De bilionário a solitário Família não foi ver Eike em Bangu, e mulher não pediu visita íntima Eike não recebeu visita de parentes em Bangu, e mulher não pediu visita íntima
Do UOL, em São Paulo
- Manuela Scarpa/Foto Rio NewsEike Batista e Flávia Sampaio

Apesar do apoio nas redes sociais, quatro dias após Eike ter sido preso, nenhum parente dele solicitou visita extraordinária a ele em Bangu 9. Eike recebeu apenas o seu advogado desde que foi preso por agentes da Polícia Federal enquanto desembarcava no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (30). Advogados têm acesso livre ao preso, sem necessidade de registro prévio.
A visita extraordinária é um direito do detento. Os parentes podem enviar ofício ao diretor da unidade prisional, por meio do advogado do preso, pedindo que sejam feitas visitas antes do cadastro definitivo ficar pronto.
É que para fazer visitas regulares precisa ser feito um cadastro na secretaria. O familiar tem que apresentar documentos básicos e comprovante de grau de parentesco com o preso. A Seap dá um prazo de 15 dias para que a carteirinha que dá acesso ao familiar em dias de visita fique pronta.
Assim como qualquer pessoa que entra no sistema prisional, Eike Batista, que é casado com Flávia Sampaio, também tem direito a receber visitas íntimas. No entanto, segundo a secretaria, Flávia ainda não entrou com pedido para fazer visitas íntimas ao milionário.
Para isso, Flávia teria que comparecer ao setor de atendimento à família da Seap, apresentar os documentos solicitados, para que a união seja comprovada.
O caso é encaminhado ao serviço social, que dá andamento ao processo. O casal ainda é submetido a exames e precisam assistir a palestras oferecidas pela coordenação da saúde da secretaria. O órgão afirmou que não há prazo para conclusão do processo.
"Cada processo tem sua particularidade devido a documentação, ida as palestras e exames e etc", explicou a pasta por meio de sua assessoria de imprensa.
Eike voltou de NY para ser preso
Eike Batista teve a prisão decretada na quinta-feira (26), no âmbito da Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, o desdobramento da Lava Jato no Rio. Considerado foragido pela Justiça, o empresário teve o nome incluído na lista de procurados da Interpol. O empresário estava em Nova York (EUA) e embarcou no voo 973 da American Airlines, no aeroporto John F. Kennedy para se entregar à Justiça brasileira na madrugada da segunda-feira (30). Desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e foi preso imediatamente por agentes da Polícia Federal. Ele foi levado para o presídio Ary Franco, zona norte do Rio, após fazer exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), sendo posteriormente levado para Bangu 9.
A prisão foi decretada após a delação dos irmãos e doleiros Renato Hasson Chebar e Marcelo Hasson, que contaram sobre o pagamento de US$ 16,5 milhões de propina ao ex-governador do Rio ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB).
Segundo a investigação, o pagamento da propina faz parte do esquema usado por Sérgio Cabral e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Desse valor, repassado em ações da Vale, da Petrobras e da Ambev, apenas 10% já foi recuperado pelo Ministério Público Federal.
Ao decidir pela prisão preventiva de Eike e de mais oito pessoas, o juiz Marcelo Bretas argumentou que havia "a necessidade estancar imediatamente a atividade criminosa".
Além da prisão preventiva de Eike, foram pedidas as prisões do ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), do ex-secretário Wilson Carlos, do ex-assessor de Cabral Carlos Miranda. Também são alvos Luiz Carlos Bezerra, Álvaro José Galliez Novis, Sergio de Castro Oliveira, Thiago Aragão, Francisco de Assis Neto e o advogado Flávio Godinho. Cabral, Wilson Carlos e Miranda foram presos na primeira fase, de 17 de novembro de 2016.
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