Alguém pode explicar por que, se tudo vai tão bem, se a economia
está crescendo – como assegura Henrique Meirelles – e se o governo tem
maioria para aprovar o que quiser, mesmo a...
Alguém pode explicar por que, se tudo vai tão bem, se a economia está crescendo – como assegura Henrique Meirelles – e se o governo tem maioria para aprovar o que quiser, mesmo a absurda indicação de Alexandre de Moraes para o STF, porque é que os integrantes do núcleo do Governo estão agindo da maneira apavorada que estão?
O líder de Temer no Senado, Romero Jucá, solta aquela delicadeza “é todo mundo na suruba” sobre o foro privilegiado e Moreira Franco, o “Angorá” de Temer, cujo ingresso na “suruba” foi garantido com sua nomeação ao Ministério, diz que o líder do Governo não fala em nome do Governo.
E ainda acena com a historinha de que não haverá “enquadramento” das bancadas na reforma da Previdência, dizendo que o PMDB “não tem tradição leninista”. Jura, Moreira? Coitado do Lênin, tira ele dessa…
Eliseu Padilha some por uns dias com uma crise de pressão alta. José Serra, o primeiro tucano a aderir ao governo, pede exoneração do Itamarati, em lugar de licenciar-se para tratamento de sua coluna (a cervical, não a quinta-coluna, devidamente tratada com a venda do petróleo e a redução brutal do conteúdo nacional exigido em sua exploração).
E o ex-futuro Ministro da Justiça, Carlos Velloso, que deu entrevistas, posou para fotos e, no dia seguinte, mandou uma cartinha na base do “não tô a fim mais, não”?
Tudo isso na semana, em tese, meio morta do pré-carnaval, onde o Bloco do Sujo costuma ter uma versão mais divertida e inocente do que a política.
Não fosse o decantado sucesso político e econômico do governo, bem que se poderia lembrar do dito popular: “casa onde falta o pão, todo mundo briga e ninguém tem razão.
No Planalto, não falta pão, mas sobra delação.
O senador gaúcho José Pinheiro Machado entrou para a história por sua influência na República Velha e pela frase que teria dito ao cocheiro da carruagem que o conduzia em meio a manifestantes que o hostilizavam: “vamos, nem tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo”.
A pressa de Michel Temer em nomear, apenas 4 horas depois da votação no Senado, Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal deveria levar a uma releitura da frase de Machado.
Talvez um “não tão depressa que pareça despudor”.
Afinal, a Ministra Cármem Lúcia, mais discreta, já havia marcado para o dia 22 de março – daqui a um mês, portanto – a posse do controvertido Moraes.
Porque a correria?
Recomendar-se-ia, para usar suas mesóclises, um ato discreto, até sem a presença de Moraes, que não tem de assinar nada, pois a a presidente do STF é quem lhe dará posse. E ainda fazendo carinha de sem graça, ao lado do sorriso de Temer.
Como apregoa Romero Jucá, o sincero, é a “suruba para todos”.
A larga testa de Alexandre Moraes, que se emenda a sua calva, tem marcado a ferro o estigma – invisível, mas indelével – se dua submissão ao Planalto, onde, como para conformar a tese de que a morbidez atrai o condenado ao lugar do crime, está seu compromisso de julgador.
Ou talvez para confirmar o que diz, bem humorado, o jornalista Luiz Maklouf Carvalho, no Estadão, ser alguém incapaz de mostrar algum “brilho, à exceção do de sua careca reluzente”.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog
Alguém pode explicar por que, se tudo vai tão bem, se a economia está crescendo – como assegura Henrique Meirelles – e se o governo tem maioria para aprovar o que quiser, mesmo a absurda indicação de Alexandre de Moraes para o STF, porque é que os integrantes do núcleo do Governo estão agindo da maneira apavorada que estão?
O líder de Temer no Senado, Romero Jucá, solta aquela delicadeza “é todo mundo na suruba” sobre o foro privilegiado e Moreira Franco, o “Angorá” de Temer, cujo ingresso na “suruba” foi garantido com sua nomeação ao Ministério, diz que o líder do Governo não fala em nome do Governo.
E ainda acena com a historinha de que não haverá “enquadramento” das bancadas na reforma da Previdência, dizendo que o PMDB “não tem tradição leninista”. Jura, Moreira? Coitado do Lênin, tira ele dessa…
Eliseu Padilha some por uns dias com uma crise de pressão alta. José Serra, o primeiro tucano a aderir ao governo, pede exoneração do Itamarati, em lugar de licenciar-se para tratamento de sua coluna (a cervical, não a quinta-coluna, devidamente tratada com a venda do petróleo e a redução brutal do conteúdo nacional exigido em sua exploração).
E o ex-futuro Ministro da Justiça, Carlos Velloso, que deu entrevistas, posou para fotos e, no dia seguinte, mandou uma cartinha na base do “não tô a fim mais, não”?
Tudo isso na semana, em tese, meio morta do pré-carnaval, onde o Bloco do Sujo costuma ter uma versão mais divertida e inocente do que a política.
