Crise politica sepulta anistia ao caixa 2
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Crise politica sepulta anistia ao caixa 2
Graças a Geddel, o Ministério Público pode levar a melhor no cabo de guerra que travou com o Congresso ao longo da semana. Estando tudo preparado para a votação da emenda na quinta-feira, o súbito adiamento para terça-feira próxima, atribuído às pressões externas, como a nota do juiz Sérgio Moro, em verdade foi decidido porque o Palácio já sabia da bomba que fora armada pelo ex-ministro Marcelo Calero com seu depoimento à Polícia Federal, e com suas gravações. Temer e seus articuladores concluíram que não era hora para aquela ousadia, que agora pode ter sido definitivamente comprometida. Na terça-feira, ninguém sabe como estará a temperatura política. Os congressistas queriam votar a anistia sem deixar impressões digitais, em votação simbólica ou voto não-nominal. Mas Temer teria que dispor de um mínimo de moral para sancionar a lei. Agora, parece difícil que ela possa fazer isso. Votar sem garantia de sanção não adiantará nada.
O desespero para votar logo a tal anistia era para que ela ocorresse antes da delação da Odebrecht. Pois quando começarem a aparecer os nomes dos mais de 100 parlamentares que devem ser delatados, nenhum deles poderá, por determinação constitucional, participar de tal votação. Nenhum parlamentar pode votar matéria que o beneficie diretamente. Então, se Inês não está morta, está morimbunda.
E assim segue o Brasil, sangrando, perdendo empregos, com a economia se desmilinguindo, sem norte e sem rumo, às voltas com o governo “ruim mas é o que temos”, segundo FHC, à espera de que algo aconteça. Algo que ponha fim a esta anomalia política, jurídica e econômica instaurada pelo golpe parlamentar.
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