alessandro Ferreira/G1)
    Panfleto distribuído no protesto no Largo da Carioca (Foto: Alessandro Ferreira/G1)Panfleto distribuído no protesto no Largo da Carioca (Foto: Alessandro Ferreira/G1)
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    copiado  http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/

Barbosa diz à comissão que contas do governo estão dentro da legalidade Ministro da Fazenda participa do segundo dia de depoimentos

  • Nelson Barbosa rebate impeachment por "pedaladas"

    Ministro da Fazenda falou na Comissão Especial da Câmara

    País

    Barbosa diz à comissão que contas do governo estão dentro da legalidade

    Ministro da Fazenda participa do segundo dia de depoimentos

    Em depoimento à Comissão Especial do Impeachment, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta quinta-feira (31), que as contas do governo estão em linha com a legislação vigente e que não há crime que justifique o processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff.
    “Acho que não há base legal. Estavam de acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA) e crédito suplementar não implica necessariamente aumento de despesa financeira porque não alterou o contingenciamento de 2015”, afirmou o ministro.
    Professor da UERJ Ricardo Lodi Ribeiro (à esquerda) e ministro Nelson Barbosa falaram nesta quinta
    Professor da UERJ Ricardo Lodi Ribeiro (à esquerda) e ministro Nelson Barbosa falaram nesta quinta
    No caso das operações que foram questionadas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro disse que, depois das recomendações do tribunal de promover mudanças na gestão fiscal,  o governo alterou imediatamente a metodologia de pagamento de taxa de juros, de reembolso ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pagou todos os valores apontados. Segundo o ministro, após a mudança no entendimento do TCU, os atos foram readequados. "Na minha opinião, não houve violação da lei orçamentária, independentemente das análises do TCU, independentemente das análises dos parlamentares da comissão".
    Barbosa destacou que decretos de crédito suplementar são práticas legais e um instrumento de transparência orçamentária. Barbosa explicou aos parlamentares da comissão que quando o Congresso Nacional abre um espaço para que haja um remanejamento de recursos age conforme previsto na legislação. “A abertura do crédito suplementar não aumenta as despesas. Todos os anos o Congresso abre a Lei Orçamentária Anual com os valores que podem ser executados, estabelece os limites e, assim, a simples edição de crédito suplementar não representa aumento de despesas”, destacou.
    De acordo com o ministro da Fazenda, nenhum dos seis decretos mencionados modificou o limite global de gastos discricionários do governo e, em relação a eles, foram elaborados pareceres técnicos. Barbosa afirmou que o valor total dos decretos, de R$ 95,96 bilhões, levou em conta a anulação de outras dotações orçamentárias, sem, por isso, aumentar o limite orçamentário. “Do total de decretos, a maior parte foi por anulação de outras despesas”.
    O ministro disse, ainda, que várias suplementações orçamentárias foram demandas de outros poderes, inclusive do Judiciário. Ele citou a Justiça Eleitoral como um desses demandantes. No caso, houve uma receita maior com a inscrição de concursos, o que levou o Judiciário a pedir uma suplementação orçamentária, mas com a anulação de outras contas.
    Outro exemplo dado por Barbosa à comissão foi uma solicitação do Ministério da Justiça, que pediu recursos para a escolta de carga com base no aumento de arrecadação, por exemplo, em ações judiciais. “Como o limite global não foi alterado, a utilização de recursos tem que ser compensada em outras rubricas. É preciso separar o que é gestão orçamentária da gestão financeira. A Lei Orçamentária especifica como isso pode ser feito. São questões técnicas”, afirmou.
    Para exemplificar a diferença entre financeiro e orçamentário, regulado por lei, Barbosa deu um exemplo sobre as duas situações utilizando como personagem uma pessoa que vai ao supermercado com uma lista de produtos a serem comprados. “No caso, a pessoa vai com uma lista para comprar 1 quilo de arroz, feijão etc. Isto é a dotação orçamentária. Limite financeiro é quanto ela tem no bolso. A caminho [do mercado], alguém liga e fala para a pessoa que compre 2 quilos de arroz. Muda a dotação orçamentária, mas você continua com R$ 100 no bolso. Se vai comprar 2 quilos, vai ter que deixar de comprar outra coisa”, explicou, para mostrar como o governo se comportou diante das mudanças na lei orçamentária.
    Sobre o fato de os decretos não conterem numeração, Barbosa disse que é porque eles são normativos que não precisam ser numerados, mas são públicos e estão publicados no portal do Palácio do Planalto.
    Sobre a relação do governo com os bancos públicos, o ministro explicou que há um contrato de prestação de serviços para o repasse dos recursos para os agentes financeiros. Segundo Barbosa, pode acontecer que, em determinado momento, um valor não seja igual ao que deveria ser repassado.
    Para resolver esse desequilíbrio, há uma conta de suprimento que equaliza a diferença. “[Funciona assim] Não sei quanto vou pagar a cada mês. Se as despesas forem maiores, a Caixa, por exemplo, paga e, depois, a União sana essa diferença. Em 2013, essa conta-suprimento ficou negativa por longo tempo, mas a legislação evoluiu”, disse. De acordo com o ministro, ao analisar as contas de 2014, o TCU resolveu fazer uma melhora na legislação e, ainda em 2014, o governo, obedecendo às mudanças, zerou o saldo e editou os decretos para voltar a permitir saldos elevados.
    “Então, no que se refere aos contratos de prestação de serviços foram aperfeiçoados. Não há que se falar em desrespeito em 2015. Como se muda o entendimento de uma regra e uma lei, a segurança recomenda que valha para a frente”, defendeu.
    A Comissão do Impeachment questiona se foram legais os atrasos de repasses a bancos públicos referentes ao pagamento de benefícios de programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial (as chamadas pedaladas fiscais). Com o atraso, dizem os críticos, as contas do governo apresentavam despesas menores enquanto o Tesouro não enviava os recursos aos bancos estatais.
    Esta é a segunda audiência pública da comissão especial do impeachment. A primeira foi realizada ontem, quando Rogério Rosso foi acusado de manobrar a reunião a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para favorecer os parlamentares favoráveis ao impeachment.
    Uma confusão começou após Rosso encerrar a reunião pouco depois da exposição dos advogados e autores do pedido de impeachment, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, sob a justificativa de que a pauta de votações no Plenário havia começado e que o regimento da Casa determinava o encerramento dos trabalhos das comissões.
    Histórico
    O pedido de impeachment da presidenta foi acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia 2 de dezembro do ano passado. No documento, os advogados Helio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr. pedem o afastamento da presidenta evocando as pedaladas fiscais do ano de 2014 apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
    Os autores do pedido dizem também que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao editar seis decretos autorizando despesas extras em um cenário de restrição fiscal e ao, suspostamente, repetir as pedaladas fiscais em 2015, já no exercício deste novo mandato.
    Os decretos, não numerados assinados pela presidenta em 27 de julho e 20 de agosto de 2015, autorizaram o governo a gastar R$ 2,5 bilhões a mais do que havia previsto no Orçamento. Para os advogados, Dilma não poderia criar despesa extra quando sabia que a meta de superávit primário (dinheiro reservado para pagar os juros da dívida) prevista no Orçamento não seria cumprida.
    O governo rebate os argumentos, afirmando que as contas do governo de 2015 sequer foram apreciadas pelo TCU e pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional e que, portanto, não se pode falar na possibilidade de crime de responsabilidade.
    Impeachment é um termo de origem inglesa, que significa, na tradução livre, impedimento. O ato é regulado pela Constituição, nos artigos 85 e 86. Segundo a Carta Magna, caso seja aprovado na Câmara dos Deputados, o processo seguirá para o Senado Federal.
    Com Agência Brasil
     copiado  http://www.jb.com.br/pais

