INFLUÊNCIA Telefônica pagou José Dirceu Portugal Telecom pagou 30 mil mensais a petista para ele auxiliar a empresa a comprar a Oi VAGA ABERTA Temer mantém impasse na escolha de líder no Senado

Romero Jucá
Valor. Jucá prefere permanecer na liderança do Congresso para representar o governo no Orçamento




PUBLICADO EM 04/03/17 - 03h00  VAGA ABERTA

Temer mantém impasse na escolha de líder no Senado

Presidente tem tentado ouvir base aliada para buscar nome de consenso

 Brasília. Em meio a compromissos firmados em São Paulo, que preencheram sua agenda nessa sexta-feira (3) (embora seu retorno a Brasília estivesse previsto para a noite), o presidente Michel Temer prossegue no impasse quanto à indicação de um nome para a liderança do governo, atualmente vazia com o anúncio, na última quinta-feira, da ida do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para o comando do Ministério das Relações Exteriores. Aloysio entra no lugar de José Serra, que pediu demissão na semana passada, alegando problemas de saúde. A vaga no Ministério das Relações Exteriores é considerada um feudo tucano.


Para o posto vazio com a saída de Nunes, a intenção do presidente Michel Temer seria nomear um peemedebista, o que inclusive ajudaria na acomodação política, já que o seu partido tem se queixado da perda de espaço para os tucanos. Em meio às especulações, o nome de Romero Jucá (PMDB-RR), que atualmente ocupa a liderança do governo no Congresso, chegou a ser cotado, mas ele próprio manifestou desconforto em mudar de posição.

Jucá prefere continuar na liderança do governo no Congresso, que lhe garante representar o Executivo na discussão do Orçamento. Na verdade, o governo ainda acalentaria a expectativa de convencer Jucá a trocar de liderança. Na vaga de líder do governo no Congresso, por seu turno, iria o deputado André Moura (PSC-SE), que, vale lembrar, ainda detém liderança entre cerca de 60 deputados.

Marta Suplicy. Nessa sexta-feira (3), a “Coluna do Estadão”, do jornal “Estado de S. Paulo”, revelou que a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) também foi cotada para a liderança do Senado, mas disse que prefere assumir a presidência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) daquela Casa.

Romero Jucá foi ministro do Planejamento de Michel Temer, mas deixou o cargo após ter uma conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da operação Lava Jato. Jucá é citado em delações premiadas acusado de envolvimento com o esquema do petrolão, o que ele nega.

Alguns políticos tucanos defendem, ainda, que a liderança do governo seja usada para “valorizar” o DEM, partido de médio porte no Congresso, mas que faz dobradinha política com o PSDB. Nesse contexto, o nome do presidente do DEM, senador José Agripino (RN), foi aventado.
Equipe. O novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, manterá nos postos do Itamaraty os principais integrantes da equipe formada por seu antecessor, José Serra. A posse de Aloysio Nunes está marcada para terça-feira, junto com a do novo titular da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ao jornal “O Globo”, especialistas se declararam preocupados com a escolha feita pelo presidente Michel Temer para chefiar as Relações Exteriores.


REFORMA

Mariz vai comandar órgão prisional

Brasília. O presidente Michel Temer decidiu criar uma estrutura governamental para coordenar uma reforma do sistema prisional após a crise que deixou 102 mortos no início do ano. O peemedebista reuniu-se nessa sexta-feira (3) com o advogado e amigo Antonio Mariz de Oliveira, que aceitou chefiar o novo órgão que será ligado diretamente à Presidência da República.

Temer não definiu se a estrutura será uma assessoria ou um comitê. Com a decisão, o presidente desistiu de retirar a Secretaria Nacional de Segurança Pública do comando do Ministério da Justiça. “Eu vou colaborar com o presidente. Não temos o formato ainda do instrumento, mas deve haver uma definição nos próximos dez dias”, disse Mariz à “Folha”.

