ATENÇÃO VAMOS
MORRER E NUNCA CONSEGUIREMOS APOSENTADORIA. COM O SUS E SALÁRIOS MÍNIMO
QUE O PAÍS PAGA. PAIS RICO E PRIVILÉGIOS PARA OS SENHORES O QUAL
SUSTENTAMOS COM NOSSO ÁRDUO TRABALHO.
Juiz aposentado pede auxílio-moradia ao STF. “É salário disfarçado”, diz
O
desembargador aposentado Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti (foto)
jogou uma bomba no colo do Supremo Tribunal Federal. Cavalcanti
aposentou-se no dia 29 de agosto passado, depois de 32 anos de
magistratura. Agora, ele pede...
O desembargador aposentado Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti (foto) jogou uma bomba no colo do Supremo Tribunal Federal.
Cavalcanti aposentou-se no dia 29 de agosto passado, depois de 32 anos de magistratura.
Agora,
ele pede que seja juntado aos proventos de sua aposentadoria o auxílio
moradia pago indiscriminadamente a todos os juízes da ativa.
Segundo ele, o auxílio, assim como outras gratificações pagas nos tribunais são subsídios disfarçados, como descreve em O Globo:
Este
‘artifício’, de criarem-se, ou transformarem-se verbas, pela natureza,
tipicamente remuneratórias, em ‘formalmente’ indenizações, inclusive
como forma de burlar o teto constitucional, tem sido ‘replicada’ e
inclusive por leis estaduais para inúmeras categorias de agentes
públicos, levando a superações fáticas do teto constitucional e a quebra
da hierarquia funcional dentro do próprio Poder Judiciário e nos demais
poderes. Por exemplo: no mundo fático, real, magistrados integrantes do
colendo STF e do STJ têm percebido remunerações bem inferiores a outros
escalões integrantes de tribunais inferiores e até do Primeiro grau de
jurisdição”, escreveu o juiz aposentado.
Há
uma indisfarçável ironia no pedido do desembargador aposentado, quando
ele pede expressamente que seja descontado imposto de renda destes
valores, o que não é feito sobre os “penduricalhos” dos juízes
ativos: “são verbas que, apesar de formalmente indenizatórias, não
passam de um tipo de remuneração salarial”.
O processo está nas mãos do relator Marco Aurélio Mello, que é contrário ao auxílio moradia.
O Supremo vai estar diante de um caso clássico de “ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”.
Neste caso, os paladinos da moralidade.
Sigilo? Que sigilo? Vaza tudo ou o que se quer? Por Kennedy Alencar
Na
rara reserva de decência do jornalismo brasileiro, é bom que alguém
diga o óbvio: sigilo, na Lava Jato, não é uma questão de pridência e
justiça, mas o tonel de onde se escolhe...
Na
rara reserva de decência do jornalismo brasileiro, é bom que alguém
diga o óbvio: sigilo, na Lava Jato, não é uma questão de pridência e
justiça, mas o tonel de onde se escolhe para que lado os vazamentos vão
acontecer. Não é possível que um ministro do Sipremo Tribunal Federal,
que decretou sigilo sobre os depoimentos dos executivos da Odebrecht não
perceba que, verdadeiro ou falso, estão todos escolhendo o que vai ser
dito à população.
E deixando o país em suspenso, como já se disse aqui, à espera do que bandidos dirão.
Kennedy Alencar diz e o artigo de ontem, em seu blog, merece ser lido com atenção. Sigilo selecionado é o mesmo que manipulação.
Vazamentos da Lava Jato prejudicam país
e desmoralizam Justica, MP e políticos
Kennedy Alencar, em seu blog
O
depoimento de Marcelo Odebrecht dado ontem Curitiba teve um quantidade
de vazamentos que desmoraliza de vez o segredo das colaborações
premiadas. Desmoraliza uma série de autoridades da Justiça, do
Ministério Público, do governo Temer, da administração Dilma e também o
presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG).
Prejudica
a Lava Jato, porque mostra mais uma vez como a investigação, que é
importante pelo combate à corrupção, mas também se presta a manipulações
e vazamentos seletivos, apesar da ordem expressa do procurador-geral da
República de manter em segredo os depoimentos dados ao processo no TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) contra a chapa Dilma-Temer.
Prejudica
o país, reforçando a imagem de uma república de bananas em que até na
Lava Jato não há respeito à lei, manipulada para causar danos a
políticos. Fere o direito de defesa dos acusados, que sofrem desgastes
com vazamentos e não podem respondê-los oficialmente no âmbito dos
processos. Prejudica a economia, gerando incertezas políticas que afetam
expectativas do empresariado.
Em resumo, é muito ruim para o Brasil. O segredo, no caso das delações da Odebrecht, não faz mais nenhum sentido.