País Líderes do PMDB avaliam ruptura como "uma burrada" de Michel Temer Peemedebistas não querem o ônus de ter precipitado eventual queda de Dilma

  • Líderes do PMDB avaliam ruptura como "uma burrada" de Temer

    Peemedebistas não querem o ônus e a deslegitimidade de ter precipitado eventual queda de Dilma Rousseff

    País

    Líderes do PMDB avaliam ruptura como "uma burrada" de Michel Temer

    Peemedebistas não querem o ônus de ter precipitado eventual queda de Dilma

    Jornal do BrasilEduardo Miranda
     
  • Os menos de três minutos em que o Diretório Nacional do PMDB aprovou, por aclamação, e não por votos, a ruptura do partido com o governo federal podem ter um efeito negativo prolongado para o vice-presidente Michel Temer, principal articular do desembarque.O sentimento de líderes do PMDB contrários ao rompimento, neste momento, é de que o governo, com o que eles vêm chamando de "erro tático do Michel", pode conseguir os votos necessários na Câmara dos Deputados para arquivar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
    Caciques durante ato de terça (29) em que PMDB anunciou oficialmente a saída da base aliada
    Caciques durante ato de terça (29) em que PMDB anunciou oficialmente a saída da base aliada
    Em reunião com a cúpula do partido nesta quarta-feira (30), segundo apuração do Jornal do Brasil, o senador Jader Barbalho classificou a insistência de Temer no rompimento como "uma burrada, que nem serviu para esconder o racha do PMDB".
    Os caciques do PMDB voltaram a lembrar que o governo "vai cair de maduro" e que se o partido empurrasse Dilma para o precipício pareceria oportunismo capaz de retirar a legitimidade de Michel Temer, caso o presidente nacional do partido assuma o Planalto. A cúpula do PMDB no Senado avalia que, aberta a porteira, o governo tem chances de sobreviver mesmo com poucos votos.
    Dilma pediu aos ministros do PMDB um prazo para decidir o destino deles. Podem ficar no governo Kátia Abreu, Helder Barbalho em função do pai, Jader, e Eduardo Braga pelo que representa no Senado Federal. Com exceção da Agricultura, os demais cargos já entraram nos classificados do Planalto Central ou na cobiça de outros aliados. A permanência deles explicita um racha no PMDB e constrange Michel Temer.
    Os movimentos adesistas dos partidos médios (PP, PSD e PR) que, teoricamente, podem totalizar 129 votos, provocam um vexame público aos ministros do PMDB que não querem largar o osso. Mesmo querendo ficar, o governo avalia que eles não têm o que entregar (votos) e já começou a leiloar os cargos ocupados até aqui pelos sem votos. Se estes mesmos ministros não conseguiram evitar o rompimento do partido, como conseguiriam votos pró Dilma? Neste caso estão Celso Pansera, Marcelo Castro e Mauro Lopes, contabilizados como 1 voto cada.
    >> Renan diz que rompimento do PMDB com o governo "não foi um bom movimento"
    >> 'BBC': Conciliador ou mordomo de filme de terror, afinal, quem é Michel Temer?
    >> Temer diz que é procurado, mas nega que “estaria negociando cargos”
    >> Kátia Abreu e mais cinco peemedebistas ficam no governo
    copiado  http://www.jb.com.br/pais

Mobilização maciça em França contra revisão de leis laborais

Mobilização maciça em França contra revisão de leis laborais

Milhares de cidadãos franceses manifestaram-se hoje em várias cidades do país, por vezes com violência, contra uma revisão do Código do Trabalho que acusam de favorecer a precarização, agravando o braço-de-ferro com um poder socialista já fragilizado.

© Reuters
Mundo Protesto  POR Lusa

 Entre 390.000 pessoas, segundo as autoridades, e 1,2 milhões, de acordo com os sindicatos, saíram à rua -- ou seja, bastante mais de numa jornada de ação semelhante realizada a 09 de março (entre 200.000 e 450.000 pessoas, segundo as mesmas fontes).

Fortalecidos por esta adesão ao protesto, os sindicatos que exigem a retirada do projeto de lei, anunciaram novas greves e manifestações para os dias 05 e 09 de abril.

