OPAQ se reúne para abordar o caso do ex-espião russo envenenado
AFP/Arquivos / Ben STANSALLGrã-Bretanha: é 'altamente provável' que Moscou seja responsável pela tentativa de envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e de sua filha, Yulia
A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) se reunirá nesta quarta-feira para tratar das alegações britânicas contra a Rússia, acusada de ser responsável pelo envenenamento do ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha, segundo comunicado publicado nesta terça-feira.
"O presidente do Conselho Executivo recebeu um pedido do representante permanente da Rússia para convocar uma reunião extraordinária em relação ao incidente de Salisbury (Inglaterra)", segundo o documento.
A reunião será realizada na sede OPAQ em Haia.
Serguei Skripal foi envenenado oa lado da filha Yulia no dia 4 de março em Salisbury com um agente derivado, segundo as autoridades britânicas, de um programa químico do período soviético.
Londres considera que a responsabilidade de Moscou neste caso é "a única plausível", apesar dos desmentidos do governo russo.
O chanceler de Moscou, Serguei Lavrov, insinuou na segunda-feira que Londres poderia estar por trás do envenenamento, ao afirmar que o caso ajuda o país a criar uma distração para os problemas ao redor do Brexit.
O representante da Rússia na OPAQ, Alexander Shulgin, pediu uma reunião para "tratar as alegações do desrespeito da Convenção da parte de um Estado parte a outro Estado parte sobre o incidente de Salisbury".
"Pedimos que este ponto da agenda ou parte deste seja discutido pelo Conselho em uma sessão confidencial", afirmou Shulgin em uma carta.
A justiça britânica autorizou em 22 de março a coleta de mostras de sangue dos Skripal, o que dever permitir que a OPAQ realize a própria análise da substância utilizada para o envenenamento. Londres afirma que é um agente da família Novichok.
O incidente de Salisbury provocou uma das piores crises diplomáticas dos últimos anos entre Moscou e o Ocidente.
ONU obtém US$ 2 bi em ajuda para Iêmen
AFP / Fabrice COFFRINIO secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Genebra, em 3 de abril de 2018
A Organização das Nações Unidas (ONU) obteve, nesta terça-feira (3), "mais de US$ 2 bilhões" de promessas de ajuda do total dos US$ 3 bilhões pedidos para socorrer o Iêmen, um país devastado pela guerra.
Este é um "êxito extraordinário para a solidariedade internacional com o Iêmen", disse em uma breve entrevista coletiva o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que foi a Genebra para essa reunião.
"Foram anunciados mais de US$ 2 bilhões", celebrou.
"Muitos países já anunciaram que haverá mais doações até o fim do ano", antecipou.
"O Iêmen vive, na atualidade, a pior crise humanitária no mundo", declarou mais cedo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ao falar em Genebra sobre a situação "catastrófica" nesse país.
Guterres explicou que, para este ano, a ONU precisa de 2,960 bilhões de dólares para implementar os programas de urgência nesse país, porque "nós podemos e devemos evitar que isso se transforme em uma tragédia a longo prazo".
No ano passado, o pedido de fundos para o Iêmen foi de 2,5 bilhões de dólares, e as doações alcançaram 73% dessa quantia. As necessidades aumentaram ainda mais, porém, nesse país arrasado pela guerra e que enfrenta, desde 2015, uma coalizão dirigida pela Arábia Saudita contra os huthis. Estes últimos contam com o apoio do Irã e controlam a capital.
Segundo a ONU, 8,4 milhões de pessoas estão à beira da fome no Iêmen, país onde a população depende, em grande parte, de alimentos importados.
Em 2017, a Arábia Saudita e seus aliados bloquearam os acessos ao país por ar, terra e mar, depois de uma tentativa de ataque de mísseis por parte dos huthis. Os artefatos foram interceptados pouco antes de atingirem Riad. O bloqueio acabou sendo suavizado, mas ainda persistem as restrições em relação à distribuição.
"É importante que as organizações humanitárias possam chegar às pessoas que mais necessitam de ajuda, sem condições", declarou o chefe da ONU.
"As portas devem permanecer abertas aos carregamentos humanitários e comerciais de alimentos, medicamentos e combustível".
Cerca de 10.000 iemenitas morreram, e 53.000 ficaram feridos desde o início da intervenção saudita nesse território.
copiado https://www.afp.com/es/noticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário