Terceiro profissional da imprensa é morto em menos de um mês no México Falta de gasolina causa longas filas na Venezuela




Terceiro profissional da imprensa é morto em menos de um mês no México
AFP / Heber ARMENDARIZO corpo da jornalista Miroslava Breach foi encontrado em seu veículo em Chihuahua
A jornalista Miroslava Breach Velducea foi assassinada na madrugada desta quinta-feira (23) em Chihuahua, cidade ao norte do México e próxima à fronteira com os Estados Unidos, informou a polícia.
Trata-se do terceiro jornalista morto violentamente no país desde o início de março.
Breach, de 54 anos, trabalhava para os jornais mexicanos "La Jornada" e "Norte de Juárez", e foi encontrada morta no interior de seu carro, baleada várias vezes na cabeça, destacou a polícia estatal em comunicado.
Os supostos responsáveis estavam a bordo de um carro sedan de cor branca, acrescentaram sem mais detalhes.
Breach tinha uma carreira de mais de 20 anos e fez a cobertura de temas sobre crime organizado e narcotráfico, além de questões relativas à corrupção no governo.
A sua morte aumenta para três o número de jornalistas assassinados no México desde o início do mês de março.
No domingo foi assassinado também o mexicano Ricardo Monlui Cabrera quando saía, acompanhado de sua mulher e filho, de um restaurante em Veracruz (leste), considerado o estado mais perigoso do país de acordo com organizações internacionais sobre o trabalho jornalístico.
No dia 2 de março, o jornalista Cecilio Pineda foi morto por tiros no estado de Guerrero.



Falta de gasolina causa longas filas na Venezuela




AFP / FEDERICO PARRAO abastecimento para Caracas chega do Puerto La Cruz (estado de Anzoátegui, norte)
Longas filas se formaram nesta quinta-feira em postos de gasolina de Caracas e outras cidades venezuelanas depois que uma falha logística afetou o fornecimento de combustível.
Diante dos problemas, os usuários se concentraram nos postos que foram reabastecidos desde a noite de quarta-feira, constataram jornalistas da AFP.
"Se você tem carro, traga-o e abasteça-o rápido porque essa gasolina acaba hoje", disse um funcionário de um posto de gasolina do leste da capital, onde havia duas filas extensas de veículos.
O vice-presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), Ysmel Serrano, informou na noite de quarta-feira que os atrasos no transporte marítimo geraram o problema que, garantiu, está sendo atendido.
O abastecimento para Caracas chega do Puerto La Cruz (estado de Anzoátegui, norte), mas Serrano não detalhou a origem da falha.
"Contamos com gasolina suficiente produzida em nossas refinarias. Continuamos redobrando o atendimento até estabilizar a distribuição. A PDVSA pede calma e que não acreditem em falsos rumores de setores que estimulam o caos", escreveu o diretor no Twitter.
Alguns, como Luis Valero, tentavam acalmar a situação. "É um problema de transporte, não de produção. O certo é que vou tarde para o trabalho, mas o que podemos fazer?", disse à AFP enquanto abastecia em um posto da avenida Francisco de Miranda, que fechou na quarta-feira como vários outros da cidade.
Outra dor de cabeça
Em outra fila, um taxista afirmava que vários postos de gasolina já estavam prestando o serviço normalmente, e atribuiu as filas à avalanche de rumores nas redes sociais de que Caracas ficaria sem gasolina nesta quinta-feira.
A Venezuela, o país com maiores reservas petrolíferas do mundo, tem a gasolina mais barata do planeta. O litro de 91 octanas (tipo premium) custa um bolívar (0,0014 dólares na taxa de câmbio oficial mais alta); o de 95 octanas (tipo premium superior), seis bolívares (0,0084 dólares).
Com um dólar paralelo (3,8 vezes mais alto que o oficial) é possível comprar 2.900 litros de gasolina de 91 octanas.
Nos estados Zulia e Táchira, fronteiriços com a Colômbia, várias postos de gasolina pararam de funcionar desde a quarta-feira, constatou a AFP. Nessas regiões têm ocorrido falhas de abastecimento há vários meses.
Por isso, com a informação da PDVSA muitos em Maracaibo (capital de Zulia) saíram alarmados para abastecer, formando filas anormais.
Algo parecido aconteceu em San Cristóbal - capital de Táchira -, onde na quinta-feira verificaram-se longas filas. A cidade tem restrições especiais para a venta devido ao contrabando para a Colômbia.
Esta situação gera dor de cabeça aos venezuelanos, que enfrentam uma escassez crônica de alimentos e medicamentos, a inflação mais alta do mundo (projetada pelo FMI em 1.660% para este ano) e uma criminalidade galopante.
"Não há comida, não há remédios, não há gasolina, não há água, não há luz, a única coisa que há é um governo de corruptos e indolentes", queixou-se no Twitter o deputado opositor Miguel Pizarro.

copiado https://www.afp.com/pt





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