A dimensão da mobilização é um mau sinal para o Governo socialista e para o Presidente, François Hollande, fragilizados pela oposição de uma parte dos eleitores de esquerda a esta reforma, a 13 meses das próximas eleições presidenciais.

A polícia deteve mais de uma centena de pessoas à margem das manifestações em Paris e noutras cidades, entre as quais Rennes e Nantes (oeste), Rouen, (noroeste), Toulouse (sudoeste) e Lyon (centro-leste), e respondeu com gás lacrimogéneo a projéteis atirados por jovens de rosto tapado, na maioria dos casos. Treze polícias ficaram feridos.

Esta jornada de contestação social, marcada também por greves, ocorre um dia após um grande revés político para Hollande: na quarta-feira, viu-se obrigado a abandonar, por falta de consenso político, um projeto de revisão constitucional anunciado após os atentados de Paris, a 13 de novembro de 2015.

A greve afetou sobretudo os transportes públicos, com apenas um em cada dois comboios regionais e três em quatro composições do metro parisiense a circular. Os transportes aéreos também sofreram perturbações, devido a uma greve dos controladores de tráfego.

A revisão do Código do Trabalho destina-se a tornar mais flexível o mercado laboral, garantindo ao mesmo tempo as carreiras profissionais dos trabalhadores, num país onde o desemprego atinge 10% da população e as pequenas e médias empresas hesitam em contratar.

O projeto de lei prevê, nomeadamente, reforçar a negociação dentro das próprias empresas, sobretudo quanto à gestão do tempo de trabalho e clarificar as regras de despedimento por motivos económicos.

Perante os protestos dos sindicatos dos trabalhadores, para grande desgosto das entidades patronais, o Governo desistiu finalmente das medidas mais criticadas, como a definição de um limite máximo para indemnizações por despedimento ilícito.

copiado  http://www.noticiasaominuto.com/mundo

Dilma compara intolerância vivida no Brasil com o nazismo Presidente participou de encontro com artistas e intelectuais nesta quinta-feira

 Dilma compara intolerância no Brasil com nazismo

Presidente recebeu o apoio de artistas e intelectuais durante o ‘encontro em defesa da democracia’, no Palácio do Planalto
Dilma compara intolerância vivida no Brasil com o nazismo
Presidente participou de encontro com artistas e intelectuais nesta quinta-feira

por Catarina Alencastro, Eduardo Barretto e Simone Iglesias

31/03/2016 12:25 / Atualizado 31/03/2016 16:37

Dilma compara intolerância vivida no Brasil com o nazismo - Givaldo Barbosa / Agência O Globo

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BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff subiu o tom no discurso para artistas e intelectuais contra o impeachment no Palácio do Planalto e comparou o clima de intolerância vivido no Brasil atualmente ao nazismo. Ela criticou a médica gaúcha que deixou de ser a pediatra de uma criança porque sua mãe é petista e afirmou que as pessoas não devem ser marcadas pelo que pensam. Dilma argumentou que os brasileiros nunca tiveram "esse lado fascista".

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- Outro dia, uma pessoa me disse que isso parece muito com o nazismo. Primeiro você bota uma estrela no peito e diz: é judeu. Depois você bota no campo de concentração. Essa intolerância não pode ocorrer - disse Dilma, sob aplausos.
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A presidente apelou para o feminismo, ao afirmar que as mulheres não são frágeis, e que ela, especialmente, não é frágil e que é uma honra ter nascido mulher. A argumentação foi feita, ao dizer que há dois motivos que alimentam os que querem o "golpe": primeiro a consciência de que o processo de impeachment carece de consistência e, por isso, surgem pedidos para que ela renuncie e, em segundo lugar, pelo fato de ela ser mulher.

- Acham que as mulheres são frágeis. Nós de fatos somos sensíveis, mas não somos frágeis. Há diferença entre uma coisa e outra. Não somos frágeis. Ninguém que cuida da família, cuida de filho, ninguém que trabalha, ninguém que cuida da família é muito frágil. Então eu sei que a mulher brasileira não é nada frágil. Eu honro o fato de ser uma mulher e ter nascido aqui no Brasil - discursou.

Dilma voltou a expor o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que deflagrou o processo de impeachment, dizendo que ele só deu início ao pedido de impeachment porque "o governo se recusou a participar de qualquer farsa na comissão de ética que o julgava."


Nesse segundo ato em uma semana pela "defesa da democracia e da legalidade", o governo pretende consolidar a bandeira de que o impeachment é golpe e angariar mais seguidores em torno dessa linha.

- Não se negocia aspectos da democracia. Nós sabemos que ela é um valor para todos nós aqui, que ela é fundamental para preservar, garantir e defender esse país, para fazê-lo um país de todos os brasileiros e brasileiros. Essa unidade que nós aqui construímos em torno do "não vai ter golpe" vai ser uma das pedras fundamentais da retomada do crescimento e da reconstrução de uma sociedade melhor - discursou.

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Dilma começou sua fala, de meia hora, relembrando do tempo em que, ao lutar contra a ditadura militar, ficou na prisão. Na semana passada, a presidente reuniu mais de 400 juristas no Planalto, quando recebeu manifestos de apoio à legitimidade de seu governo.

Participaram do evento, entre outros, Beth Carvalho, Letícia Sabatella, Osmar Prado, Sérgio Mamberti, o escritor Fernando Morais e a cineasta Anna Muylaert, do filme "Que horas ela volta?".

Dilma participa de encontro com artistas e intelectuais no Palácio do Planalto - Divulgação / Palácio do Planalto

Manifestantes fazem atos contra o impeachment pelo Brasil Quatorze estados, além de Brasília, Rio e São Paulo, registraram manifestações a favor do governo de Dilma Rousseff


Manifestantes fazem atos contra o impeachment pelo Brasil

Quatorze estados, além de Brasília, Rio e São Paulo, registraram manifestações a favor do governo de Dilma Rousseff 
  • Manifestantes se concentram para protesto pró-Dilma em Brasília     
         Manifestantes fazem atos contra o impeachment pelo Brasil
    Quatorze estados, além de Brasília, Rio e São Paulo, registraram manifestações a favor do governo de Dilma Rousseff

    Manifestantes fazem atos contra o impeachment pelo Brasil

    Quatorze estados, além de Brasília, Rio e São Paulo, registraram manifestações a favor do governo de Dilma Rousseff

    por
    Manifestantes contra o impeachment se reúnem no Largo da Carioca, no Rio - Marcelo Theobald / Agência O Globo

    RIO - Além de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, outros 14 estados já registram nesta quinta-feira manifestações a favor da democracia e do governo da presidente Dilma Rousseff. Manifestantes foram às ruas de cidades em Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. Também foi registrado um ato em Portugal, onde cerca de 50 pessoas protestaram contra o impeachment em frente à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
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    No Rio de Janeiro, manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma estão reunidos no Largo da Carioca, no Centro. O ato é organizado pela Frente Brasil Popular e ressalta o o aniversário do golpe militar de 1964, fazendo um paralelo com o momento atual. Se na manifestação do último dia 18 os principais alvos eram o juiz Sergio Moro; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); e a grande mídia; desta vez o PMDB teve lugar de destaque. "Renuncia Temer" é um dos gritos de guerra. Um cartaz diz: PMDB: Partido Mais Desmoralizado do Brasil". Em São Paulo, milhares de representantes de dezenas de entidades e movimentos sociais realizam na Praça da Sé mais um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo a Polícia Militar, ainda não há estimativa de público.
    Estão presentes no ato integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da juventude de partidos como PT e PSOL. Também há pessoas sem vinculação com partidos ou entidades.
    Manifestantes se reunem no estacionamento do estádio Mané Garrincha, em Brasília - André Coelho / Agência O Globo
    Em Brasília, manifestantes se concentram em torno do estádio Mané Garrincha, de onde sairá a marcha em defesa da presidente Dilma. Militantes discursam contra o "golpe", referindo-se ao processo de impeachment em curso na Câmara, enquanto ressaltam a importância de programas sociais, como o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida. A Polícia Militar estimou às 16h20 um público de cerca de 9 mil pessoas no local.
    Em Maceió, dezenas de pessoas estão concentradas na Praça Monte Pio, no centro da cidade. Ainda não foi divulgada uma estimativa do número de participantes. No município de Araci, na Bahia, cerca de 500 pessoas, segundo os organizadores, se reuniram na Praça da Conceição no final de manhã, com gritos ‘contra o golpe’. Segundo cálculos da PM, o número de participantes era de 40 a 50.
    Em Fortaleza, as pessoas, muitas usando vermelho e com faixas pedindo democracia, se concentram na Praça da Bandeira, no centro. O ato prevê uma caminhada até a Praça Almirante Jaceguaí. Ainda não há uma estimativa do número de participantes.
    No Maranhão, o ato em São Luís começou por volta das 16h na Praça João Lisboa, no centro. Ainda não há estimativa do número de manifestantes.
    O ato começou por volta das 16h. Os manifestantes estão concentrados na Praça João Lisboa, no Centro da capital. A previsão é de que seja realizada passeata passando pela Rua Grande, com chegada na Praça Deodoro.
    A Paraíba teve manifestações em três cidades. Na capital João Pessoa, manifestantes se concentram em quatro pontos diferentes. A previsão é que todos se reúnam a partir das 18h no Ponto de Cem Réis, no centro da cidade. Em Cajazeiras, cerca de 1.200 pessoas segundo os organizadores, 500 segundo a PM, se concentraram no começo da manhã em frente à Câmara de Vereadores, pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e defendendo Dilma e o ex-presidente Lula. O ato acabou por volta das 15h. Em Campina Grande, a manifestação estava marcada para começar às 15h, mas até o momento poucas pessoas se reuniram na Praça Clementino Procópio.
    A cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, tem manifestação em frente ao Bosque Guarani. Não há ainda uma estimativa do número de participantes. No Piauí, os manifestantes se concentram na Avenida Frei Serafim, em Teresina.
    Em Recife, a Frente Brasil Popular, que reúne partidos como PT e PCdoB e entidades como MST, UNE e CUT, organizou o evento chamado ‘Ato em defesa da democracia e dos direitos sociais’, na Praça do Derby. Segundo os organizadores, 17 mil pessoas estão participando - a PM ainda não divulgou uma estimativa. Pernambuco teve ainda atos em Garanhuns e Floresta. Em Garanhuns, onde Lula nasceu, cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores, mil segundo a PM, realizaram uma manifestação a favor do governo de Dilma e em defesa da posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Já em Floresta, manifestantes se reuniram em frente ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais e saíram em caminhada pelas ruas da cidade. Os organizadores estimaram a presença de cerca de 1,5 mil pessoas, enquanto a PM calculou cerca de 200 pessoas.
    Em Rio Grande do Norte, cerca de 25 mil manifestantes, segundo os organizadores, se concentram em frente ao shopping Midway Mall. A PM não divulgou ainda sua estimativa. A cidade de Pau dos Ferros teve pela manhã uma manifestação com cerca de 1,5 mil pessoas, segundo os organizadores. A PM estimou o número de participantes em 300.
    Em Sergipe, manifestantes se reuniram na Praça General Valadão, no centro de Aracaju, protestando em defesa da democracia. O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular.
    Manifestantes se concentram, no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro - Daniel Marenco / Agência O Globo

    por O Globo
    31/03/2016 16:34 / Atualizado 31/03/2016 17:40
    Manifestantes contra o impeachment se reúnem no Largo da Carioca, no Rio - Marcelo Theobald / Agência O Globo



    RIO - Além de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, outros 14 estados já registram nesta quinta-feira manifestações a favor da democracia e do governo da presidente Dilma Rousseff. Manifestantes foram às ruas de cidades em Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. Também foi registrado um ato em Portugal, onde cerca de 50 pessoas protestaram contra o impeachment em frente à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

    No Rio de Janeiro, manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma estão reunidos no Largo da Carioca, no Centro. O ato é organizado pela Frente Brasil Popular e ressalta o o aniversário do golpe militar de 1964, fazendo um paralelo com o momento atual. Se na manifestação do último dia 18 os principais alvos eram o juiz Sergio Moro; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); e a grande mídia; desta vez o PMDB teve lugar de destaque. "Renuncia Temer" é um dos gritos de guerra. Um cartaz diz: PMDB: Partido Mais Desmoralizado do Brasil".

