Tsipras apresenta propostas amanhã. Bruxelas diz que 'Não' "torna mais difícil uma solução"

Tsipras apresenta propostas amanhã. Bruxelas diz que 'Não' "torna mais difícil uma solução"

Tsipras apresenta propostas amanhã. Bruxelas diz que 'Não' "torna mais difícil uma solução"


Eurogrupo reúne amanhã às 12.00 para negociar com o Governo grego, já sem Varoufakis, que se demitiu. Tsipras falou ao telefone com Merkel e com Putin. Alemanha exclui redução da dívida.
  • Quem é Euclid Tsakalotos, o novo ministro das Finanças grego
  • Reunião do Eurogrupo marcada para amanhã às 12:00
  • Grécia afunda bolsas. PSI 20 abre a perder mais de 2%
  • Os gregos votaram 'oxi'. E agora?
  • Tsipras apela à solidariedade da Europa. Líderes da zona euro reúnem-se terça-feira


    por João Francisco Guerreiro, em Bruxelas, e DN.ptHoje
    Tsipras apresenta propostas amanhã. Bruxelas diz que 'Não' "torna mais difícil uma solução"
    Fotografia © REUTERS/Christian Hartmann
    Eurogrupo reúne amanhã às 12.00 para negociar com o Governo grego, já sem Varoufakis, que se demitiu. Tsipras falou ao telefone com Merkel e com Putin. Alemanha exclui redução da dívida.
    Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, deverá apresentar amanhã, na cimeira de líderes europeus da Zona Euro, as novas propostas do governo para um acordo acerca da economia grega, avança a Bloomberg, que cita fontes do governo. Tsipras falou ao telefone com Angela Merkel, chanceler alemã, e ambos acordaram que as propostas seriam apresentadas na reunião de terça-feira.
    Alexis Tsipras continua reunido com os líderes partidários e com o presidente grego, Prokopis Pavlopoulos. De acordo com um jornalista da Market News International que cita um assessor do presidente, os partidos políticos estão a definir a sua posição para a nova proposta de resgate.
    Antes de falar com Angela Merkel, Alexis Tsipras interrompeu uma reunião com os líderes políticos gregos para falar com Vladmir Putin. A iniciativa da chamada terá vindo de Alexis Tsipras. Foram discutidos os resultados do referendo, e Putin expressou o seu apoio ao povo grego, lê-se numa pequena declaração do Kremlin.
    O ministério das Finanças alemão admitiu esta segunda-feira que uma redução da dívida grega está fora de questão para a Alemanha. "A nossa posição é bem conhecida", disse Martin Jaeger, porta-voz do ministério, citado pela Associated Press.
    A Alemanha continua a defender que o melhor caminho para um acordo seriam reformas económicas, e o porta-voz do ministério das Finanças excluiu a hipótese de uma redução da dívida do país, apesar da sugestão do FMI, feita na semana passada num relatório, de que uma redução de 30 por cento na dívida pode vir a ser indispensável.
    'Não' "tornou as coisas mais complicadas"
    O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, acredita que ainda é possível uma "solução" para que a Grécia se mantenha como um país da zona euro, apesar da situação "muito complicada" após o referendo.
    "É possível encontrar uma solução, mesmo nesta situação muito complicada", afirmou o comissário responsável pela pasta do Euro, na primeira reacção do executivo comunitário, aos resultados do referendo na Grécia. O comissário diz que Bruxelas está preparada para reabrir as negociações com Atenas e para procurar um acordo. Mas espera pelo "mandato" dos ministros das finanças da zona euro.
    Sobre a reestruturação da dívida, Valdis Dombrovskis lembrou que houve uma decisão, em 2012, que estava dependente da conclusão bem sucedida do programa de assistência. "Infelizmente o programa do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira não foi terminado com sucesso. Foi deixado incompleto. Por isso, essa oferta já não está mais em cima da mesa, tal como o programa antigo também não está mais em cima da mesa", lembrou o comissário.
    Dombrovskis considera que, também por essa razão, "o referendo seguramente que tornou as coisas mais complicadas" e que "haverá muito poucos vencedores nesta situação, porque o resultado "não", no referendo torna as possibilidades de um acordo mais complicadas".
    Os gregos rejeitaram no domingo por ampla maioria as propostas dos credores internacionais, abrindo caminho à incerteza sobre a permanência da Grécia na zona euro.
    Segundo os resultados apurados depois de escrutinados 95% dos votos, 61,31% dos gregos disseram 'Não' às propostas dos credores. Já hoje, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, decidiu demitir-se, a pedido do primeiro-ministro e para o final do dia está agendado um encontro entre os chefes de Estado francês e alemão para discutir a crise atual.
    copiado http://www.dn.pt/inicio/globo/

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