Paraguai e Uruguai pedem fim de barreiras ao comércio no Mercosul
AFP / Norberto Duarte
Os chanceleres do Paraguai, Eladio Loizaga (E), e
Uruguai, Luis Almagro, durante reunião, em Asunción, no dia 5 de
fevereiro de 2015
Após a reunião de chanceleres prévia à cúpula de sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, explicou aos jornalistas que a resolução conjunta deve ser analisada neste semestre e que foi bem recebida por outros países.
"Vamos fazer um levantamento de quais são essas barreiras que, de alguma forma, dificultam o comércio interno do Mercosul. É um 'Plano de Ação' que colocará sobre a mesa o estado atual dessas normas tarifárias e não tarifárias", explicou o chanceler.
"Há barreiras, como a necessidade de contar com licenças de exportação, e queremos que isso seja superado, porque não beneficia ninguém. Temos de crescer juntos no Mercosul e nos preparar para os desafios que vamos ter", enfatizou.
Segundo Loizada, esses desafios estão relacionados, em parte, com a eventual troca de propostas no final desse ano com a União Europeia para a criação de uma área de livre-comércio. Essa negociação começou em 1999 e ainda não concretizou esse primeiro passo.
Para o ministro, o fato de os países do bloco enfrentarem "processos econômicos difíceis" faz que Paraguai e Uruguai - os sócios menores, que integram o Mercosul com Brasil, Argentina e Venezuela - levem a proposta desse plano adiante.
"Precisamos de comércio intra Mercosul sólido e, sobretudo, da integração das cadeias produtivas que temos e que dão maior competitividade dentro e fora do Mercosul", frisou o ministro.
Em junho passado, o presidente de Uruguai, Tabaré Vázquez, recebeu o mandatário paraguaio Horacio Cartes em uma visita, na qual reafirmaram seu pedido de eliminação das barreiras intrabloco.
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