Base republicana aprova as ações de Donald Trump Emirados: o decreto anti-imigração de Trump não é dirigido contra o Islã


Base republicana aprova as ações de Donald Trump

AFP / Brendan SMIALOWSKI O presidente americano Donald Trump anuncia sua escolha para a Suprema Corte dos EUA, na Casa Branca, em Washington, DC, no dia 31 de janeiro de 2017
Os partidários de Donald Trump só têm a comemorar as decisões tomadas pelo presidente republicano desde sua posse, embora sejam alvo de condenações internacionais, manifestações em várias cidades, editoriais de jornais e discursos de políticos de teor crítico.
"Estou nos céus", diz Josette White, 44 anos e micro-empresária. "Ele tem cumprido exatamente com as suas promessas, menos as ações contra Hillary (Clinton), mas isso posso compreender".
Em maio passado, em Charleston, na Virginia ocidental, Josette enfrentou mais de seis horas na fila para participar de um comício do bilionário. Os primeiros passos tomados pelo presidente encontraram conforto em sua convicção de que só ele era capaz de transformar o país.
"Os políticos prometem, prometem, prometem. Mas ele não muda. Ele fala aos trabalhadores", diz a mulher cujo pai e avô trabalharam em minas de carvão.
Nos Estados Unidos, as conversas com eleitores confirmam o que as pesquisas apontam: mais de 80% dos republicanos aprovavam na semana passada as últimas ações do novo presidente, de acordo com o instituto Quinnipiac.
Este apoio também se aplica ao decreto que proíbe a entrada em território americano de refugiados e cidadãos de sete países, incluindo Irã, Iraque e Síria.
De acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos, 73% deles consideram ainda ser necessário "proibir (de entrar nos Estados Unidos) muçulmanos de outros países para prevenir o terrorismo".
Outros estudos confirmam a divisão do país: os republicanos apoiam seu presidente e os democratas o rejeitam categoricamente.
"Tudo deve ser feito para garantir a segurança deste país", aprova Milan Davich, aposentado de 66 anos de Johnstown, Pensilvânia, no coração do "Rust Belt" (o "cinturão de ferrugem") que garantiu o sucesso do republicano nas urnas.
Mesma aprovação para o projeto de construção de um muro na fronteira mexicana: "Eles deveriam eletrificar e instalar metralhadoras", sugere este homem alto e magro que se descreve como um isolacionista e nostálgico dos anos 1950.
Quanto aos centenas de milhares de manifestantes nas ruas de várias cidades dos Estados Unidos, "eles vão de qualquer maneira protestar contra tudo o que ele fizer nos próximos quatro anos."
- No bom caminho -
"Ele está fazendo melhor do que Hillary teria feito", considera na zona rural de Ohio Don Krepps, um operário aposentado que gosta de assistir ao noticiário na televisão. "Se ao menos os democratas e pessoas de Hollywood não se queixassem cada vez que ele faz algo...", lamenta.
Nada irrita mais seus partidários do que a atenção midiática aos opositores do novo inquilino da Casa Branca.
AFP / Maria-Cecilia REZENDE Biografia de Donald Trump
"Não há dúvida de que a CNN e Fox News não dão nenhuma chance a ele", afirma Dan Wallace, ex-entregador da FedEx perto de Charlotte, Carolina do Norte. Sim, ele aponta, a "Fox News também critica Trump".
Os supostos tropeços - o cancelamento da visita do presidente do México, a confusão em torno do decreto migratório, guerra de tuítes - são para eles como epifenômenos.
"Ele está no caminho certo, só precisa que deem uma chance", pede.
- Reeleição à vista -
No Congresso, em particular, os primeiros passos do presidente fizeram ranger os dentes de congressistas. Até mesmo vários republicanos criticaram publicamente o decreto migratório.
Mas como um todo, a maioria espera a tempestade passar na esperança de ver o navio não afundar. O jogo é de paciência: ao manter boas relações com Donald Trump, os líderes republicanos terão, finalmente, as mãos livres para adotar as amplas reformas conservadoras contra as quais Obama vetou.
A nomeação na terça-feira pelo presidente à Suprema Corte de um conservador aguerrido, Neil Gorsuch, também foi devidamente aplaudida por toda a direita americana.
"Vamos ser muito pacientes", afirma um republicano da Câmara dos Representantes. Os democratas vão "atacar com tudo o que puderem, só temos de estar prontos para nos defendermos".
Até quando? Para Larry Sabato, cientista político da Universidade da Virginia, Donald Trump "é o primeiro presidente moderno a não ter feito nenhum gesto em direção aos 54% dos americanos que não votaram nele".
"Ele tem agido apenas para os 46% que votaram nele. Ele espera que isso será suficiente para uma reeleição", acredita o especialistas. "Já está em campanha."