Repetindo:
havia pedido expresso do procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
para que o sigilo dos depoimentos de Marcelo Odebrecht e de outros
delatores ao TSE permanecessem em sigilo, pois o ministro relator da
Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, não quebrou o
segredo das colaborações. Mas houve um festival de vazamentos. Melhor
que o depoimento de ontem tivesse sido divulgado e que todas as delações
da Odebrecht se tornassem públicas.
Para
economia, o efeito é péssimo. O país não pode ter a Lava Jato como tema
único, porque há graves problemas na economia, na saúde, na educação,
na segurança pública e em outras áreas que mereceriam destaque no debate
público.
Uma
Lava Jato que virou um circo de delações gera tremenda incerteza no
mercado financeiro e nos empresários que precisam tomar decisões de
investimento.
Agora,
surgiram dúvidas sobre a capacidade do governo de aprovar as reformas
da Previdência e trabalhista no Congresso. O país tem quase13 milhões de
desempregados, a renda está em queda, a recessão é grave. Havia
expectativa de melhora econômica que perde força com uma investigação
realizada dessa forma.
É
muito bonito e conveniente dizer que a Lava Jato não é a causa, mas o
remédio para nossos males, como repetem à exaustão procuradores da
República. Mas ela tem gerado incertezas políticas e jurídicas que
afetam a vida real das pessoas do ponto de vista econômico. Investigar
destruindo empresas não é de interesse público. Punir corruptos e
corruptores, sim.
Repetindo
de novo: ótimo que a Lava Jato combata a corrupção. Mas não pode
investigar assim, vazando depoimentos que o procurador-geral da
República e que o ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal,
Edson Fachin, querem que fiquem em segredo. Já passou da hora de tornar
públicas as delações da Odebrecht. Esse sigilo só tem feito mal ao país e
bem aos que manipulam os vazamentos.
Ontem,
de acordo com relatos da imprensa, Marcelo Odebrecht disse que não
tratou de valores com o presidente Michel Temer no jantar de 2014 no
Palácio do Jaburu. Segundo o vazamento, Marcelo Odebrecht disse que
outro delator da empresa, Cláudio Melo, teria tratado do valor com
Padilha. Ora, tem uma contradição entre Marcelo Odebrecht e Cláudio
Melo. Há uma imprecisão ou uma mentira. Se Marcelo Odebrecht tem razão,
isso preserva Temer e enfraquece ainda mais Eliseu Padilha, que
dificilmente voltará à Casa Civil. Se Cláudio Melo estiver certo, isso
prejudica mais o presidente da República.
Não
dá para uma investigação de corrupção ser conduzida dessa maneira. Ela
vai criar as tais nulidades que a defesa de Temer pretende alegar.
Marcelo Odebrecht também fez revelações em relação ao ex-ministro da
Fazenda Guido Mantega e ao presidente do PSDB, o senador Aécio Neves.
Nos dois casos, diz que repassou recursos.
Ora,
é preciso acelerar todas as investigações. Mas o que se vê é celeridade
em relação a petistas e demora no que se refere a tucanos. Se for
verdade o que ele diz, Mantega tem sérios problemas a responder. Afinal,
a acusação é que um ministro da Fazenda negociava propinas.
E
Aécio, que é do partido que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no
TSE, fica numa situação política delicada, com a suspeita da hipocrisia
de ter abusado do poder econômico que critica no PT e de ter usado um
operador para obter recursos da Odebrecht exatamente como fizeram
petistas e peemedebistas.
Não
faz nenhum sentido a afirmação de Marcelo Odebrecht, de acordo com o
que vazou, de que ele não seria o dono do Brasil, mas o bobo da corte.
Ele
não era o bobo corte, mas um dos maiores corruptores da corte. Era um
empresário que atuava com agressividade, segundo relatos de diversas
autoridades que estiveram com ele. Um empresário que montou um
departamento secreto de operações estruturadas, que, no fundo, era a
seção para documentar as propinas, mostra a arrogância com a qual
atuava.
Se
entrou em projetos obrigado, entrou pela expectativa de retorno. A
Odebrecht cresceu muito no período em que Marcelo Odebrecht a comandou.
Posar de vítima enquanto atuava como corruptor é querer fazer o país
inteiro de bobo e tentar suavizar a sua situação.
Na
Lava Jato, corruptores estão se dando melhor do que os corruptos,
negociando penas baixas e mantendo boa parte de suas fortunas. Mas esses
corruptores e corruptos são irmãos siameses no cometimento de crimes.
Temer põe Maia para ser “trator” de seu resgate: a degola dos direitos
Há
distância entre querer e poder, mas ficou evidente, pelas declarações
do presidente da Câmara, Rodrigo Maia – nitidamente uma pessoa sem
opiniões próprias – , que Michel Temer resolveu acelerar o trator
para...
Há
distância entre querer e poder, mas ficou evidente, pelas declarações
do presidente da Câmara, Rodrigo Maia – nitidamente uma pessoa sem
opiniões próprias – , que Michel Temer resolveu acelerar o trator para
aprovar ao menos a reforma trabalhista e, ainda, acenar com uma
ratificação integral das suas propostas de mudanças na Previdência.
