Veja a íntegra da entrevista no vídeo:
Na tarde desta quinta-feira (1), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) concedeu entrevista coletiva em sua casa no Rio de Janeiro, em que comentou a nomeação do juiz Sérgio Moro para o superministério da Justiça. Entre uma ou outra informação sobre a formação do governo e pautas do Congresso Nacional, o capitão da reserva voltou a fazer uso do jargão militar e disparou:
“Moro é um soldado que vai para guerra sem medo de morrer.”
Segundo o presidente eleito, o juiz responsável pela Operação Lava Jato queria expor algumas condições para assumir o ministério, como total liberdade para combater a corrupção e o crime organizado. Todas as condições foram aceitas, garantiu o deputado do PSL.
olsonaro disse ainda que apoia a reforma da Previdência que “dá para ser aprovada pelo Congresso”. A equipe econômica do militar, comandada por Paulo Guedes, quer aprovar algumas partes das mudanças na aposentadoria ainda neste ano, tarefa difícil neste governo.
Ele disse também ter dado “carta branca” para Guedes nomear os principais cargos da economia, como manter Ilan Goldfajn no comando do Banco Central.
O presidente eleito disse ainda que quer fazer “comércio com o mundo todo sem viés ideológico” e que na semana que vem vai receber o embaixador da China.
Ministérios
O presidente eleito quer reduzir o número de ministérios para um patamar de 15 a 17 pastas. Já foram anunciados três superministérios: da Economia – que vai contar com as estruturas da Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) –, o da Justiça – que contará com a Justiça, Segurança Pública e Coaf – e o da Defesa – já que, segundo Bolsonaro “as Forças Armadas não vão ficar em segundo plano como foi feito durante os governos FHC e PT”.
A fusão dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura é alvo de críticas tanto dos ruralistas quanto dos ambientalistas e, por isso, Bolsonaro pode recuar e não juntar as pastas. “Só que quem vai indicar o ministro do Meio Ambiente vai ser o Jair Bolsonaro. E não vai ser ninguém xiita”, disse.
Bolsonaro disse que vai viajar para Brasília na próxima terça-feira para tratar da transição do governo.
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