Grupo de eurodeputados pede boicote diplomático da Copa da Rússia Bispo chileno envolvido em escândalo de pedofilia deve renunciar

Grupo de eurodeputados pede boicote diplomático da Copa da Rússia

DPA/AFP / MICHAEL KAPPELER(Arquivo) Foto mostra a eurodeputada ecologista Rebecca Harms durante conferência de partido em Berlim, na Alemanha, em 20 de outubro de 2013
Sessenta deputados europeus pediram aos governos dos países da União Europeia (UE) que sigam os passos da Islândia e do Reino Unido, que decidiram não enviar nenhum representante oficial à Rússia para a Copa do Mundo.
"O mundo olha para a Europa nestes momentos difíceis. Nossos governos não deveriam reforçar o caminho autoritário e antiocidental do presidente russo, Vladimir Putin", afirma a carta assinada pelo grupo e divulgada pela eurodeputada ecologista Rebecca Harms.
Para os parlamentares, em grande parte da bancada Verde ou eurodeputados poloneses do Partido Popular Europeu (PPE, direita), a UE deve "boicotar a Copa do Mundo na Rússia e erguer sua voz a favor da proteção dos direitos humanos, os valores democráticos e a paz".
A decisão de Londres e Reykjavik de um boicote diplomático durante o Mundial (14 de junho a 15 de julho) foi anunciada após o ataque com um agente neurotóxico contra um ex-espião russo na Inglaterra, envenenamento que o governo britânico atribui a Moscou.
Os eurodeputados afirmam que o ataque é "o último capítulo da zombaria de Vladimir Putin aos valores europeus", que se une a seu papel como aliado do regime sírio de Bashar al-Assad e dos separatistas pró-Moscou na Ucrânia, assim como as "campanhas de desinformação" russas.



Bispo chileno envolvido em escândalo de pedofilia deve renunciar

AFP / Vincenzo PINTOO bispo de Osorno, Juan Barros, participa de missa campal celebrada pelo papa Francisco na praia de Lobitos, perto de Iquique, Chile, 18 de janeiro de 2018
O arcebispo de Santiago do Chile, Ricardo Ezzati, afirmou nesta quinta-feira (19) não ter dúvidas de que o bispo chileno Juan Barros deve renunciar ao cargo, após uma investigação aberta contra ele por denúncias de acobertamento de casos de pedofilia.
Ao final de uma Assembleia Extraordinária de Presbíteros de Santiago, jornalistas perguntaram a Ezzati se considerava necessária a renúncia de Barros - atual bispo da cidade de Osorno -, ao que ele respondeu: "sem dúvida nenhuma, pelo bem do povo de deus (deve renunciar)".
O arcebispo também lamentou que alguém ou algumas pessoas tenham informado mal o papa Francisco sobre os alcances do caso.
Através de carta difundida pelo Vaticano e pelo Episcopado chileno, o sumo pontífice convocou há uma semana, em Roma, todos os bispos chilenos para "dialogar sobre as conclusões" de uma recente missão da Santa Sé ao Chile para investigar as denúncias de pedofilia e acobertamento na igreja local.
A reunião será celebrada na terceira semana de maio em Roma.
No final de fevereiro, o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, foi enviado ao Chile pelo papa Francisco para ouvir testemunhos que denunciam o acobertamento de casos de abuso sexual pelo bispo da cidade de Osorno (sur) Juan Barros. Mas a missão de Scicluna também incluiu reuniões com vítimas de pedofilia em colégios da Congregação Marista.
AFP/Arquivos / Vladimir RODASO sacerdote chileno Fernando Karadima deixa a corte de Santiago em 11 de novembro de 2015, após depor como testemunha em um processo civil contra a Arquediocese de Santiago, acusada de acobertar casos de pedofilia
Barros é acusado de encobrir abusos sexuais reiterados do influente sacerdote Fernando Karadima, condenando em 2011 pelo Vaticano a uma "vida de oração e penitência" depois que a justiça local declarou que as acusações de abuso sexual haviam prescrito.
Na carta enviada aos bispos chilenos, o papa Francisco reconhece que "incorreu em graves equívocos de avaliação e percepção da situação, especialmente por falta de informação verdadeira e equilibrada".
Indica, ainda, que após uma leitura cuidadosa das atas do processo de investigação, pode "afirmar que todos os testemunhos recolhidos nelas falam de um modo desgarrador, sem acréscimos nem atenuantes, de muitas vidas crucificadas".
"Acho que é uma falta muito grave que se tenha enganado o Santo Padre, que alguém tenha pretendido enganá-lo", afirmou o arcebispo de Santiago.

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