    Em São Paulo, milhares de representantes de dezenas de entidades e movimentos sociais realizam na Praça da Sé mais um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo a Polícia Militar, ainda não há estimativa de público.

    Estão presentes no ato integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da juventude de partidos como PT e PSOL. Também há pessoas sem vinculação com partidos ou entidades.
    Manifestantes se reunem no estacionamento do estádio Mané Garrincha, em Brasília - André Coelho / Agência O Globo

    Em Brasília, manifestantes se concentram em torno do estádio Mané Garrincha, de onde sairá a marcha em defesa da presidente Dilma. Militantes discursam contra o "golpe", referindo-se ao processo de impeachment em curso na Câmara, enquanto ressaltam a importância de programas sociais, como o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida. A Polícia Militar estimou às 16h20 um público de cerca de 9 mil pessoas no local.

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    Em Maceió, dezenas de pessoas estão concentradas na Praça Monte Pio, no centro da cidade. Ainda não foi divulgada uma estimativa do número de participantes. No município de Araci, na Bahia, cerca de 500 pessoas, segundo os organizadores, se reuniram na Praça da Conceição no final de manhã, com gritos ‘contra o golpe’. Segundo cálculos da PM, o número de participantes era de 40 a 50.

    Em Fortaleza, as pessoas, muitas usando vermelho e com faixas pedindo democracia, se concentram na Praça da Bandeira, no centro. O ato prevê uma caminhada até a Praça Almirante Jaceguaí. Ainda não há uma estimativa do número de participantes.

    No Maranhão, o ato em São Luís começou por volta das 16h na Praça João Lisboa, no centro. Ainda não há estimativa do número de manifestantes.

    O ato começou por volta das 16h. Os manifestantes estão concentrados na Praça João Lisboa, no Centro da capital. A previsão é de que seja realizada passeata passando pela Rua Grande, com chegada na Praça Deodoro.

    A Paraíba teve manifestações em três cidades. Na capital João Pessoa, manifestantes se concentram em quatro pontos diferentes. A previsão é que todos se reúnam a partir das 18h no Ponto de Cem Réis, no centro da cidade. Em Cajazeiras, cerca de 1.200 pessoas segundo os organizadores, 500 segundo a PM, se concentraram no começo da manhã em frente à Câmara de Vereadores, pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e defendendo Dilma e o ex-presidente Lula. O ato acabou por volta das 15h. Em Campina Grande, a manifestação estava marcada para começar às 15h, mas até o momento poucas pessoas se reuniram na Praça Clementino Procópio.

    A cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, tem manifestação em frente ao Bosque Guarani. Não há ainda uma estimativa do número de participantes. No Piauí, os manifestantes se concentram na Avenida Frei Serafim, em Teresina.

    Em Recife, a Frente Brasil Popular, que reúne partidos como PT e PCdoB e entidades como MST, UNE e CUT, organizou o evento chamado ‘Ato em defesa da democracia e dos direitos sociais’, na Praça do Derby. Segundo os organizadores, 17 mil pessoas estão participando - a PM ainda não divulgou uma estimativa. Pernambuco teve ainda atos em Garanhuns e Floresta. Em Garanhuns, onde Lula nasceu, cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores, mil segundo a PM, realizaram uma manifestação a favor do governo de Dilma e em defesa da posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Já em Floresta, manifestantes se reuniram em frente ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais e saíram em caminhada pelas ruas da cidade. Os organizadores estimaram a presença de cerca de 1,5 mil pessoas, enquanto a PM calculou cerca de 200 pessoas.

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    Em Rio Grande do Norte, cerca de 25 mil manifestantes, segundo os organizadores, se concentram em frente ao shopping Midway Mall. A PM não divulgou ainda sua estimativa. A cidade de Pau dos Ferros teve pela manhã uma manifestação com cerca de 1,5 mil pessoas, segundo os organizadores. A PM estimou o número de participantes em 300.

    Em Sergipe, manifestantes se reuniram na Praça General Valadão, no centro de Aracaju, protestando em defesa da democracia. O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular.
    Manifestantes se concentram, no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro - Daniel Marenco / Agência O Globo

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    4 comentários

        Que País É Esse • há 1 minuto

        Não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram. A administração federal não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo", Adilson Moreira, ao pedir demissão do comando da Força Nacional.

        Batigolles • há 3 minutos

        A analogia apresentada pelo professor da UERJ, Ricardo Lodi, é sofismática e até mesmo tosca. A diferença nodal entre ARQUITETOS e BANCOS está em que somente os últimos fazem empréstimos. Sendo o crédito destes, os bancos, de natureza financeira. Portanto a pedalada é mesmo uma OPERAÇÃO DE CRÉDITO ENRRUSTIDA, para usar outra analogia, agora porém mais apropriada ao caso.

        Lucia Pereira da Silva • há 5 minutos

        Os transloucados, preconceituosos e xiitas tiveram a sua primeira derrota séria no STF kkkk STF mostrou quem manda e que não segue e não é manobrado pelas grandes corporações.    Fico vendo a cara daqueles gordões da classe média alta e os velhos fétidos da zona sul do Rio e De São paulo pau da vida.    Não vai ter golpe!

