O presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta terça-feira
(29) que a votação em plenário do pedido de impeachment de Dilma
Rousseff deve levar três dias. Réu no Supremo Tribunal Federal por
envolvimento com esquema de propina na Petrobras, ele voltou a destacar
que presidirá as sessões. Deputados do PT, Rede, Psol e de
outros partidos abriram faixas no plenário da Câmara com os dizeres
"Fora Cunha!!!" e "Cunha: sem legitimidade para conduzir impeachment",
após a oficialização da saída do PMDB. Silvio Costa (PTdoB-PE) acusou o
peemedebista e presidente da Fiesp, Paulo Skaf, de ter um "comportamento
de canalha" por promover campanha pró-impeachment, e alertou que o PMDB
arquiteta um golpe, prometendo cargos em um eventual governo Temer.
"Quero
dizer que na comissão do impeachment nós já perdemos. A luta é aqui no
plenário", disse o vice-líder, emendando que a cúpula da comissão
especial do impeachment foi formada com a "bênção" de Cunha e que este
almeja, na verdade, ser vice-presidente da República. "Não vai ser",
completou. o presidente da Câmara, que conduzia a sessão, seguiu a
votação sem responder às críticas. Parlamentares abriram faixa "Fora Cunha" no plenário da CâmaraRenan Calheiros (PMDB-AL) ressaltou nesta terça-feira que, caso o processo de impeachment seja aprovado na Câmara, ele definirá junto com o Supremo Tribunal Federal (STF) um cronograma para a análise do Senado.
“Se
esse processo chegar ao Senado, e eu espero que não chegue, vamos,
juntamente com o Supremo Tribunal Federal, decidir um calendário. A
Constituição prevê que esse julgamento aconteça em até seis meses”,
garantiu Renan.
O partido dos presidentes das duas casas anunciou
oficialmente o rompimento com o governo Dilma Rousseff na tarde desta
terça-feira (29), não por contagem de votos mas por aclamação, atestando
que a partir de agora os integrantes da legenda não têm permissão para
ocupar cargos no Executivo. Os ministros devem entregar os cargos até
meados de abril, e o PMDB ainda pode considerar o pedido de outros para
licença da legenda.
A Comissão Especial do Impeachment na Câmara
dos Deputados suspendeu a sessão por volta das 14h desta terça-feira
(29), depois de ter aprovado os primeiros requerimentos de depoimentos
de defesa e de acusação dentro do processo. Prazos do processo de
impeachment
Cunha explicou o prazo de votação do processo de
impeachment levando em conta o prazo de uma hora para o pronunciamento
de cada um
dos 25 partidos com representação na Casa, além da possibilidade de cada
uma das lideranças usarem a palavra para discursar.
O prazo para
a presidente Dilma apresentar sua defesa termina nesta segunda-feira
(4). Após a apresentação, a comissão terá até cinco sessões para aprovar
relatório, que vai a plenário para pelo menos duas sessões. A intenção
de Cunha seria marcar a votação decisiva para um domingo. Para chegar ao
Senado, é preciso o voto de pelo menos 342 dos 513 deputados.
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