Putin acusa países do Ocidente de não gostarem de uma Rússia forte
Hoje
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que ao Ocidente não agrada
uma Rússia forte que defenda os seus interesses, numa entrevista
publicada hoje pela agência de notícias oficial russa Tass.
por LusaHoje
Fotografia © REUTERS/Alexei Druzhinin/RIA Novosti/Kremlin
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que ao Ocidente não agrada
uma Rússia forte que defenda os seus interesses, numa entrevista
publicada hoje pela agência de notícias oficial russa Tass.
"Basta a Rússia pôr-se de pé, fortalecer-se e declarar o seu direito a
defender os seus interesses no exterior e imediatamente muda a atitude
face ao Estado e aos seus dirigentes", defendeu Putin.
Em relação a isto, recordou o ex-primeiro-ministro Boris Yeltsin: "Numa primeira fase todos reagiam bem. Tudo o que Yeltsin fazia era recebido com aplausos pelo Ocidente, mas bastou que levantasse a voz em defesa da Jugoslávia para logo se tornar um alcoólico aos olhos dos ocidentais".
Segundo Putin, a dependência de álcool de Yeltsin nunca foi secreta e não era um obstáculo nos seus contactos internacionais até ao momento em que defendeu os interesses da Rússia nos Balcãs e se converteu num inimigo do Ocidente.
O presidente russo acusou os países ocidentais de terem duplos critérios nas suas políticas em relação a Moscovo e recordou que quando o exército russo combatia os extremistas islâmicos no Cáucaso, a Rússia foi acusada de "uso desproporcionado de força" contra "lutadores pela democracia".
Lembrou, a propósito, o que se está a passar na Ucrânia, onde, acusou, o Exército ucraniano tem usado aviação, tanques, artilharia pesada e bombas de fragmentação, mas "ninguém fala sobre o uso desproporcionado da força".
Em relação a isto, recordou o ex-primeiro-ministro Boris Yeltsin: "Numa primeira fase todos reagiam bem. Tudo o que Yeltsin fazia era recebido com aplausos pelo Ocidente, mas bastou que levantasse a voz em defesa da Jugoslávia para logo se tornar um alcoólico aos olhos dos ocidentais".
Segundo Putin, a dependência de álcool de Yeltsin nunca foi secreta e não era um obstáculo nos seus contactos internacionais até ao momento em que defendeu os interesses da Rússia nos Balcãs e se converteu num inimigo do Ocidente.
O presidente russo acusou os países ocidentais de terem duplos critérios nas suas políticas em relação a Moscovo e recordou que quando o exército russo combatia os extremistas islâmicos no Cáucaso, a Rússia foi acusada de "uso desproporcionado de força" contra "lutadores pela democracia".
Lembrou, a propósito, o que se está a passar na Ucrânia, onde, acusou, o Exército ucraniano tem usado aviação, tanques, artilharia pesada e bombas de fragmentação, mas "ninguém fala sobre o uso desproporcionado da força".
Ao mesmo
tempo, recusou que as tensões com os países ocidentais levem as
autoridades russas a isolar-se do resto do mundo com uma nova cortina de
ferro, lembrando que houve períodos na história em que países optaram
por se isolar do mundo e depois "pagaram muito caro por isso".
"Por nenhum motivo optaremos por essa via. E ninguém construirá um muro à nossa volta. É impossível", disse o chefe de Estado russo.
Nas perguntas feitas pela Tass, Putin esclareceu também que os seus planos para o futuro não passam por uma "presidência vitalícia", apesar de não descartar apresentar-se em 2018 a uma reeleição por mais seis anos.
Putin lembrou que essa é uma possibilidade definida pela Constituição, o que não significa que venha a tomar essa decisão, deixando a garantia de que irá atuar "consoante o contexto geral, de como o veja" e de como se sentir na altura.
O governante discordou que a sociedade russa esteja atualmente disposta a uma restauração da monarquia e garantiu que a monarquia é uma "página passada da história do país".
COPIADO http://www.dn.pt/
"Por nenhum motivo optaremos por essa via. E ninguém construirá um muro à nossa volta. É impossível", disse o chefe de Estado russo.
Nas perguntas feitas pela Tass, Putin esclareceu também que os seus planos para o futuro não passam por uma "presidência vitalícia", apesar de não descartar apresentar-se em 2018 a uma reeleição por mais seis anos.
Putin lembrou que essa é uma possibilidade definida pela Constituição, o que não significa que venha a tomar essa decisão, deixando a garantia de que irá atuar "consoante o contexto geral, de como o veja" e de como se sentir na altura.
O governante discordou que a sociedade russa esteja atualmente disposta a uma restauração da monarquia e garantiu que a monarquia é uma "página passada da história do país".
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