        Marcos Fernandes • há 5 minutos

        Manifestantes tem muito pouco o que tem mais é militantes pagos  para se manifestar e levar pessoas sem saber o que está acontecendo basta ver a quantidade de ónibus em várias cidades terrorismo mentindo que o bolsa família vai acabar o país não pode mais conviver com tanta farra do dinheiro público e roubado

manifestações pelo país SIGA: 16 estados e o DF têm atos contra impeachment Supremo confirma decisão que tirou de Moro investigações sobre Lula Corte ainda vai analisar o que poderá voltar para a primeira instância. Relator disse que uma das gravações com Dilma pode ser invalidada.

manifestações pelo país
SIGA: 16 estados e o DF têm atos contra impeachment

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julgamento no supremo

31/03/2016 16h55 - Atualizado em 31/03/2016 17h29
Supremo confirma decisão que tirou de Moro investigações sobre Lula
Corte ainda vai analisar o que poderá voltar para a primeira instância.
Relator disse que uma das gravações com Dilma pode ser invalidada.

Renan RamalhoDo G1, em Brasília

 O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quinta-feira (31) a decisão da semana passada do ministro Teori Zavascki – relator dos processos da Lava Jato na Corte – de retirar do juiz federal Sérgio Moro as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O magistrado também havia determinado o sigilo sobre gravações do ex-presidente com diversas autoridades, incluindo a presidente Dilma Rousseff.

24ª FASE DA LAVA JATO
Lula é um dos alvos da operação

    R$ 30 mi em doação e repasse
    entenda as suspeitas
    alvos da operação
    lula: 'me senti um prisioneiro'
    dilma: 'inconformada'
    instituto lula: 'ação arbitrária'
    confronto entre manifestantes
    fotos
    repercussão internacional
    cobertura em tempo real

Com a decisão, os autos irão ficar sob a responsabilidade do STF, que depois vai analisar, no mérito do caso, o que deve permanecer sob investigação da Corte e o que deverá ser remetido de volta para a primeira instância, por envolvimento de pessoas sem prerrogativa de foro.

As apurações tratam, por exemplo, da suspeita de que construtoras envolvidas em corrupção na Petrobras prestaram favores ao ex-presidente na reforma de um sítio em Atibaia (SP) e de um tríplex em Guarujá (SP).

Votaram favoravelmente à decisão liminar (provisória) de Teori Zavascki os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

Somente os ministros Luiz Fux e e Marco Aurélio Mello votaram a favor de separar, de imediato, as investigações, para trazer ao STF somente elementos relacionados a autoridades com o chamado foro privilegiado.

Tanto a decisão liminar de Teori Zavascki, quanto o julgamento desta quinta, não interferem na liminar concedida no dia 18 pelo ministro Gilmar Mendes que suspendeu a nomeação de Lula  para a chefia da Casa Civil.

Formalmente, portanto, Lula continua sem o chamado foro privilegiado. As investigações subiram ao STF por causa do envolvimento de outras autoridades que só podem ser investigadas pela Corte.

Ao reafirmar seu decisão liminar na sessão desta quinta, Teori argumentou que a decisão de Moro de divulgar as conversas interceptadas de Lula “feriu a competência” do STF.

“O magistrado, ao constatar a presença de autoridades com prerrogativa de foro, deveria encaminhar conversas interceptadas para o Supremo Tribunal Federal. A decisão de divulgar as conversas da presidente, ainda que encontradas fortuitamente, não poderiam ter sigilo retirado por juiz de primeira instância”, afirmou.

'Usurpação de competência'
Mais cedo na sessão, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, alegou que a decisão do juiz federal do Paraná foi uma “usurpação” de competência do STF. Cardozo também invocou o direito à privacidade ao contestar a divulgação das conversas.

“No caso específico da senhora presidenta da República, houve, sim, violação às regras de segurança nacional. Não porque o conteúdo da fala afete a segurança nacional. Mas porque o sigilo telefônico da chefia do Executivo, da chefe de governo e da chefe de Estado, é questão de segurança nacional”, ressaltou o chefe da AGU.

Um dos únicos ministros a divergir de Teori Zavascki quanto à remessa das investigações, Fux disse que discordava do “sobrestamento de tudo”, em referência à determinação de suspender todo o caso de Lula.

“Entendo que não se deve sobrestar as ações em relação a imputados que não têm prerrogativa de foro, porque as ações não são conexas, os fatos são complemente diferentes e não gerarão um processo simultâneo”, observou o ministro.

Validade das interceptações
No momento em que leu seu relatório, Teori Zavascki indicou que uma das gravações entre Lula e Dilma, captada no último dia 16, pode ser invalidada como prova. A conversa foi interceptada após decreto de Moro que encerrou as investigações e a própria escuta.

“Uma das mais importantes conversas tornadas públicas foi gravada depois de ter sido suspensa a ordem de interceptação. De modo que será muito difícil convalidar a validade dessa prova. Mas isso de qualquer modo não está aqui em questão”, afirmou.

A validade da gravação como prova num eventual processo contra Lula ou Dilma será analisada posteriormente, no curso de um inquérito, por exemplo.

Ao analisar a gravação, para suspender Lula da Casa Civil, o ministro Gilmar Mendes, por exemplo, viu indícios de desvio de finalidade por parte de Dilma. À mesma conclusão chegou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em parecer enviado ao STF. A suspeita é que a nomeação ocorreu para suspender e atrasar as investigações sobre Lula.
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Golpe contra os pobres, mais golpe é contra o Nordeste. Por Vandeck Santiago

Golpe contra os pobres, mais golpe é contra o Nordeste. Por Vandeck Santiago

Excelente artigo de Vandeck Santiago, no Diário de Pernambuco, sobre os efeitos do golpe de 64 sobre a afirmação do Nordeste, onde a ditadura concentrou renda, aumentou a desigualdade e afastou da política os...


