Cunha abre fogo: quem precisa de blindagem é Temer Moro nem disfarça que faz “justiça” política, não criminal

Cunha abre fogo: quem precisa de blindagem é Temer

A nova lista de perguntas de Eduardo Cunha a Michel Temer, na Justiça, é pura dinamite. Michel Temer vai precisar como nunca da blindagem que lhe deu o juiz Sérgio Moro ao vetar parte...

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A nova lista de perguntas de Eduardo Cunha a Michel Temer, na Justiça, é pura dinamite.
Michel Temer vai precisar como nunca da blindagem que lhe deu o juiz Sérgio Moro ao vetar parte das perguntas feitas pela primeira vez, que acabaram levando à conexão Temer-Odebrecht, via Eliseu Padilha e José Yunes, que acabou demitido.
Agora, a tarefa cabe ao juiz  Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal Federal de Brasília.
Agora, a porta dos fundos do ocupante do Palácio do Planalto é Moreira Franco, a quem blindou com a nomeação como ministro.
Das 19 perguntas, que listo abaixo, dez versam sobre o “Angorá”.
E uma é  especialmente intrigante:
  • Tem conhecimento de oferecimento de alguma vantagem indevida, seja a Érica ou a Moreira Franco, seja posteriormente, para liberação de financiamento do FI/FGTS?
Érica? Quem poderia ser?
Bem, ao que se saiba só houve uma Érica na vida de Michel Temer, a jornalista Érica Ferraz, com quem tem um filho, hoje com 18 anos.
As respostas, mesmo se as perguntas forem indeferidas, logo começarão a surgir.
E o Planalto, finalmente, pôs-se em marcha para soltar Eduardo Cunha.
Talvez seja tarde demais.
As perguntas de Cunha.
1 – Em qual período o senhor foi presidente do PMDB?
2 – Quando da nomeação do senhor Moreira Franco como vice-presidente de
Fundos e Loteria da Caixa Econômica Federal, o senhor exercia a presidência do PMDB?
3 – O senhor foi o responsável pela nomeação dele para a Caixa? O pedido foi feito a quem?
4 – Em 2010, quando o senhor Moreira Franco deixou a CEF para ir para a coordenação da campanha presidencial como representante do PMDB, o senhor indicou Joaquim Lima como seu substituto?
5 – O senhor conhece a pessoa de André de Souza, representante no Conselho dos Trabalhadores no FI/FGTS à época dos trabalhadores?
6 – O senhor fez alguma reunião para tratar de pedidos para financiamento com o FI, junto com Moreira Franco e André de Souza?
7 – O senhor conhece Benedito Júnior e Léo Pinheiro?
8 – Participou de alguma reunião com eles, junto com Moreira Franco para doação de campanha?
9 – Se a resposta for positiva, estava vinculada a alguma liberação do FI?
10 – André da Souza participou dessas reuniões?
11 – O senhor conheceu Fábio Cleto?
12 – Se sim, o senhor teve alguma participação em sua nomeação?
13 – Houve algum pedido político de Eduardo Paes, visando à aceleração do projeto Porto Maravilha para as Olimpíadas?
14 – Tem conhecimento de oferecimento de alguma vantagem indevida, seja a Érica ou Moreira Franco, seja posteriormente para liberação de financiamento do FI/FGTS?
15 – A denúncia trata da suspeita do recebimento de vantagens providas do consórcio Porto Maravilha (Odebrecht, OAS e Carioca), Hazdec, Aquapolo e
Odebrecht Ambiental, Saneatins, Eldorado Participações, Lamsa, Brado, Moura Debeux, BR Vias. O senhor tem conhecimento como presidente do PMDB até 2016 se essas empresas fizeram doações a campanhas do PMDB. Se sim, de que forma?
16 – Sabe dizer se algum deles fez doação para a campanha de Gabriel Chalita em 2012?
17 – Se positiva a resposta, houve a participação do senhor? Estava vinculada à liberação desses recursos da Caixa no FI/FGTS?
18 – Como vice-presidente da República desde 2011, teve conhecimento da participação de Eduardo Cunha em algum fato vinculado a essa denúncia de cobrança de vantagens indevidas para liberação de financiamentos do FI/FGTS?
19 – Joaquim Lima continuou como vice-presidente da Caixa Econômica Federal em outra área a partir de 2011 e está até hoje, quem foi o responsável pela sua nomeação?




Moro nem disfarça que faz “justiça” política, não criminal

O interrogatório, hoje, do ex-ministro e ex-governador Tarso Genro, como testemunha de defesa do ex-presidente Lula, prestaram-se para o juiz-acusador Sérgio Moro demonstrar que o que se faz em Curitiba é um julgamento político,...
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O interrogatório, hoje, do ex-ministro e ex-governador Tarso Genro, como testemunha de defesa do ex-presidente Lula, prestaram-se para o juiz-acusador Sérgio Moro demonstrar que o que se faz em Curitiba é um julgamento político, que nada tem a ver com a sua função de juiz criminal.
O que ele faz, no final do interrogatório, ao perguntar sobre quais foram as providências tomadas pelo PT depois do julgamento da chamada ação do “Mensalão” é de um abuso à toda prova.
Não lhe diz respeito analisar atitudes de um ente partidário, muito menos as de natureza subjetiva. Justiça criminal é sobre responsabilidade objetiva, sobre alguém praticar ou encobrir um delito, não sobre o julgamento moral que faz sobre apenamentos que são de indivíduos.
Tarso não se furtou a responder, porque é um homem dócil. A defesa ainda tenta objetar as perguntas, mas Genro é adepto da tese do ser “bonzinho”.
Alguém que não o fosse responderia ao juiz, com toda a razão, com um “com o devido respeito, senhor Juiz, não te interessa “.
Com toda a razão porque Moro não é um juiz das atitudes de partidos, mas de indivíduos. Não tem jurisdição ou interesse em saber se o PT fez um ato de solidariedade aos acusados ou  se os execrou moralmente.
Isso não interessa ao processo judicial criminal e, portanto, não interessa ao juiz.
Ou melhor, só interessa a um juiz como Sérgio Moro.
Será que ele indagaria a um depoente tucano sobre quais foram as execrações morais que fizeram a Eduardo Azeredo, o precursor do “mensalão”?
Ou será que perguntaria a Michel Temer, que foi testemunha de Eduardo Cunha, se o PMDB fez uma “pajelança” de exorcismo ao ex-presidente da Câmara?
Se a Justiça brasileira se prezasse, Sérgio Moro estaria, agora, submetido a julgamento disciplinar, porque converteu um juízo criminal em tribunal político.
A Vara Criminal de Curitiba que ele comanda é um tribunal da Inquisição.
No mesmo esquema medieval: “Se você confessa, terei piedade e só o maldirei. Se não confessa, masmorra e fogueira moral”.
Reproduzo o vídeo do abuso intolerável de Moro e da docilidade de Genro, advogado experiente, que sabia da ilegalidade do que lhe estava sendo perguntado e que evitou, por “boas maneiras” a desqualificar, como merecia, o interrogatório indevido sobre as atividades exclusivamente partidárias.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/cunha-abre-fogo-quem-precisa-de-blindagem-e-temer

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