Maia
saiu de reunião com Henrique Meirelles um cordeirinho com a regra de
transição a que se opunha e , embora não tenha ousado defender
expressamente a contribuição por 49 anos para assegurar o benefício
integral, disse, segundo O Globo, que “não é preciso flexibilizar nenhum ponto da reforma da Previdência”.
Ele
seguiu o roteiro do combalido Presidente, que precisa mais que nunca
provar que é capaz de entregar seu resgate ao poder econômico e prometeu
fazer a votação na Câmara “até a segunda quinzena de abril”.
Difícil,
mas sinal de que as centrais sindicais têm de apressar seu cronograma
de manifestações e duplicar a vigilância sobre os grupos de agentes
provocadores que tentarão desqualifica-las com atos de provocação.
Maia,
entretanto, promete a reforma trabalhista, com o fim da jornada de oito
horas e a terceirização sem limites – mais fáceis de aprovar neste
quadro dantesco que vive um país com 13 milhões de desempregados e o
dobro de subocupados.
Com
o requinte de declarar – logo ele, que só trabalhou fora da política
uns poucos meses, em bancos que tinham boas relações com seu pai, até
virar secretário municipal ao 26 anos – que o empregador no Brasil “é um
herói”.
O problema não é esse, é considerar o trabalhador um vilão, responsável pelas mazelas deste país.
Petrobras perde posição de única operadora do pré-sal. Os franceses agradecem
Publico,
abaixo, texto do engenheiro Paulo César Lima. ex-funcionário da
Petrobras sobre a entrega , pela petroleira brasileira da condição que
tinha, até agora, de única operadora de campos petrolíferos da camada
pré-sal. Com...
Publico,
abaixo, texto do engenheiro Paulo César Lima. ex-funcionário da
Petrobras sobre a entrega , pela petroleira brasileira da condição que
tinha, até agora, de única operadora de campos petrolíferos da camada
pré-sal. Com isso, além do petróleo, começa a entregar conhecimento
estratégico sobre a maior jazida de petróleo hoje em desenvolvimento no
mundo. E quem leva o primeiro bocado são os franceses da Total.
Os franceses já não são apenas sócios, agora tomam conta dos poços e, claro, de parte da expertise construída
por brasileiros sobre a formação das bacias onde há trilhões de dólares
em óleo e gás. Lapa, que passa a seu controle, é o sexto maior campo de
pré-sal do Brasil, com pouco mais de 30 mil barris diários de produção.
E isso porque está só iniciando a exploração, que começou a ser feita
comercialmente apenas há dois meses e meio.
O início do adeus ao pré-sal
Paulo César Ribeiro Lima
Com
a venda pela Petrobras de 35% de participação no campo de Lapa, em
produção no horizonte geológico do Pré-Sal, para a francesa Total, a
petrolífera francesa passa a ser a primeira operadora nessa província
além da Petrobras.
A Petrobras, que era operadora e tinha participação de 45% no campo de Lapa (BM-S-9), passa a ter 10%. A BG (Shell) e a RepsolSinopec mantiveram suas participações de 30% e 25%, respectivamente. Para o bem ou para o mal, esse é um fato histórico.
A Petrobras, que era operadora e tinha participação de 45% no campo de Lapa (BM-S-9), passa a ter 10%. A BG (Shell) e a RepsolSinopec mantiveram suas participações de 30% e 25%, respectivamente. Para o bem ou para o mal, esse é um fato histórico.
A
Petrobras vendeu, ainda, participação de 22,5% nos campos do Pré-Sal de
Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu, resultantes do esfacelemento ilegal
de Iara (mesmo bloco do campo de Lula: BM-S-11) promovido no governo
Dilma. Pelo menos nesses campos, a Petrobras continuará como operadora.
A
Petrobras vendeu também 50% de participação na Termobahia, incluindo as
termelétricas Rômulo de Almeida e Celso Furtado, que estão interligadas
ao terminal de regaseificação, ao qual a Total terá acesso para suprir
essas termelétricas.
Em
compensação, a Petrobras terá, além de míseros US$ 2,225 bilhões,
outros “extraordinários ativos”: opção de aquisição de 20% de
participação no bloco 2 da área de Perdido Foldbelt, no setor mexicano
do Golfo do México, assumindo apenas as obrigações futuras proporcionais
à sua participação; carta de intenção para estudos exploratórios
conjuntos nas áreas exploratórias da Margem Equatorial e na Bacia de
Santos; e acordo de parceria tecnológica nas áreas de petrofísica
digital, processamento geológico e sistemas de produção submarinos.
Parece
que a Total mostra grande visão estratégica, enquanto a Petrobras
mostra grande ausência dela. O mais triste é a falta de transparência
nos negócios da Petrobras, agora com o nome bonito de Acordo Geral de
Colaboração (Master Agreement).
copiado http://www.tijolaco.com.br/
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