freire
Excelente artigo de Vandeck Santiago, no Diário de Pernambuco, sobre os efeitos do golpe de 64 sobre a afirmação do Nordeste, onde a ditadura concentrou renda, aumentou a desigualdade e afastou da política os nomes mais combativos,
Vandeck Santiago
Imagine o prejuízo que é para um país perder de uma vez só intelectuais como o economista Celso Furtado, o geógrafo e sociólogo Josué de Castro e o educador Paulo Freire. Os três com atuação inovadora: Celso contra a desigualdade regional; Josué, contra a fome; Freire, contra o analfabetismo.
Pois bem, o Brasil perdeu a contribuição dos três de uma tacada só. Aconteceu logo após o golpe de 1964. Celso Furtado, imaginem, foi cassado logo na primeira lista de cassações, de 9 de abril. E Paulo Freire, vejam só, chegou a ser preso – passou 72 dias na cadeia. Quando saiu, partiu para o exílio.
Se a perda de três nomes desse nível seria um prejuízo tremendo para um país, imaginem para uma região. E imaginem se a região for a mais pobre do país. Pois bem, aconteceu: a região onde os três atuavam era o Nordeste.
Se este fosse o único prejuízo trazido pelo golpe civil-militar de 1964 – que começou em uma data como a de hoje, 31 de março, e consolidou-se no dia seguinte -, já seria suficiente para merecer a condenação de todos que desejam um país justo e democrático para todos. Os danos, porém, foram bem maiores.
O golpe daquele ano implantou uma ditadura que durou 21 anos. Cassou políticos e intelectuais, afastou sindicalistas combativos, instituiu a censura na imprensa e nas artes, calou as universidades, prendeu opositores, torturou, concentrou renda nas mãos dos mais ricos, aumentou a desigualdade social, fez crescer o êxodo rural.
Tirou de cena políticos como Miguel Arraes, Leonel Brizola, João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda (que estimulou o golpe e acabou sendo tragado por ele), Pelópidas da Silveira, Francisco Julião, Jânio Quadros, Waldir Pires, Seixas Dória (governador de Sergipe), Djalma Maranhão (prefeito de Natal,RN) e dezenas de outros. O que houve na política aconteceu também nos sindicatos, entidades do movimento social, universidades e diversas outras áreas. Se vocês me permitem uma analogia com o futebol, é como se de repente os times que hoje estão na Série A do campeonato brasileiro fossem afastados e substituídos por equipes das séries B e C, e até D, em alguns casos. Saíram os que desejavam mudanças, e entraram os subservientes, que aceitaram a ruptura da democracia.
Em momentos assim, os maiores perdedores são os mais pobres, que perdem seus principais defensores e o poder de pressão que desfrutam num ambiente de eleições livres. Foi isso que aconteceu em 1964, e quem atesta é ninguém menos que Celso Furtado, em depoimento dado em 2004, ou seja, 40 anos depois do golpe, com a poeira baixada e tempo de sobra para analisar o que aconteceu. “Tenho a impressão de que o Nordeste, onde eu estava na época, foi a região mais prejudicada pelo golpe”, diz Celso Furtado. “A região do país que havia acumulado maior atraso social era o Nordeste. O atraso aumentou ainda mais com a mudança. O movimento de 1964 passou despercebido em várias partes do país. Foi um golpe a mais, mesmo em São Paulo houve atendimento de certos interesses econômicos e a região se acomodou”.
Celso Furtado foi o primeiro e o mais prestigiado superintendente da Sudene, criada em 1959, numa época em que a autarquia era ligada diretamente ao presidente da República (por aí vocês veem a prioridade que se dava ao Nordeste na época). Depois do golpe, a Sudene passou a ser subordinada diretamente não ao presidente da República, mas a um ministério. A pessoa que substituiu Furtado no comando da Sudene, no pós-golpe, era um bom técnico, mas hoje você só sabe o nome dele se pesquisar no Google. E da sua gestão não ficou nada grandioso como o que acontecera antes. Taí um bom exemplo da substituição que a ditadura promoveu, quando a Série A foi afastada, dando lugar às séries B e C.
Aí você dá um pulo para 20 de julho de 1978 e acontece um episódio interessante. Delfim Netto era o ministro todo-poderoso da área econômica. Os governadores do Nordeste encontraram-se com ele, em Brasília, e fizeram reivindicações para a região. “O Brasil é uma nação”, respondeu Delfim. “E a proposta do governo é desenvolver todas as regiões, e não apenas esta ou aquela”. Toda a prioridade que o Nordeste tivera até então, nos governos JK e João Goulart, antes do golpe, tornara-se uma simples referência do passado. A frase de Delfim era o epitáfio do tempo que passara.
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Ao vivo, pela TVT, as manifestações contra o golpe PMDB e a arte do cinismo. Por Marcel Frison Teori, demolidor: Moro não podia ter divulgado gravação. E sinaliza anulação de grampo a Dilma

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PMDB e a arte do cinismo. Por Marcel Frison

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O PMDB e a arte do cinismo. Por Marcel Frison

O PMDB decidiu sair do Governo Dilma, do ponto de vista da governabilidade, nada mais irrelevante. Eduardo Cunha, como Líder de Bancada do PMDB, foi, em tempos de paz, um dos maiores opositores ao...

