Governo aprova proposta de descentralização para as autarquias Cavaco acusa Sócrates de mentiras e desconfiava da relação com Chávez



O objetivo é que "até ao final da legislatura" que as autarquias sejam responsáveis pela gestão de 19% da receita pública, segundo o ministro Adjunto






O objetivo é que "até ao final da legislatura" que as autarquias sejam responsáveis pela gestão de 19% da receita pública, segundo o ministro Adjunto
O Conselho de Ministros aprovou hoje a descentralização de competências para as autarquias e entidades intermunicipais, que vão passar a gerir áreas como a educação, saúde, ação social e áreas portuárias.
O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros, afirmou que esta descentralização pretende maior proximidade, maior eficiência e eficácia nos serviços prestados aos cidadãos e maior participação das autarquias na gestão dos recursos púbicos.
Neste sentido salientou que é objetivo, "até final da legislatura", que autarquias sejam responsáveis pela gestão de 19% da receita pública, quando atualmente esta gestão ronda os 14%.
A proposta aprovada pelo Governo será agora objeto de análise na Assembleia da República (AR) e será complementada por diversos diplomas setoriais que estão já a ser preparados pelos ministérios que tutelam essas áreas, acrescentou o ministro.
Os diplomas complementares serão apresentados até ao final do debate parlamentar da lei-quadro.
Também as freguesias vão ter as suas competências reforçadas, quer através de atribuições transferidas do Estado, quer de outras atualmente desempenhadas pelos municípios.
De fora da reunião do Conselho de Ministros ficou a discussão da nova orgânica das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR).

Cavaco acusa Sócrates de mentiras e desconfiava da relação com Chávez



Cavaco e Sócrates fotografados em 2010


Livro de memórias do ex-Presidente é lançado esta quinta-feira
O livro foi mantido praticamente em segredo pela editora até ao dia do lançamento, esta quinta-feira, dia 16 de fevereiro. As memórias de Cavaco Silva - que se intitulam, precisamente, Quinta-feira e Outros Dias - recaem sobre os dois mandatos do ex-Presidente da República e prometem agitar as águas, já que serão revelados episódios da complexa coabitação de Cavaco com o então primeiro-ministro José Sócrates - os encontros entre os dois eram sempre às quintas-feiras.
Horas antes do lançamento do livro, marcado para as 18:30, a SIC Notícias avança em exclusivo alguns excertos das memórias de Cavaco Silva, revelando que o ex-Presidente fala de "fingimentos, mentiras e falta de lealdade"." Quanto mais via o entusiasmo do primeiro-ministro com os negócios das empresas da Venezuela, mais desconfiado eu ficava. Não me enganei", escreve Cavaco, citado pela SIC Notícias, referindo-se à relação de Sócrates com o regime de Hugo Chávez, que está sob investigação.
O ex-Presidente acrescenta que Sócrates demonstrava ser "parco a cumprir o que dizia" e recorda um episódio em particular, que o ex-primeiro-ministro omitiu: tendo enviado cartas à Comissão Europeia e ao Banco Central Europeu, Sócrates não o comunicou ao PR. "Já sabia que tais cartas existiam. Era evidente que o primeiro-ministro procurara escondê-las. Como podia eu confiar nele?"
No livro, com mais de 600 páginas divididas em 52 capítulos, Cavaco elogia a atitude de Teixeira dos Santos, que à beira do resgate acabou por forçar o pedido de ajuda externa, e atribui a queda do governo minoritário de Sócrates à incapacidade do Executivo para dialogar. Admite que não teria dissolvido a Assembleia da República, mas ressalva que nunca acreditou que o PEC IV evitaria o resgate, escrevendo que o "contexto dramático" que se vivia era fruto dos erros cometidos pelo governo.
Apesar das críticas, Cavaco reserva um elogio a Sócrates: o facto de nunca se ter deixado "capturar" pelo PCP e Bloco de Esquerda, frisando - num aparente recado ao atual primeiro-ministro, António Costa - que "não existe na Europa, nem tão pouco no mundo, qualquer país que seja desenvolvido e que registe um caminho de sucesso tendo partidos da extrema-esquerda a determinar a condução da política económica".
copiado  http://www.dn.pt/portugal/interior/c

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