Base republicana aprova as ações de Donald Trump
Os partidários de Donald Trump só têm a comemorar as decisões tomadas pelo presidente republicano desde sua posse, embora sejam alvo de condenações internacionais, manifestações em várias cidades, editoriais de jornais e discursos de políticos de teor crítico.


Emirados: o decreto anti-imigração de Trump não é dirigido contra o Islã
O chanceler dos Emirados Árabes Unidos afirmou nesta quarta-feira que o decreto do presidente Donald Trump vetando a entrada nos Estados Unidos aos cidadãos de sete países de maioria muçulmana não é contra o Islã.

Emirados: o decreto anti-imigração de Trump não é dirigido contra o Islã

AFP / KARIM SAHIB (Arquivos) O xeque Abdullah bin Zayed Al-Nahyan em coletiva de imprensa em Abu Dhabi, no dia 31 de maio de 2014
O chanceler dos Emirados Árabes Unidos afirmou nesta quarta-feira que o decreto do presidente Donald Trump vetando a entrada nos Estados Unidos aos cidadãos de sete países de maioria muçulmana não é contra o Islã.
"Os Estados Unidos tomaram uma decisão soberana", declarou o xeque Abdullah Ben Zayed Al Nahyan, acrescentando que é "falso dizer que a decisão da nova administração americana é dirigida contra uma religião em particular".
O ministro, que falava numa coletiva de imprensa conjunta com o seu colega russo, Sergei Lavrov, acrescentou que o decreto de Trump "não diz respeito a grande maioria dos muçulmanos" e que era "provisório".
Trump assinou na sexta-feira um decreto que proíbe durante três meses a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen), com exceção daqueles com vistos diplomáticos e oficiais ou que trabalham para instituições internacionais.
Este período será usado para implementar um sistema de verificação extremamente minucioso daqueles que pretendem entrar nos Estados Unidos.
O decreto do novo presidente americano, que poderia ser expandido para outros países, provocou fortes críticas em todo o mundo.
Mas isenta vários países cujos cidadãos estiveram envolvidos em atentados no Ocidente. Dos 19 autores dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, 15 eram originários da Arábia Saudita, dois dos Emirados, um do Líbano e um do Egito.
Os Emirados Árabes Unidos e outras monarquias do Golfo, incluindo a Arábia Saudita, são aliados muito próximos dos Estados Unidos.
Sinal do desejo de Riad de manter um bom relacionamento com Washington, o ministro da Defesa saudita afirmou a seu colega americano que o seu país estava ansioso para combater o "terrorismo" ao lado da administração Trump, segundo informou nesta quarta-feira a agência oficial de notícias saudita SPA.
Durante uma conversa por telefone na terça-feira, Mohammed ben Salman, que também é vice-príncipe herdeiro da Arábia, e James Mattis, o novo secretário de Defesa dos Estados Unidos, discutiram igualmente sobre Teerã e sua "rejeição total às atividades suspeitas e intervenções do regime iraniano e de seus agentes nos assuntos de países da região".
Os Estados Unidos e a Arábia Saudita mantém uma relação estratégica há mais de sete décadas.
As relações esfriaram um pouco sob a presidência de Barack Obama, que iniciou uma aproximação com o Irã e se recusou a intervir militarmente na Síria contra o regime de Bashar al-Assad, que Riad quer a queda.
copiado  https://www.afp.com/pt/noticia/

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