veneno
O PMDB decidiu sair do Governo Dilma, do ponto de vista da governabilidade, nada mais irrelevante.
Eduardo Cunha, como Líder de Bancada do PMDB, foi, em tempos de paz, um dos maiores opositores ao Governo Dilma na Câmara Federal. Basta ouvir seus discursos proferidos naquele plenário ao longo dos seus mandatos. A sua disposição contrária se intensificou, segundo o delator Delcídio do Amaral, quando Dilma interveio no comando de Furnas e retirou seus amigos e as tetas da “vaca” secaram. Como presidente da Câmara é desnecessário descrever.
Temer, o vice-presidente, como companheiro de chapa, pouco ou nada trouxe de votos na duríssima batalha eleitoral que foi travada em 2014. Lembro-me das suas agendas no Rio Grande do Sul durante as eleições, em nenhum momento enfrentou (nem com luvas de pelica) a linha radical de oposição da secção gaúcha e reservou-se a converter os convertidos das relações do então Ministro Padilha. Nas manifestações públicas pautou-se pelo comedimento e a dubiedade, portanto, sequer se dispôs a disputar a base eleitoral do seu partido.
No governo, Temer cumpriu com maestria sua vocação de despachante-mor, a cada crise criada por Cunha na chamada base aliada, ele entrava em jogo angariando mais espaço de poder para os seus asseclas no governo. Um jogo, inexplicavelmente, tolerado pela direção do governo Dilma.
No terreno da política, Temer e o PMDB foram o anteparo conservador que barrou por dentro do governo e no Congresso Nacional iniciativas estratégicas que tanto Lula como Dilma deveriam ter colocado em curso, como a reforma política, a democratização da mídia, a reforma tributária (de natureza progressiva), entre outras, que nos permitiriam vivenciar uma situação diferente desta que enfrentamos.
Isto posto, a importância de Temer e o PMDB para a governabilidade, espremidas as análises, é perto do zero.
O delírio da maioria da direção nacional do PT, do governo, de Lula e da Dilma, foi tratar o PMDB como um partido de verdade, como jamais foi na sua história e tampouco é na atualidade. O PMDB é uma federação de interesses setoriais e regionais, orbitando em torno de uma relação fisiológica com o Poder Central.
Evidente que existe (e não devemos, em hipótese alguma, desprezar) uma parcela significativa de integrantes do PMDB, composta por governadores, prefeitos, senadores, deputados federais e dirigentes, que se manteve e se mantém fiel ao governo Dilma, porém, isto é consequência de relações constituídas através da implementação do projeto de desenvolvimento que ensejamos e pelas afinidades políticas decorrentes , independente das posições assumidas por sua direção nacional.
Estes, inclusive, não estavam na decisão, saudada como histórica, do seu Diretório Nacional que foi construída democraticamente em três minutos. Na moção aprovada destacam-se algumas pérolas:
“Considerando as graves denúncias de participação de integrantes do Governo Federal em escândalos de corrupção”;
“Considerando que as bases e a militância do PMDB já não concordam integrar o governo da Presidente Dilma Rousseff”;
“Considerando que a permanência do PMDB na base do governo fomentará uma maior divisão no partido”;
“Considerando, principalmente, o anseio do povo brasileiro por mudanças urgentes na economia e na política nacional”;
“Solicitamos a imediata saída do PMDB da base de sustentação do Governo Federal, com a entrega de todos os cargos em todas as esferas da Administração Pública Federal”.
E terminaram o encontro aos gritos de “Temer presidente”! E “Fora PT”!
Temer não foi à reunião, quis postar-se de estadista.
O cinismo é uma arte.
A mídia certamente vai utilizar-se do episódio no único sentido prático a ser extraído, o recado simbólico da adesão oficial do vice-presidente e de seu partido no Golpe, em sua tradução torturante – impeachment constitucional.
Paradoxalmente, pode ser a melhor coisa que aconteceu à Dilma no último período. Uma oportunidade para recompor a base aliada no Congresso, porém, não somente isto, mas a chance de compor um novo governo. Um governo para tempos de guerra.
Eu começaria pelo PMDB, convidando o Requião e o Temporão para assumir espaços no novo ministério. Ciro Gomes seria de fundamental importância. Abriria os olhos e os ouvidos para perceber que no seu partido, o PT, além de Lula, tem quadros com grande capacidade e representatividade social que podem qualificar o governo e fazer a diferença na disputa política.
E, por fim, partindo da premissa de que traidores não são bons convivas, não esqueceria de demiti-los, todos, do seu governo (para identificar não precisa muito, basta uma espiadela nos perfis do facebook e do twitter), a começar por desmontar o gabinete do vice-presidente. Um convite formal para a sua renúncia.
Isto tudo pode parecer óbvio.
Perceber o óbvio também é uma arte.

Teori, demolidor: Moro não podia ter divulgado gravação. E sinaliza anulação de grampo a Dilma

O Ministro Teori Zavascki acabou e fazer a defesa de sua liminar que tirou de Sérgio Moro o inquérito que contém as gravações, divulgadas por Sérgio Moro, dos diálogos do ex-presidente Luís Inácio Lula...

Teori, demolidor: Moro não podia ter divulgado gravação. E sinaliza anulação de grampo a Dilma

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O Ministro Teori Zavascki acabou e fazer a defesa de sua liminar que tirou de Sérgio Moro o inquérito que contém as gravações, divulgadas por Sérgio Moro, dos diálogos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Não deixou espaço a dúvidas: Moro violou a lei e a Constituição ao avocar-se o que só do STF é competência, o exame destas conversas. Desqualificou, assim as “justificativas” de Moro de que a divulgação atendia ao “interesse público”.
E sinalizou, embora não estivesse em questão o mérito das supostas “provas”, que a atitude do juiz do Paraná, que elas podem vir a ser, até, anuladas.
Moro sairá deste julgamento – apesar da melíflua defesa que José Eduardo Cardozo fez de sua operosidade que Luiz Fux espertamente “matou no peito” para acompanhar – reduzido a um trapo de legitimidade.
Fica, porém, a questão: reconhecida a ilegalidade da divulgação das conversas, decisão sobre esta divulgação tomadas – até porque elas não tinham de outra forma chegado ao STF – como pode prevalecer a decisão de Gilmar Mendes de suspender a posse de Lula na Casa Civil.
A liminar será, está evidente, provavelmente por unanimidade por, ao que me parece, não está presente.

Ao vivo, pela TVT, as manifestações contra o golpe

Estou colocando no blog um pouco antes, porque estou indo para a manifestação no Centro do Rio e, via celular, as chances de não conseguir acionar são grandes. Clicando no post, você vai poder...

Ao vivo, pela TVT, as manifestações contra o golpe

marcha
Estou colocando no blog um pouco antes, porque estou indo para a manifestação no Centro do Rio e, via celular, as chances de não conseguir acionar são grandes. Clicando no post, você vai poder assistir à transmissão do ato em São Paulo e flashes de outras capitais brasileira.
Tomara que você não esteja vendo este post, porque esteja vendo ao vivo, presente nos atos de sua cidade. Mas, se não pôde, tento suprir com a transmissão. Perdoe qualquer problema técnico e compreenda que, ao final, pode ser que a transmissão termine antes de eu poder readequar o site.

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