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Anonymous reclamam ataque a páginas do Governo angolano

Imagem de arquivo
| Nuno Pinto Fernandes / Global Imagens
"Os verdadeiros criminosos estão cá fora, defendidos por um sistema capitalista", escreveram os hackers
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de duas dezenas de páginas de internet do Governo central, ministérios,
governos provinciais e entidades públicas angolanas ficaram
inacessíveis durante o dia de hoje, constatou a agência Lusa, tendo o
grupo autodenominado Anonymous Portugal reivindicado tratar-se de um
ataque.
Na mesma nota, colocada na
página do grupo nas redes sociais, o alegado ataque informático é
relacionado com a condenação de 17 ativistas, pelo tribunal de Luanda,
na segunda-feira, a penas de dois anos e três meses a oito anos e seis
meses de prisão, por atos preparatórios para uma rebelião e associação
de malfeitores.
"Os verdadeiros
criminosos estão cá fora, defendidos por um sistema capitalista que cada
vez mais se propaga na mente das pessoas fracas e carentes de
independência intelectual, não te deixes levar", lê-se, numa mensagem
que faz ainda alusão às penas de prisão.
Entre as páginas que estiveram inacessíveis durante o dia de terça-feira contavam-se a do governo central, da secretaria do conselho de ministros e ministério da Saúde, entre outros.
A mensagem faz referências ainda a "lusofonia" e "Luaty" (Beirão), este último um rapper e
engenheiro luso-angolano de 34 anos condenado pelo tribunal de Luanda a
cinco anos e seis meses de prisão, pena que já começou a cumprir
segunda-feira, juntamente com os restantes 16 ativistas.
Internacionalmente,
estes ativistas têm sido classificados como presos políticos - 15 dos
quais já cumpriram prisão preventiva, antes de serem julgados, durante
seis meses -, por serem opositores ao regime angolano, conotação sempre
negada pelo Governo, que afirma tratar-se de um assunto da esfera
judicial.
Organizações internacionais
colocaram entretanto em causa a justiça do julgamento a que estiveram
submetidos estes ativistas no tribunal de Luanda desde 16 de novembro de
2015 e criticando as penas aplicadas.
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