Temer lamenta que “um episódio menor” – o embargo a um prédio em área histórica de Salvador, no qual Geddel tem um apartamento – tenha gerado tanta tensão política. Ele confirma a versão de Calero para a Polícia Federal sobre as duas conversas que teve com Calero antes que este pedisse demissão e diz que, de fato, recomendou que procurasse a Advocacia Geral da União (AGU), órgão adequado para agir nesse tipo de conflito. Só rebate que tenha tido “algum tipo de enquadramento”.
“Disputas entre ministros é a coisa mais natural, vive acontecendo. Não sei por que esse rapaz (Calero) reagiu dessa forma”, diz o presidente, confirmando que insistiu para que ele permanecesse na Cultura e supondo que o ex-ministro tenha agido por influência de “amigos do Rio de Janeiro”.
Política
Temer reage
Eliane Cantanhêde
25 Novembro 2016 | 11h51
O presidente Michel Temer captou a gravidade da
crise e decidiu reagir, aceitando (ou induzindo?) o pedido de demissão
do secretário de Governo, Geddel Vieira Lima, e negando peremptoriamente
que tenha tentado “enquadrar” 0 ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
“Ora vejam, quem me conhece sabe que eu não sou de sair ‘enquadrando’
ninguém. O que eu falei a ele foram coisas absolutamente normais”.
Temer lamenta que “um episódio menor” – o embargo a um prédio em área histórica de Salvador, no qual Geddel tem um apartamento – tenha gerado tanta tensão política. Ele confirma a versão de Calero para a Polícia Federal sobre as duas conversas que teve com Calero antes que este pedisse demissão e diz que, de fato, recomendou que procurasse a Advocacia Geral da União (AGU), órgão adequado para agir nesse tipo de conflito. Só rebate que tenha tido “algum tipo de enquadramento”.
“Disputas entre ministros é a coisa mais natural, vive acontecendo. Não sei por que esse rapaz (Calero) reagiu dessa forma”, diz o presidente, confirmando que insistiu para que ele permanecesse na Cultura e supondo que o ex-ministro tenha agido por influência de “amigos do Rio de Janeiro”.
Segundo Temer, “há fortes rumores” de que Calero tenha gravado conversas com ele, com Geddel e com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, mas disse que não recebeu nenhuma confirmação disso. “Se eu perguntar para a Polícia Federal, já vão dizer que é pressão. Veja como são as coisas.” Ele, porém, diz que torce para que haja gravações mesmo, “para comprovar que não houve nada demais, foram conversas normais”.
O presidente está agora às voltas com a escolha de um novo nome para substituir Geddel, que ocupa uma função chave, a de articulação política com o Congresso, num momento em que o governo precisa aprovar a PEC do Teto de Gastos, espinha dorsal da política econômica, e está às vésperas de encaminhar a reforma da Previdência. “Tem de ser alguém que não esteja metido com nada de nada”, disse, num tom próximo à ironia. Mas, de qualquer forma, diz ter certeza de que a crise Geddel e o envolvimento do seu nome não irão afetar negativamente as votações: “Efeito zero”.
A oposição anuncia que pretende entrar com um pedido de impeachment contra Temer, mas ele, que já presidiu a Câmara quatro vezes, diz que considera isso “absolutamente normal”: “Eles estão no papel deles”.
copiado http://politica.estadao.com.br/
Temer lamenta que “um episódio menor” – o embargo a um prédio em área histórica de Salvador, no qual Geddel tem um apartamento – tenha gerado tanta tensão política. Ele confirma a versão de Calero para a Polícia Federal sobre as duas conversas que teve com Calero antes que este pedisse demissão e diz que, de fato, recomendou que procurasse a Advocacia Geral da União (AGU), órgão adequado para agir nesse tipo de conflito. Só rebate que tenha tido “algum tipo de enquadramento”.
“Disputas entre ministros é a coisa mais natural, vive acontecendo. Não sei por que esse rapaz (Calero) reagiu dessa forma”, diz o presidente, confirmando que insistiu para que ele permanecesse na Cultura e supondo que o ex-ministro tenha agido por influência de “amigos do Rio de Janeiro”.
Segundo Temer, “há fortes rumores” de que Calero tenha gravado conversas com ele, com Geddel e com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, mas disse que não recebeu nenhuma confirmação disso. “Se eu perguntar para a Polícia Federal, já vão dizer que é pressão. Veja como são as coisas.” Ele, porém, diz que torce para que haja gravações mesmo, “para comprovar que não houve nada demais, foram conversas normais”.
O presidente está agora às voltas com a escolha de um novo nome para substituir Geddel, que ocupa uma função chave, a de articulação política com o Congresso, num momento em que o governo precisa aprovar a PEC do Teto de Gastos, espinha dorsal da política econômica, e está às vésperas de encaminhar a reforma da Previdência. “Tem de ser alguém que não esteja metido com nada de nada”, disse, num tom próximo à ironia. Mas, de qualquer forma, diz ter certeza de que a crise Geddel e o envolvimento do seu nome não irão afetar negativamente as votações: “Efeito zero”.
A oposição anuncia que pretende entrar com um pedido de impeachment contra Temer, mas ele, que já presidiu a Câmara quatro vezes, diz que considera isso “absolutamente normal”: “Eles estão no papel deles”.
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