Itamar e Temer: a diferença que faz um político ter caráter
Se alguém quer saber do caráter de um político, veja como ele se
comporta diante da perspectiva de poder. A segunda metade do século 20
tem vários exemplos. Na primeira interrupção de mandato presidencial,...
Se alguém quer saber do caráter de um político, veja como ele se comporta diante da perspectiva de poder.
A segunda metade do século 20 tem vários exemplos.
Na primeira interrupção de mandato presidencial, Café Filho negou lealdade a Getúlio e saiu da História para entrar no esquecimento, tendo de renunciar, sob alegadas razões de saúde, já em meio às articulações de um golpe para impedir a posse de Juscelino Kubitschek.
Na segunda, com a renúncia de Jânio Quadros, não só Jango não teve qualquer participação como seu cunhado, Leonel Brizola, ofereceu o apoio para a resistência, se Jânio estivesse sendo vítima de algum golpe.
Pedro Aleixo, que assumiria a vaga pela doença e, a seguir, a morte de Costa e Silva teve seu mandato de vice extinto pelos detentores reais do poder.
Já na democracia, tivemos o episódio Collor. Itamar Franco já tinha rompido politicamente com o Presidente, mas não fez nenhuma articulação. Recolheu-se ao silêncio, não conspirou, não se exibiu, não se serviu da situação, mesmo já estando na cota de desafetos pessoais do presidente em desespero.
Em 2009, o site Terra rememorou a atitude de Itamar:
Lembro a frase de Leonel Brizola, que talvez muitos conheçam: “a política ama a traição, mas logo passa a abominar o traidor.”
copiado http://www.tijolaco.com.br/
Itamar e Temer: a diferença que faz um político ter caráter
Se alguém quer saber do caráter de um político, veja como ele se comporta diante da perspectiva de poder.
A segunda metade do século 20 tem vários exemplos.
Na primeira interrupção de mandato presidencial, Café Filho negou lealdade a Getúlio e saiu da História para entrar no esquecimento, tendo de renunciar, sob alegadas razões de saúde, já em meio às articulações de um golpe para impedir a posse de Juscelino Kubitschek.
Na segunda, com a renúncia de Jânio Quadros, não só Jango não teve qualquer participação como seu cunhado, Leonel Brizola, ofereceu o apoio para a resistência, se Jânio estivesse sendo vítima de algum golpe.
Pedro Aleixo, que assumiria a vaga pela doença e, a seguir, a morte de Costa e Silva teve seu mandato de vice extinto pelos detentores reais do poder.
Já na democracia, tivemos o episódio Collor. Itamar Franco já tinha rompido politicamente com o Presidente, mas não fez nenhuma articulação. Recolheu-se ao silêncio, não conspirou, não se exibiu, não se serviu da situação, mesmo já estando na cota de desafetos pessoais do presidente em desespero.
Em 2009, o site Terra rememorou a atitude de Itamar:
Durante esse período, Itamar Franco
acompanhou de longe o desenrolar da crise. Mesmo com seus principais
assessores da Vice-Presidência, como Henrique Hargreaves, a quem sempre
se dirigiu como “irmão”, Itamar desconversava sempre que o assunto vinha
à tona. “Durante todo o processo ele (Itamar Franco) não conversava com
ninguém. Mesmo quando a crise aprofundou-se, eu disse a ele que deveria
estar preparado porque poderia ter que assumir a Presidência da
República. Itamar foi taxativo: ‘Não, isso não é assim e o governo vai
saber sair disso'”, relatou Hargreaves.
Em 2 de outubro daquele ano, ao
assumir provisoriamente a Presidência da República em decorrência do
pedido de afastamento do então presidente Collor, Itamar permaneceu no
gabinete da Vice-Presidência. A partir da tramitação do processo de
impeachment no Senado, já autorizado pela Câmara, ele “se fechou” ainda
mais com seus assessores.
Mesmo assim, Itamar Franco manteve um
pequeno núcleo, incluindo Hargreaves, com quem discutia a crise. Não
eram raros os momentos em que a sua assessoria de imprensa ligava para
alguns poucos jornalistas que cobriam a Presidência da República para
“tomar um cafezinho com o presidente”. Essa era a senha para conversas
em off com esses repórteres e mesmo quando indagado sobre a sua
efetivação no cargo a partir da cassação de Collor, o presidente em
exercício apenas olhava vagamente para um ponto qualquer.
Julgue você mesmo o comportamento de Michel Temer, diante do procedimento de um homem de caráter.Lembro a frase de Leonel Brizola, que talvez muitos conheçam: “a política ama a traição, mas logo passa a abominar o traidor.”
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