Estado-Maior de Israel pede que soldados atuem de maneira comedida Governo da Colômbia anunciará em Caracas diálogos de paz com o ELN

  • 30/03/2016 - 15:50

    Estado-Maior de Israel pede que soldados atuem de maneira comedida



    (Arquivo) Soldados israelenses em ação durante um protesto na Rua Al-Shuhada, em Hebron, no dia 20 de fevereiro de 2016
    O chefe do Estado-Maior de Israel, general Gadi Eisenkot, pediu nesta quarta-feira aos soldados que atuem de "maneira comedida", depois do escândalo provocado por um militar acusado de atirar contra um agressor palestino já ferido.
    "Em todo momento devemos agir de maneira profissional, recorrendo à força de forma comedida e equilibrada, para permanecermos fiéis a nossos valores", afirmou em uma carta aberta difundida pelo exército.
    "Não hesitaremos em pedir contas aos soldados e oficiais que não respeitarem os critérios operacionais e morais que guiam nossas ações", advertiu ainda.
    O soldado é acusado de disparar na cabeça de um palestino já ferido a bala depois que este atacou com uma faca vários militares israelenses em Hebron, na Cisjordânia, no último dia 24.
    Ativistas de extrema-direita e deputados da oposição acusam o comando, o chefe de Governo, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Moshé Yaalon, de não ater apoiado o militar, apresentado como "vítima de um linchamento midiático".
    O soldado envolvido, que tem dupla nacionalidade franco-israelense, não teve seu nome revelado, mas compareceu ante um tribunal militar. Sua prisão foi prorrogada até quinta-feira.
    Os defensores alegam que o palestino poderia ter um cinturão de explosivos escondido debaixo da roupa.
    O vídeo feito por um ativista mostra os outros soldados visivelmente despreocupados ante o palestino agonizante.
    O caso suscitou uma discussão em Israel sobre a ética nas ações do exército, mas, segundo pesquisa recente, 57% dos israelenses são contrários a que o soldado seja levado a julgamento.
    • 30/03/2016 - 16:00

      Governo da Colômbia anunciará em Caracas diálogos de paz com o ELN



      (Arquivo) O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em Bogotá, no dia 17 de março de 2016
      O governo da Colômbia anunciará nesta quarta-feira, em Caracas, o início dos diálogos de paz com a guerrilha do ELN, com a qual mantém conversações exploratórias há mais de dois anos para por fim a meio século de conflito armado.
      "O governo da Colômbia e o Exército da Libertação Nacional (ELN) convidam os meios de comunicação nacionais e internacionais a um anúncio conjunto que será realizado ao fim do dia 30 de março de 2016 em Caracas", assinala o Escritório para a Paz da Presidência colombiana em um comunicado.
      O governo de Juan Manuel Santos se encontra desde janeiro de 2014 em diálogos preliminares com a guerrilha do ELN visando a uma negociação formal e similar à que desenvolve há mais de três anos em Cuba com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
      Fontes oficiais indicaram que no ato desta quarta estará presente Frank Pearl, delegado do governo no processo de paz com as Farc e encarregado das negociações na fase exploratória com o ELN.
      Os diálogos com o ELN, segunda guerrilha colombiana depois das Farc, transcorrerão principalmente no Equador, mas não foi descartado que outros países da região também possam ser a sede do processo.
      O ELN, fundado em 1964 sob influência da revolução cubana, conta atualmente com 1.500 combatentes, segundo cifras oficiais.
      O conflito colombiano, que começou com um levante camponês nos anos 1960, foi protagonizado, em mais de 50 anos, por guerrilhas de esquerda, paramilitares de direita e forças pública, e deixou 260.000 mortos, 45.000 desaparecidos e 6,8 milhões de deslocados.
      copiado  http://www.afp.com/pt/

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