Samanta do Carmo
Participação de militares no governo é aprovada por 60%, de acordo com pesquisa Datafolha
Entre os entrevistados pela pesquisa Datafolha realizada nos dias 2 e 3 de abril, 60% afirmaram que a consideram positiva a participação dos militares no governo Jair Bolsonaro. Aqueles que consideram a participação negativa somaram 36%. A maior aprovação aos militares foi registrada nas regiões Centro-Oeste e Norte, atingindo 66%. O apoio ao militares é menor na região Nordeste, 53%.
Considerando-se o perfil da população, homens, pessoas acima de 60 anos e evangélicos são os grupos sociais em que a participação dos militares no governo é vista como mais positiva, enquanto jovens entre 16 e 24 anos, pessoas com nível superior e com renda acima de dez salário mínimos são os que menos apoiam as nomes das Forças Armadas no Poder Executivo. O assunto tem causado debate nas redes sociais no início desta segunda-feira, entre apoiadores e críticos dos militares e do governo.
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As informações são do jornal Folha de S. Paulodesta segunda-feira. Militares estão no comando de seis dos 22 ministérios do governo Bolsonaro, somando-se ao próprio presidente e seu vice, general Hamilton Mourão. Além de ocuparem diversos cargos importantes na estrutura administrativa federal, como o comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). O secretário-executivo do Ministério da Educação nomeado no fim de março também é militar.
Levantamento feito pelo Congresso em Foco ainda no primeiro mês de mandato de Bolsonaro indicou a presença de mais de 30 militares em cargos importantes do governo federal. Número que cresceu de lá para cá.
O Datafolha ouviu 2.086 pessoas em 130 municípios de todo o país e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Ontem o Datafolha informou que Bolsonaro é o presidente pior avaliado no começo de um mandato. Indicou ainda que o vice-presidente, o general Hamilton Mourão, tem avaliação melhor que a dele. Essa também é a percepção dos parlamentares mais influentes ouvidos pelo Painel do Poder, do Congresso em Foco, que deram a Mourão nota superior à dada a Bolsonaro.
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