Com a nomeação do criminalista, Temer pretende ainda recompor a equipe de assessores especiais da Presidência, que sofreu duas perdas recentes. Em dezembro, o melhor amigo do presidente, José Yunes, deixou o governo após ser citado em delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. E, na próxima terça-feira, o advogado Rodrigo Rocha Loures deve assumir mandato de deputado federal.


Menos mulheres no alto escalão

Brasília. O corte de cargos comissionados anunciado por Temer em maio de 2016 atingiu mais mulheres que homens e diminuiu a participação delas no alto escalão do governo, aponta levantamento feito pelo Uol com base em dados do Ministério do Planejamento.

Entre maio e novembro, apesar de homens ocuparem a maioria das vagas comissionadas do governo federal, o corte de cargos ocupados por mulheres foi de 12,13%, enquanto entre os homens foi de 8,46%. O Ministério do Planejamento diz que a queda 
 
José Dirceu
Operador. Dirceu teria sido contratado para ajudar telefônica portuguesa a ampliar negócios no Brasil
PUBLICADO EM 04/03/17 - 03h00São Paulo. O Ministério Público português investiga se o ex-ministro José Dirceu recebeu, entre março de 2011 e julho de 2014, uma “mesada” de € 30 mil (cerca de R$ 99,3 mil) de um executivo da Portugal Telecom (PT). O objetivo dos pagamentos seria fazer com que Dirceu usasse sua influência junto às autoridades brasileiras para auxiliar a Portugal Telecom, então maior empresa de Portugal, a comprar uma participação na Oi-Telemar.
As acusações são do procurador Rosário Teixeira no âmbito da operação Marquês – espécie de Lava Jato lusa – e foram reveladas pela revista “Visão” e pelo jornal “Observador”.

Dirceu está preso desde agosto de 2015. Ele foi condenado a 23 anos de prisão por esquema de corrupção descoberto na Lava Jato.

Os periódicos portugueses tiveram acesso ao conteúdo do interrogatório de quatro horas do ex-banqueiro Ricardo Salgado, acusado de comandar o esquema de corrupção na Portugal Telecom. Salgado esteve à frente do BES (Banco Espírito Santo), que era um importante acionista da companhia telefônica.

A suposta atuação do petista José Dirceu em favor da Portugal Telecom já era citada pelas autoridades portuguesas desde 2015. Agora, no entanto, veio à tona o tamanho do esquema de corrupção.
Para o Ministério Público português, Dirceu se reuniu, em Portugal, com o então presidente do conselho de Administração da PT, Henrique Granadeiro, em um encontro em que eles teriam acertado os detalhes dos repasses.

Após um primeiro pagamento de € 500 mil (cerca de R$ 1,657 milhão), justificado com um falso contrato de serviços jurídicos, Dirceu começou a receber pagamentos mensais de € 30 mil, ainda de acordo com os investigadores.

O dinheiro viria de uma offshore ligada ao Banco Espírito Santo – a Espírito Santo Financial, que também aparece em outros esquemas de propina – e seria depositado em uma conta usada exclusivamente para pagar as despesas de Dirceu.

A investigação aponta ainda que a movimentação dos valores era justificada com um contrato com o escritório do advogado João Abrantes Serra, também investigado na operação Marquês. Luís Oliveira e Silva, irmão de Dirceu e que também foi preso na operação Lava Jato, estaria ligado ao escritório.

O banqueiro Ricardo Salgado negou que o dinheiro beneficiasse José Dirceu e afirmou que os € 30 mil mensais eram pagamentos de honorários advocatícios de um antigo processo judicial relacionado à invasão de uma propriedade da família.
Genéricas. Procurado, o advogado de José Dirceu, Roberto Podval, afirma que “as informações são absolutamente genéricas e com nenhuma prova” da participação de seu cliente em crimes. 
copiado http://www.otempo.com.br/

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