"Mencionado todo mundo vai ser" Jucá defende Moreira Franco, citado na Lava Jato, em ministério

Em Brasília

  • Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
    Romero Jucá (PMDB-RR) é líder do governo no Senado
    Romero Jucá (PMDB-RR) é líder do governo no Senado
O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou as críticas, inclusive da base aliada, de que a nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência por meio de medida provisória tem por objetivo garantir a ele foro privilegiado.
Moreira foi citado em delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho. A MP editada nesta sexta-feira, 3, dá a prerrogativa a Moreira Franco de responder a eventuais investigações criminais somente perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
"Mencionado na Lava Jato, todo mundo vai ser de alguma forma, ainda mais quando querem dar essa visão geral de que toda doação de campanha é irregularidade", rebateu Jucá.
"Não vejo problema para o Moreira, Padilha nem comigo", completou ele, referindo-se também ao seu caso e ao de ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também citados em delações da Odebrecht.
O peemedebista disse que Moreira já vinha atuando como um "ministro" no governo Temer e que, com a MP, ele terá uma série de novas atribuições, como cuidar da comunicação do Executivo.
Ele defendeu novamente a divulgação da íntegra do conteúdo das delações dos 77 dos executivos da Odebrecht e reafirmou que vai buscar a aprovação de um projeto apresentado por ele que prevê a liberação de todas as informações de apurações em curso, inclusive delações.

Jucá deixou ministério após divulgação de conversa sobre Lava Jato

Em maio do ano passado, Romero Jucá deixou seu cargo como ministro do Planejamento após a divulgação de uma conversa em que ele teria sugerido um pacto para tentar paralisar a operação Lava Jato. Aquela foi a primeira crise do governo Temer.
Em conversa com Sérgio Machado, Jucá afirmou que seria necessária uma resposta política para evitar que o caso caísse nas mãos de Moro. "Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", diz Jucá, um dos articuladores do impeachment de Dilma. Machado respondeu que era necessária "uma coisa política e rápida".
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