Não fosse o decantado sucesso político e econômico do governo, bem que se poderia lembrar do dito popular: “casa onde falta o pão, todo mundo briga e ninguém tem razão.
No Planalto, não falta pão, mas sobra delação.
Novas prisões da Lava Jato miram Renan Calheiros e Barbalho
As ordens de prisão da “345423ª” fase da Operação Lava jato – as
expedidas contra Jorge Luz (este da foto) e seu filho Bruno Luz – podem
estar voltadas para Renan Calheiros e Jader...
As ordens de prisão da “345423ª” fase da Operação Lava jato – as expedidas contra Jorge Luz (este da foto) e seu filho Bruno Luz – podem estar voltadas para Renan Calheiros e Jader Barbalho, dois entre os políticos de quem Jorge era amigo. E de Sérgio Machado, o delator-gravador, também.
O curioso é que os Luz foram citados desde os primórdios da Lava Jato por Paulo Roberto Costa como negociador de propinas do PMDB e Jorge, inclusive, já vinha tendo contatos com o Ministério Público desde o ano passado.
Tempo para destruir provas, ambos tiveram de sobra.
Ou para negociar delação, porque os repórteres Julianna Granjeia e Chico Otávio, de O Globo, já registravam que antes de setembro do ano passado o MP e Luz negociavam o velho e conhecido esquema: delação ou cadeia.
Ganha um diploma de “velhinha de Taubaté” aquele que acreditar que o ex-chefão da Polícia Federal (ex?) não soubesse das iminentes prisões, como sabia e fez inconfidências em Ribeirão Petro, quando da detenção do ex-ministro Antonio Palloci.
É, como disse aquele delegado, o timing.
As ordens de prisão da “345423ª” fase da Operação Lava jato – as expedidas contra Jorge Luz (este da foto) e seu filho Bruno Luz – podem estar voltadas para Renan Calheiros e Jader Barbalho, dois entre os políticos de quem Jorge era amigo. E de Sérgio Machado, o delator-gravador, também.
O curioso é que os Luz foram citados desde os primórdios da Lava Jato por Paulo Roberto Costa como negociador de propinas do PMDB e Jorge, inclusive, já vinha tendo contatos com o Ministério Público desde o ano passado.
Tempo para destruir provas, ambos tiveram de sobra.
Ou para negociar delação, porque os repórteres Julianna Granjeia e Chico Otávio, de O Globo, já registravam que antes de setembro do ano passado o MP e Luz negociavam o velho e conhecido esquema: delação ou cadeia.
Jorge Luz está entre abrir a boca ou
enfrentar o constrangimento dos pulsos algemados e o risco de uma
condenação superior a 40 anos de prisão pelo envolvimento já provado em
quatro casos da investigação.Depois de três conversas informais com o
Ministério Público Federal (MPF), o empresário ouviu que a consistência
das provas não deixa muitas saídas.
Ainda não está claro se houve algum fato novo, o que está claro é que
as prisões, com potencial de causar um enorme rebuliço no Senado
esperaram, apenas coincidentemente, a votação e a aprovação de Alexandre
de Moraes para o STF.Ganha um diploma de “velhinha de Taubaté” aquele que acreditar que o ex-chefão da Polícia Federal (ex?) não soubesse das iminentes prisões, como sabia e fez inconfidências em Ribeirão Petro, quando da detenção do ex-ministro Antonio Palloci.
É, como disse aquele delegado, o timing.
A suruba tem pressa
O senador gaúcho José Pinheiro Machado entrou para a história por
sua influência na República Velha e pela frase que teria dito ao
cocheiro da carruagem que o conduzia em meio a manifestantes que...
O senador gaúcho José Pinheiro Machado entrou para a história por sua influência na República Velha e pela frase que teria dito ao cocheiro da carruagem que o conduzia em meio a manifestantes que o hostilizavam: “vamos, nem tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo”.
A pressa de Michel Temer em nomear, apenas 4 horas depois da votação no Senado, Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal deveria levar a uma releitura da frase de Machado.
Talvez um “não tão depressa que pareça despudor”.
Afinal, a Ministra Cármem Lúcia, mais discreta, já havia marcado para o dia 22 de março – daqui a um mês, portanto – a posse do controvertido Moraes.
Porque a correria?
Recomendar-se-ia, para usar suas mesóclises, um ato discreto, até sem a presença de Moraes, que não tem de assinar nada, pois a a presidente do STF é quem lhe dará posse. E ainda fazendo carinha de sem graça, ao lado do sorriso de Temer.
Como apregoa Romero Jucá, o sincero, é a “suruba para todos”.
A larga testa de Alexandre Moraes, que se emenda a sua calva, tem marcado a ferro o estigma – invisível, mas indelével – se dua submissão ao Planalto, onde, como para conformar a tese de que a morbidez atrai o condenado ao lugar do crime, está seu compromisso de julgador.
Ou talvez para confirmar o que diz, bem humorado, o jornalista Luiz Maklouf Carvalho, no Estadão, ser alguém incapaz de mostrar algum “brilho, à exceção do de sua careca reluzente”.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog
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