Eurogrupo
reúne amanhã às 12.00 para negociar com o Governo grego, já sem
Varoufakis, que se demitiu. Tsipras falou ao telefone com Merkel e com
Putin. Alemanha exclui redução da dívida.
Alexis
Tsipras, primeiro-ministro grego, deverá apresentar amanhã, na cimeira
de líderes europeus da Zona Euro, as novas propostas do governo para um
acordo acerca da economia grega,
avança a Bloomberg,
que cita fontes do governo. Tsipras falou ao telefone com Angela
Merkel, chanceler alemã, e ambos acordaram que as propostas seriam
apresentadas na reunião de terça-feira.
Alexis Tsipras continua
reunido com os líderes partidários e com o presidente grego, Prokopis
Pavlopoulos. De acordo com um jornalista da Market News International
que cita um assessor do presidente, os partidos políticos estão a
definir a sua posição para a nova proposta de resgate.
Antes de
falar com Angela Merkel, Alexis Tsipras interrompeu uma reunião com os
líderes políticos gregos para falar com Vladmir Putin. A iniciativa da
chamada
terá vindo de Alexis Tsipras. Foram discutidos os resultados do referendo, e Putin expressou o seu apoio ao povo grego, lê-se numa
pequena declaração do Kremlin.
O
ministério das Finanças alemão admitiu esta segunda-feira que uma
redução da dívida grega está fora de questão para a Alemanha. "A nossa
posição é bem conhecida", disse Martin Jaeger, porta-voz do ministério,
citado pela Associated Press.
A Alemanha continua a defender que o
melhor caminho para um acordo seriam reformas económicas, e o porta-voz
do ministério das Finanças excluiu a hipótese de uma redução da dívida
do país, apesar da sugestão do FMI,
feita na semana passada num relatório, de que uma redução de 30 por cento na dívida pode vir a ser indispensável.
'Não' "tornou as coisas mais complicadas"
O
vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, acredita que
ainda é possível uma "solução" para que a Grécia se mantenha como um
país da zona euro, apesar da situação "muito complicada" após o
referendo.
"É possível encontrar uma solução, mesmo nesta situação
muito complicada", afirmou o comissário responsável pela pasta do Euro,
na primeira reacção do executivo comunitário, aos resultados do
referendo na Grécia. O comissário diz que Bruxelas está preparada para
reabrir as negociações com Atenas e para procurar um acordo. Mas espera
pelo "mandato" dos ministros das finanças da zona euro.
Sobre a
reestruturação da dívida, Valdis Dombrovskis lembrou que houve uma
decisão, em 2012, que estava dependente da conclusão bem sucedida do
programa de assistência. "Infelizmente o programa do Fundo Europeu de
Estabilidade Financeira não foi terminado com sucesso. Foi deixado
incompleto. Por isso, essa oferta já não está mais em cima da mesa, tal
como o programa antigo também não está mais em cima da mesa", lembrou o
comissário.
Dombrovskis considera que, também por essa razão, "o
referendo seguramente que tornou as coisas mais complicadas" e que
"haverá muito poucos vencedores nesta situação, porque o resultado
"não", no referendo torna as possibilidades de um acordo mais
complicadas".
Os gregos rejeitaram no domingo por ampla maioria as
propostas dos credores internacionais, abrindo caminho à incerteza
sobre a permanência da Grécia na zona euro.
Segundo os resultados apurados depois de escrutinados 95% dos votos, 61,31% dos gregos
disseram 'Não' às propostas dos credores. Já hoje, o ministro das Finanças grego,
Yanis Varoufakis, decidiu demitir-se,
a pedido do primeiro-ministro e para o final do dia está agendado um
encontro entre os chefes de Estado francês e alemão para discutir a
crise atual.
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