'Tem de ter um pouquinho de paciência com a gente', pede Onyx
Para chefe da Casa Civil, gestão está aprendendo e comete erros, mas é preciso humildade para corrigi-los
BRASÍLIA
Em análise sobre os cem primeiros dias do mandato de Jair Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, reconheceu nesta quinta-feira (11) que a gestão atual comete erros, mas pediu "um pouquinho de paciência".
Segundo ele, que participou de entrevista à imprensa, o novo governo passa por um processo de aprendizado e é necessário ter humildade para corrigir o que foi feito de maneira equivocada e de saber que é possível não acertar em tudo.
Nos cem primeiros dias, o Palácio do Planalto não conseguiu cumprir todas as metas que estipulou para o período, entre elas a independência do Banco Central, a reestruturação da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e a redução da tarifa do Mercosul.
"Nós estamos aprendendo e tem de ter um pouquinho de paciência com a gente. A gente tem paciência e tem resiliência. A gente tem norte e sabe para onde vai", disse. "Tem de ter humildade de saber que a gente erra. E a gente erra. E ter humildade para corrigir."
O ministro ressaltou que a dificuldade deve-se a um esforço da administração de mudar a relação entre Executivo e Legislativo e estabelecer uma nova forma de diálogo com a sociedade.
"O diálogo tem sido feito e nós estamos desde o período da transição mudando cultura com que se relaciona o governo com a sociedade e o governo dentro dele próprio", disse.
Em três meses, o presidente ainda não conseguiu estabelecer uma base aliada no Congresso e tem enfrentado dificuldades em conseguir apoio para a reforma da Previdência, o que o levou a iniciar uma ofensiva junto a dirigentes partidários.
Na entrevista, realizada no Palácio do Planalto, Onyx anunciou ainda que o presidente autorizou a realização de um pente-fino nos conselhos da administração direta e indireta. Segundo ele, há atualmente cerca de 700 órgãos de deliberação.
Segundo ele, os conselhos federais terão um prazo de 60 dias para justificar sua continuidade. A ideia é que, ao fim do prazo, o número total seja reduzido para em torno de 50. Para o ministro, eles foram criados de acordo com uma "visão completamente distorcida do que é representação e participação da população".
"[Eles] Tinham como gênese uma visão ideológica dos governos que nos antecederam de fragilizar a representação da sociedade", afirmou. "Foram criados no governo do PT e traziam o pagamento de diárias, passagens aéreas e alimentação", criticou.
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